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O testemunho na vida do servo – Daniel 5:12


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O testemunho na vida do servo – Estudo Bíblico

A vida exemplar de Daniel

Estudo bíblico em Daniel 5:12 – “Porquanto se achou neste Daniel um espírito excelente, e ciência, e entendimento, interpretando sonhos, e explicando enigmas, e solvendo dúvidas, ao qual o rei pôs o nome de Beltessazar; chame-se, pois, agora Daniel, e ele dará interpretação”.

OBJETIVO DA AULA

Daniel – exemplo do servo que alcançou a vitória através da decisão tomada diante do Senhor de testemunhar do Senhor numa terra estranha.

Assim, através do testemunho do Senhor na sua vida Daniel não se misturou, ou melhor, não se deixou contaminar com as festas de Babilônia e manteve sua comunhão com Deus, não se deixando corromper pelas ofertas de um mundo tão contrário a Deus. Por causa disso sua vida espiritual e sua progressão profissional foram preservadas.

Introdução

O FIM DO REINO DE BABILONIA

O império babilônico estava no seu apogeu, ou seja, no seu ponto máximo de progresso e prosperidade. Quem reinava agora era Belsazar, neto de Nabucodonozor. Ele achava que não iria se cumprir mais o juízo de Deus, anunciado por Daniel, quando ainda adolescente na interpretação do sonho do rei no capitulo 2:39 – “E, depois de ti, se levantará outro reino, inferior ao teu,”.

DANIEL CAPÍTULO 5

UMA FESTA MUNDANA

v.1 “O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil.”

A festa mundana dada por Belsazar para mil dos seus grandes mostrava o que é hoje o símbolo perfeito de um mundo sem Deus, que não se dá por avisado diante do juízo de Deus. O rei confiava na capacidade de armazenamento de alimentos em Babilônia para muitos anos à frente, de sorte que se achava capaz de resistir a um cerco (uma invasão) que pudesse durar mais de 20 anos.

O homem no mundo de hoje confia que os recursos da sua própria capacidade é que irão garantir sua subsistência no futuro, mesmo que seja em outro planeta. Isso é o mesmo engano que Belsazar cometeu.

DAR-SE POR AVISADO DIANTE DOS JUIZOS DE DEUS

Como nos dias de Noé, quando veio o dilúvio, ou em Sodoma e Gomorra, quando choveu fogo e enxofre, porque não se deram por avisados. Mas em Nínive, por terem ouvido a palavra do Senhor pelo profeta Jonas a misericórdia do Senhor poupou-lhes a vida.

Mateus 24:38,39 – “Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.”

Lucas 17:28,29 – “Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam. Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, consumindo a todos

Lucas 11:32 – “Os homens de Nínive se levantarão no Dia do Juízo com esta geração e a condenarão; pois se converteram com a pregação de Jonas; e eis aqui está quem é maior do que Jonas

OS PRAZARES DO MUNDO SÃO PASSAGEIROS

A grandeza de Belsazar sobe-lhe à cabeça. A tendência do homem é tornar o mundo formoso para satisfazer à carne, pois ele pensa somente naquilo que é temporal. O banquete de Belsazar é o banquete de Satanás hoje no mundo.

Dentro do palácio havia uma convocação de uma elite. Eram os representantes do império.

O QUE É O BANQUETE DE BELSAZAR NO MUNDO DE HOJE?

O mundo de hoje faz exatamente o mesmo que Belsazar fez:

  1. Embriaga-se com o vinho do pecado. Neste capitulo: 6 referências ao vinho.

v.1a  “…bebeu vinho na presença dos mil”.

  1. Apega-se àqueles que, aos seus olhos, são tidos como grandes, para tomá-los por modelo.

v.3  “…e beberam neles o rei, os seus grandes, as suas mulheres e concubinas”.

  1. Usa de deboche (zombaria) às coisas santas (ao trazer os vasos sagrados do templo) – é o caso hoje de músicas e filmes de deboche a Deus.

v.2  “…mandou trazer os utensílios de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém…”

A MÁ INFLUÊNCIA TEM UMA ESCALA DECADENTE

v.2b – “…o rei, os seus grandes e as suas mulheres e concubinas.”

A embriaguez: primeiro do rei, depois os seus grandes, e, por fim, as suas mulheres e concubinas. Esta escala começa nos grandes que servem de modelo para os pequenos.

