Esboço de Pregação em Isaías 29:8-14 – “Será também como o faminto que sonha, que está a comer, porém, acordando, sente-se vazio; ou como o sedento que sonha que está a beber, porém acordando, eis que ainda desfalecido se acha, e a sua alma com sede…”
A palavra fala de uma tão grande alegria que experimentaram o povo judeu quando, após o longo período de cativeiro babilônico, retornaram a Jerusalém.
O Salmo 126:1-2a diz: “Quando O Senhor trouxe do cativeiro os que voltavam a Sião, estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa íngua de cântico…”
No texto em destaque hoje o sentido de sonhar é diferente. No salmo a benção era real e tão maravilhosa que parecia um sonho; em Isaías O Senhor mostra uma situação inversa: o homem está enganando sua alma com coisas que não são reais, e quando despertar descobrirá que sua alma está vazia, faminta e sem esperança.
Os dias finais são duros. Muita disputa, muita injustiça, muita insegurança.
Tal como o corpo, a alma também cansa, precisa de alimento e de um lugar de descanso.
O melhor lugar para a alma deveria ser em uma igreja, de um modo geral,
O próprio Espírito Santo diz que procura uma boa ocasião para visitar o homem e operar algum dom espiritual (Romanos 1:10).
Então, a melhor ocasião para o Espírito Santo operar deveria ser num culto.
A preocupação do Senhor, quando levanta um povo para ser o portador e transmissor de suas revelações, assim como fez com Isaías, é que em muitas igrejas, aparentemente a alma está sendo saciada, porém não passa de um engano.
Há uma alegria que preenche temporariamente aqueles que se entregam aos movimentos religiosos, mas não é a alegria que provém do Espírito Santo (o bom vinho). Não é a alegria de conhecer o caminho e aprender a andar nele, mas é a que faz o homem titubear num caminhar incerto e inseguro.
Porque o Senhor derramou sobre vós um espírito de profundo sono (verso 10) – a religião está dormindo, os movimentos estão dormindo.
São como o carcereiro de Filipos, que deveria guardar a obra que recebeu, mas colocou-a numa cela e foi dormir (Atos 16:24 e 27).
“Toda visão vos é como as palavras de um livro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele dirá: Não posso porque está selado.” (verso 11)
As igrejas evangélicas têm a Palavra nas mãos, tem visões, tem dons, mas o entendimento está fechado, porque não alcançam a revelação.
“Ou se dá o livro ao que não sabe ler, dizendo: Lê isto; peço-te; e ele dirá: Não sei ler.” (verso 12) – Os movimentos estão piores ainda, porque nem a Palavra estão lendo.
“E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono” (Romanos 13:11a).
“Aproxima de mim com a boca, mas o coração se afasta para longe de mim” (verso 13) – É uma obra sem transformação – sem essência – a mudança é aparente, só no exterior, mas o coração está longe do Senhor.
O primeiro milagre realizado pelo Senhor foi a transformação da água em vinho.
De uma vez ele mudou tudo.
Mudou a cor da água para cor de vinho;
Mudou o cheiro da água para cheiro de vinho;
Murou o gosto da água para o gosto de vinho.
Se a mudança não fosse completa, não seria vinho.
É preciso mudar a essência e não somente o nome.
Não adianta dizer que é vinho, se o gosto, a cor e o cheiro não for de vinho.
O Senhor diz: “Eis que continuarei a fazer uma obra maravilhosa no meio desse povo” (verso 14a) – Apesar dos enganos que estão por aí, O Senhor tem realizado a sua obra maravilhosa no meio de um povo fiel, onde seus mistérios não estão selados – mas são revelados pelo Espírito Santo, e a alma se farta com as delícias da Palavra de Deus.
A hora de despertar – Isaías 29:8
Os segredos do livro de Cantares – Cantares 1:3
Favos de mel manam dos teus lábios – Cantares 4:11
JESUS, NOSSA ALEGRIA! - Isaías 9:3