Mateus

O Centurião como a Igreja fiel – Mateus 8:5-13

O Centurião como a Igreja fielEsboço e Pregação

Esboço de Pregação em Mateus 8:5-13 – ⁵ E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe,

TEMA: O Centurião como Igreja Fiel. Mateus 8:5-13

Palavras-chave: Cafarnaum, Centurião, criado, uma Palavra, autoridade, fé, assentar-se a mesa, filhos do reino.

Revelação: Jesus tem autoridade onde o homem não tem.

Objetivo: Demonstrar a autoridade do Senhor Jesus.

Alvo: Pessoas desiludidas com a religião, homem sem salvação e atormentadas pelo mundo sem Deus.

Aplicação: Centurião – Igreja fiel, crente escravo do Pecado.
Criado – Homem sem Salvação.

INTRODUÇÃO

a) Antecedentes:
No Antigo Testamento, Israel reconheceu três tipos de autoridades: Rei, Profeta, e Sumo Sacerdote. Samuel, por exemplo, foi profeta e sumo sacerdote. Ele tanto falava da parte do Senhor para o povo como também oferecia sacrifícios ao Senhor. Já Saul, mesmo sendo rei, não tinha a unção de sacerdote para oferecer holocausto ao Senhor, e por isso foi reprovado.

O Novo Testamento poucos alcançaram a revelação de Jesus como sendo a autoridade maior sobre nossas vidas.

Nicodemos reconheceu que ninguém realiza estas obras se não for de Deus. A autoridade de Jesus se torna evidente durante o seu ministério mediante sinais e prodígios.

Jesus como Rei – O Rei era a autoridade máxima de um povo. Porém, ao nascer, Jesus não foi reconhecido por Herodes (Rei dos judeus), pelos fariseus e doutores da lei, mas sim, pelos magos que vieram do Oriente seguindo a estrela para o adorarem como Rei.

Profeta – Durante o ministério de Jesus, os principais dos fariseus quiseram prendê-lo, argumentando com Nicodemos que “da Galiléia nenhum profeta surgiria” (João 7:52).

Sacerdote: no final do seu ministério, Jesus recebeu um beijo de Judas para identificá-lo perante os soldados romanos (Império Romano) levá-lo preso até o sumo sacerdote (autoridade religiosa – Mt:14:61. Mas ele calou-se, e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar, e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito? Ele mesmo o nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 4:14 – Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão).

Mesmo sendo gentio, o centurião foi capaz de reconhecer a autoridade soberana do Senhor Jesus sobre a sua necessidade. Que lhe foi apresentada, humilhou-se diante do Senhor, e expressou sua fé na Palavra de Jesus para curar o seu criado paralítico e violentamente atormentado.

DESENVOLVIMENTO

Passo 1:- O centurião reconhece as necessidades do criado e suas próprias limitações.

O centurião era uma figura importante naquela época. Estava investido da autoridade do Império Romano e tinha soldados sob as suas ordens. Era, certamente, um homem abastado, com muitos serviçais à sua disposição. Apesar disso, ele atentava para as necessidades de seu criado. Ele tinha zelo e amor por este criado a ponto de suplicar a Jesus a realização de um milagre. O centurião sabia que, apesar de toda a sua autoridade, ele nada poderia fazer. Somente Jesus tinha poder para libertar seu criado.

O centurião representa a Igreja fiel. O criado é o necessitado que chega na casa do Senhor. A principal característica da Igreja fiel é a capacidade de, através do culto profético e das revelações, reconhecer as necessidades das vidas que a ela se dirigem.

Passo 2: – Características do criado:

Violentamente atormentado; paralítico; desprezado pela sociedade, mas amado pelo centurião (Igreja fiel).

Esta é a condição da vida que estava no mundo e que chega à casa do Senhor. É escrava do pecado (criado). Sua mente está fora do projeto de Deus. É atormentada pelas ansiedades e preocupações do dia a dia. Não tem paz. Há uma dificuldade de entendimento que impede o caminhar espiritual (paralisia).

O criado era desprezado pela sociedade romana. Sua vida não tinha muito valor, pois ele era visto como algo substituível. Normalmente, ninguém se importaria com suas necessidades ou com sua saúde.