A afronta a Deus: trazer os vasos sagrados do templo para a festa mundana. (vs.2)

A idolatria: deram louvores aos deuses de Babilônia. A idolatria é um pecado decadente, pois, naquele banquete, começaram com deuses de ouro, depois de prata, cobre, ferro, barro e madeira. (vs. 4).

O BANQUETE PARA MIL DOS GRANDES DO REI

Os mil grandes do rei fala de um número incontável de expoentes (pessoas que se destacam) da sociedade de hoje. Estes são aqueles que ditam as diretrizes do comportamento da sociedade: como andar, vestir, cantar, falar, etc.

Trazer os vasos do templo, para Belsazar era mostrar a sua grandeza inclusive sobre os outros deuses.

VASOS (UTENSÍLIOS) DE OURO E DE PRATA DO TEMPLO: figura do crente.

O lugar daqueles vasos era no templo. Vaso nas mãos do Senhor é uma bênção, mas nas mãos do homem é vaidade. O adversário estava de olho naqueles vasos, porque estavam fora da posição. Eram vasos de uso nas mãos do Senhor, mas estavam à mercê (à disposição) do adversário.

Foram trazidos para Babilônia (Daniel 1:1) porque estavam sem uso em Jerusalém. Isso foi o resultado de um povo na desobediência.

No banquete de Belsazar o uso daqueles vasos era como escárnio (deboche/zombaria). É o que acontece com os vasos lançados nos palácios deste mundo, quando deixam de ser usados na presença do Senhor. Pode-se ver isso até nos nomes de pessoas presas pela polícia, por praticar delinquências, pois muitos possuem nomes bíblicos que foram colocados por pais crentes. São vasos que estão no lugar errado (Babilônia), por isso são usados erradamente. O lugar certo é em Jerusalém. (há lições nisso).

COMO ACONTECEM OS JUIZOS DE DEUS SOBRE O MUNDO

Vs. 5 – “Na mesma hora, apareceram uns dedos de mão de homem e escreviam, defronte do castiçal, na estucada parede do palácio real; e o rei via a parte da mão que estava escrevendo”.

  • No banquete de Belsazar Deus não falou claramente e sim por mistério. Por quê? Para mostrar que os dons espirituais são um mistério que só são discernidos por aqueles que estão na comunhão com o banquete do Senhor. Naquele banquete ali o mistério do Senhor era para deixá-los mais perplexos (ou sobressaltados, embaraçados, confusos, sem entender o que estava acontecendo). É o caso do mundo hoje que enfrenta os mistérios das doenças que não se descobre a cura. Na vida de pecado em que os homens no mundo estão vivendo, está o resultado da irresponsabilidade com que atentam para os avisos de Deus, não discernindo que se trata do juízo do Senhor sobre o mundo.

O HOMEM DIANTE DOS JUIZOS DE DEUS SOBRE O MUNDO

Vs. 6 – “Então, se mudou o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos bateram um no outro”.

  • Os joelhos do rei bateram um no outro: isso era para mostrar para o homem que ele é um simples mortal e não um semideus. Ali o rei desce da estrutura de rei para a estrutura de homem. Seus súditos viram agora a fragilidade daquele em quem puseram a sua confiança. É o mesmo que muitos fazem nos túmulos daqueles que antes lhes serviam de modelo. Fazem-lhes homenagens mesmo depois de mortos como que para dizer que ainda estão vivos.
  • No confronto direto com Deus a estrutura do homem se desmonta, porque o homem é mortal.

AS GLORIAS DOS REINOS DESTE MUNDO

Vs. 7 – “…Qualquer que ler esta escritura e me declarar a sua interpretação será vestido de púrpura, e trará uma cadeia (colar) de ouro ao pescoço, e será, no reino, o terceiro dominador”.

Os religiosos e o rei formavam uma estrutura politica e religiosa falida, ou seja, que não funcionava mais já desde os tempos de Nabucodonozor. Tudo o que essa estrutura tem para oferecer não passa de glórias humanas, para um reino cujo fim já estava profetizado por Daniel, quando ainda adolescente no Capitulo 2. A prova disso está no verso 30, na morte de Belsazar naquela mesma noite.

No reino de Deus, ao contrário, as glórias são eternas. No reino de Deus nós somos “Reis e sacerdotes para sempre”.

