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O chamado de Eliseu – II Reis 2: 1-7


O CHAMADO DE ELISEU

Texto:II Reis 2: 1-7

Tema: A igreja provada em sua caminhada tem a certeza do arrebatamento.

INTRODUÇÃO

Quando Elias encontrou Eliseu e o chamou, o mesmo encontrava-se lavrando a terra com doze juntas de bois. Elias lançou sobre Eliseu a sua capa e a partir daquele momento ele largou tudo e passou a segui-lo. Eliseu despediu-se de seu pai e de sua mãe, matou uma junta de bois e os cozeu com os aparelhos, dando-os ao povo para que comesse. Depois de tudo isso partiu, seguindo Elias e o servindo.

O ATENDIMENTO AO CHAMADO

Quando o homem é chamado pelo Senhor, estando envolvido com as coisas e trabalhos deste mundo, precisa colocar a Obra como prioridade na sua vida (Mt 10:37 . Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. ), sem a necessidade de que o Senhor se explique e sem argumentos, pois quando o Senhor chama alguém, toca profundo no seu espírito.

O homem começa então um processo de rompimento com o seu passado, com suas tradições e com seus antigos pecados (Fil 3: 13- 14  … Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus ).

Quando atendemos ao chamado do Senhor, o Espírito Santo começa uma Obra em nossas vidas que se desenvolve gradativamente ao longo da caminhada.  Nós não temos estrutura para suportar uma mudança repentina e de uma só vez, por isso o Senhor vai trabalhando em nós e nos edificando, dia a dia, até chegarmos à estatura de “varão perfeito” (II Tm 3: 17  Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra).

ELIAS CONDUZ ELISEU – O HOMEM É PROVADO NA OBRA

A obra na vida de Eliseu, depois do seu chamado, começou em Gilgal, quando Elias ordenou que este permanecesse naquele lugar, até que ele chegasse ao Jordão.  Eliseu disse que não ficaria, mas que o seguiria aonde ele fosse.  Vemos na Palavra Revelada que, a partir daí, Elias (que é um tipo do Senhor Jesus) conduz Eliseu a vários lugares, que representam fases da Obra na sua vida, e nelas ele é provado para que alcance crescimento e maturidade espiritual.

a) Gilgal

Foi em Gilgal que Josué circuncidou os filhos de Israel antes de entrarem na Terra Prometida. Gilgal significa “círculo”, representa espiritualmente a nossa necessidade de ter comunhão com o Senhor pelo despojamento da carne e do velho homem com seus pecados e vícios. Há muitos que param logo no início da caminhada, quando se deparam com esta prova.

A carne muitas vezes está profundamente arraigada e a libertação da mesma se torna pesada demais para muitos.  Mas, assim como Eliseu não parou ali, seguindo adiante, nós também devemos fazer o mesmo, isto é, prosseguir após o rompimento com as coisas da velha natureza (Is 43: 18).

b) Betel

Foi o segundo lugar onde Elias e Eliseu chegaram.  Betel significa “Casa do Senhor” e representa a segunda fase da caminhada. Elias provou Eliseu ordenando que este permanecesse em Betel, mas ele respondeu que não o deixaria e que o seguiria aonde fosse.  Em Betel, Eliseu encontrou alguns filhos de profetas que sabiam tudo o que aconteceria a Elias, no entanto não se moveram dali para testemunhar o seu arrebatamento.

Depois do novo nascimento, devemos passar por Betel, que aponta para a nossa necessidade de estar na igreja, no corpo. É a nossa necessidade de compreender que precisamos estar na casa do Senhor para recebermos os benefícios da vida no corpo e sermos edificados no conhecimento da doutrina revelada na Palavra e crescermos na comunhão com os irmãos.

É na igreja que nós ouvimos a voz do Senhor, somos abençoados pelo derramar do Espírito através dos dons, dos louvores, das mensagens, etc. Não é possível crescer espiritualmente fora da igreja e do corpo, pois é nela que o Senhor opera a benção e a vida para sempre (Sl 133).

Há muitos porém (os filhos dos profetas – os que já alcançaram novo nascimento na Obra), que são negligentes e não se preocupam com seu crescimento espiritual, pois param nesta fase esquecendo que a Obra é dinâmica.  Outros têm iniciado a caminhada, avançando até compreenderem a importância da igreja nas suas vidas, mas param por aí, tornando-se estáticos e infrutíferos, muitas vezes são assíduos aos cultos, mas não sabem fazer outra coisa que dê maior dinamismo às suas vidas.

 c) Jericó

Depois de Betel, os dois servos do Senhor foram até Jericó, e lá mais uma vez Elias submeteu Eliseu a outra prova, ordenando-lhe que ficasse naquela cidade. No entanto ele venceu mais esta prova dizendo que não o deixaria. Mais uma vez Eliseu encontrou outros filhos de profetas na mesma situação que os de Betel: Parados ali, observando de longe a Elias e Eliseu que seguiam viagem.

Jericó significa “lugar da fragrância”. Apontando para o testemunho do servo diante do mundo, da evangelização, do proclamar as boas novas da salvação e da volta do Senhor Jesus para as pessoas necessitadas. É a fase da instrumentalidade, quando o servo exala o “bom perfume de Cristo” por onde ele passa (II Cor 2: 14-15) atraindo outras pessoas para a presença do Senhor.

Esta fase tem muita abrangência na vida dos servos.  É nela que o Senhor levanta seus servos para as diversas funções na igreja, como por exemplo: Obreiros, diáconos, ministérios, componentes de grupos de intercessão, louvor, senhoras, culto profético, professoras de crianças e adolescentes, etc.

d) Jordão

O último lugar onde Elias e Eliseu foram foi o rio Jordão. Lá diante do olhar curioso dos filhos dos profetas, que pararam bem longe, Elias dobrou sua capa e com ela feriu as águas do Jordão que se abriram em duas bandas, para que passassem a pés enxutos. Depois disso o profeta Elias foi arrebatado aos céus num redemoinho, diante dos olhos de Eliseu.

Foi diante do Jordão que Josué e o povo de Israel se prepararam para tomar posse da Terra Prometida. O Jordão representa o momento do arrebatamento, quando os céus se abrirão e o Senhor Jesus juntamente com a igreja fiel entrarão para as Bodas do Cordeiro. 

É a fase final da nossa caminhada, que só se completará se prosseguirmos até o final, sem pararmos em momento algum.

CONCLUSÃO

A Palavra mostra que a vida espiritual é uma caminhada dinâmica, e que nunca devemos parar para não perder a bênção do arrebatamento. Enquanto estamos na revelação temos a vida, por isso devemos andar nela todos os dias até o momento do arrebatamento.

No momento final da sua caminhada, Eliseu precisou ter os olhos firmados em Elias para não perder a benção pela qual lutou. Assim também, nesta última hora, devemos ter os olhos da fé firmados no Senhor para que possamos ter a esperança de sermos arrebatados também, onde o nosso corpo mortal será transformado em corpo imortal para termos a vida eterna em toda a sua plenitude (I Cor 15: 51-54).


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