O centurião, sendo um homem abastado, podia muito bem substituir seu criado doente por um outro melhor. Porém, ele não o fez, pois amava seu criado. Importava-se com ele e queria vê-lo são.
Este amor faz com que o centurião seja tipo da Igreja fiel. A obra, movida pelo amor que vem de Jesus, jamais rejeita as vidas necessitadas que a ela chegam, desprezadas pelo mundo.

Passo 3: – Encontro de Jesus com o centurião:

“Não sou digno” (gentio; dependência; humildade). Prontidão na resposta de Jesus pela fé.

A expressão “não sou digno” revela o reconhecimento por parte do centurião da sua condição de gentio, bem como um sentimento de dependência e humildade. A Igreja fiel tem sua autoridade limitada, pois encontra-se numa posição de dependência em relação a Jesus. Ela reconhece que não tem merecimento; tudo quanto recebe é pela graça do Senhor.

A resposta do Senhor para a Igreja fiel é imediata: “Eu irei e lhe darei saúde” (Mateus 8: 7). Deus julga com rapidez a causa do fiel: “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em atendê-los? Digo-vos que depressa lhes fará justiça…” (Lucas 18: 7 e 8).

A fé do centurião fez com que Jesus, prontamente, lhe atendesse o clamor. No dia do arrebatamento, o Senhor virá medir a fé de cada um. O fato da pessoa possuir dons, talentos ou exercer algum cargo na Igreja não terá nenhuma importância; o que realmente contará é a fé. Esta é que impulsiona o homem a alcançar o projeto de Deus (fé para servir, dar testemunho, cumprir a revelação etc.). É através da fé que o homem alcança a resposta do Senhor.

Passo 4: – Basta uma palavra: reconhecimento da autoridade de Jesus

Esta expressão mostra o poder da palavra revelada. Jesus tem autoridade onde o homem não tem. O centurião reconhece sua própria limitação e o poder de Jesus para atuar numa situação que, humanamente, não tem mais solução.

O centurião, como Igreja fiel, tem autoridade sobre os membros do corpo de Cristo (vide Mateus 8: 9). Estes aceitam a revelação e as orientações do Senhor, que lhe são transmitidas pela Igreja. Porém, em relação ao visitante, sua autoridade é limitada. Depende da palavra revelada de Jesus.

A Igreja, por si só, não tem como ajudar o necessitado. Somente a palavra de Jesus pode fazê-lo. Só ela tem poder e autoridade para deslocar a opressão. A religião não consegue deslocar a opressão de ninguém. Não há transformação: a pessoa sai da mesma forma que entrou.

A Igreja fiel busca do Senhor a palavra que irá libertar aquele que se encontra cativo (criado). Tal libertação opera-se, primeiramente, sobre a mente da pessoa. Uma vez entendido o projeto de Deus, cessa a paralisia e ela pode iniciar sua caminhada espiritual.

Passo 5 – Fé

“…Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé” (Mateus 8: 10).

A palavra nos diz que o Senhor veio para aqueles que eram seus, mas os seus não o receberam. Os filhos do reino, detentores da promessa, não tiveram fé suficiente para reconhecer em Jesus a figura do Messias. Por isso, perderam sua herança:
“…muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mateus 8: 11 e 12).

Jesus é o autor e consumador da fé. A fé pura provém de Jesus (autor) e será medida por Ele quando da sua volta (consumador). Ela se traduz na crença da existência de um projeto de Deus para dar vida eterna ao homem. Há um povo separado que faz a vontade do Senhor e aguarda o cumprimento da promessa da volta de Jesus. A fé genuína não está voltada para as coisas materiais, pertencentes a este mundo. Ela está ligada às promessas do senhor de vida eterna e salvação. Foi desta fé que Jesus tratou quando curou o criado do centurião. O assentar-se à mesa com Abraão, Isaque e Jacó nos fala da eternidade, da herança do Senhor.

CONCLUSÃO

“Vai-te, e seja feito conforme a tua fé”

Jesus, após mensurar a fé do centurião (Igreja fiel), opera o milagre e ordena que ele prossiga na caminhada, isto é, no projeto de salvação (vai-te).

Pr Luiz Otávio
Copacabana/RJ 1999



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