A IDENTIDADE DA DANIEL EM BABILÔNIA

Vs. 10-12 – “…Porquanto se achou neste Daniel um espírito excelente, e ciência, e entendimento, interpretando sonhos, e explicando enigmas, e solvendo dúvidas, … chame-se, pois, agora Daniel, e ele dará interpretação”.

  • SERVO USADO NOS DONS: Isso se refere aos dons que Daniel recebeu do Senhor (capitulo 1:17b) quando ainda adolescente e já naquela época exercitava os dons: dons de ciência (sonho, visão e revelação), discernimento, sabedoria, línguas estranhas e interpretação.
  • UM CONTRA MIL: “um homem no teu reino…” (vs.11). “Nos dias de teu pai…”, ou seja, quando Daniel era ainda jovem. “Chame-se, pois, agora Daniel“. (vs.12b). Estas expressões mostram que o servo fiel representa sempre um contra mil, mas ele tem a vitória que o Senhor assegurou no Salmo 91:7. (ler na classe).
  • SERVO QUE NÃO SE MISTURA COM O MUNDO: Testemunho de Daniel nos versos 11 e 12: característica do servo de Deus: uso nos dons espirituais. Estava ali naquele reino, mas não pertencia a ele, nem estava na orgia (festa mundana) dele.
  • O Senhor já tinha revelado a Daniel pelos dons espirituais que tudo aquilo ali seria destruído, por isso ele não tinha comunhão com aquele banquete. Como é triste existirem crentes que trocam os banquetes dos cultos ao Senhor por banquetes oferecidos nos palácios do mundo lá fora!

QUEM ERA DANIEL NAQUELE BANQUETE?

Vs. 13 – “…És tu aquele Daniel, dos cativos de Judá, que o rei, meu pai, trouxe de Judá?”.

O CATIVO DE JUDÁ: O CRENTE

O “cativo de Judá”, o crente, honra este nome, porque pertence à nobreza do reino de Deus. Daniel era dos nobres de Judá e por isso rejeitou a nobreza de Babilônia. Para o povo da Babilônia, chamar Daniel de cativo de Judá era um tratamento de menosprezo, mas para Daniel era o privilegio de pertencer à nobreza de Judá.

Paulo dizia ser “servo (escravo) do Senhor Jesus”. (Romanos 1:1).

O caráter de Daniel em Babilônia possuía seus vocativos, ou seja, formas como ele era chamado:

Daniel 2:25 – “…Achei um dentre os filhos dos cativos de Judá…,”

Daniel 5:13 – “…És tu aquele Daniel, dos cativos de Judá, que o rei, meu pai, trouxe de Judá?”

Daniel 6:13 – “…Daniel, que é dos transportados de Judá,

UM CRENTE: que não vive como o mundo vive, mas reage contra as ofertas de Babilônia. Uma reação diária e constante.

O servo não pense que está sozinho no local de seus estudos ou trabalho, como Daniel em Babilônia. Não está sozinho, porque o Senhor está com ele. “…se achou nele luz, e inteligência, e sabedoria…” – revelação.

LER E ENTENDER A PALAVRA DE DEUS

Vs. 7 e 17 – “…Qualquer que ler esta escritura e me declarar a sua interpretação … todavia, lerei ao rei a escritura e lhe farei saber a interpretação.”.

  • Ninguém conseguiu LER, quando mais INTERPRETAR, ou seja, entender.
  • A bem-aventurança para quem lê a Palavra de Deus: (“bem aventurado aquele que lê, que ouve e que guarda as palavras desta profecia…”. Apoc. 1:3)

Somente Daniel conseguiu ler e interpretar, porque só quem está no Espírito pode ler e discernir aquilo que o Espírito Santo diz. Não é a simples questão de traduzir, mas é discernir a revelação.

A simples interpretação da palavra nada diria aos presentes ali, que não discerniam as coisas espirituais. Só o homem espiritual é que discerne todas as coisas.

Só a igreja fiel está discernindo os juízos de Deus para esta última hora e, por isso, está atenta ao toque das trombetas.

Estudo bíblico em Daniel 5:12 – “Porquanto se achou neste Daniel um espírito excelente, e ciência, e entendimento, interpretando sonhos, e explicando enigmas, e solvendo dúvidas, ao qual o rei pôs o nome de Beltessazar; chame-se, pois, agora Daniel, e ele dará interpretação”.


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