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DIA DE DESCANSO – (Principiantes)


DIA DE DESCANSO

(Principiantes)

INTRODUÇÃO

                Não é nosso intuito defender nosso ponto de vista, no sentido polêmico, e sim, acatar as orientações do Espírito Santo através de sua santa Palavra, discernindo espiritualmente as coisas espirituais, ou seja, atendo-nos ao Espírito da Palavra e não somente a letra.

                O dia de descanso tem sido uma pedra de tropeço para aqueles que não podem e nem querem ver além da simples letra da Palavra de Deus. Entretanto, torna-se muito simples e claro para os que crêem.

                Atentemos, pois, às seguintes perguntas:

1ª) Após a obra de criação, o Senhor Deus descansou no sábado? Não! (Leia Gênesis 2:2-3). O Criador descansou no sétimo dia, a partir de seu primeiro dia de serviço. A palavra hebraica “Shabat”, quer dizer descanso e nada tem a ver com os nomes de dias de semana do nosso, ou de qualquer outro calendário (que, obviamente ainda não haviam sido criados). A palavra hebraica usada no texto, é “Yon-Shabat” que significa: dia de descanso.

2ª) O 7º dia aqui mencionado, corresponde ao nosso 7º dia que é o sábado? Não! O Senhor não começou o obra de criação no domingo, concluindo-a no sábado. Repetimos que o atual calendário cuja sequência de nomes dá ao 7º dia o nome de sábado ainda não existia. Há a considerar aqui também, as inúmeras mudanças dos diversos calendários: adotados através dos séculos, que alteraram totalmente a contagem do tempo.

3ª) Quem devia guardar o sábado? O sábado, como está exposto na Palavra, é uma ordenança restrita aos judeus – é estatuto perpétuo para o povo judeu (Êxodo 31:16-17).

4ª) A santificação do sábado, era uma lei física ou espiritual? Era física, material e o sabemos pela forma de sua observância: Êxodo 20:8-11. A ordem divina era não fazer nenhuma obra e se estendia até aos animais.

5ª) A benção da santificação do sábado era uma benção espiritual? Não era. Os patriarcas, Abraão, Isaque, Jacó, José, Noé, Enoque e tantos outros que “andaram com Deus”, que eram “amigos de Deus”, não guardaram o Sábado porquanto viveram antes de Moisés que trouxe a lei para os judeus.

6ª) O “sábado” do decálogo, mencionado na 4ª pergunta era o sábado do nosso calendário? Não! Lá está escrito “o sábado do Senhor” que, no original, quer dizer: não o 7º, 8º, 1º ou qualquer outro dia, e sim, “o descanso do Senhor”. Marcos 2:27b.

7ª) O sábado defendido pelos sabatistas é guardado segundo a lei? Não! Santificar o sábado, para os que querem viver segundo a lei, despresando a Graça é muito mais que apenas não trabalhar. Inclui todos os holocaustos e sacrifícios da antiga lei: não acender fogo, não andar mais que um quilômetro, aproximadamente (o caminho de um sábado). Consequentemente, também, não pregar nesse dia, etc. E isto sabemos que não fazem. Os judeus censuravam acerbamente o Senhor Jesus por curar no sábado.

8ª) O Senhor Jesus guardou o sábado? Verificar Lucas 6:1-5; Mateus 12:1-8; Marcos 2:23-28. Entre outras coisas, o Senhor Jesus queria aqui, mostrar o sentido espiritual da guarda do “yon-shabat”.

9ª) Porque Jesus foi perseguido e finalmente morto? Porque não guardava o sábado como um judeu. (João 5:16-18)

10ª) Por quem Jesus foi morto? Pelos sabatistas de sua época – sacerdotes, fariseus e saduceus, os legalistas, fiéis guardadores do sábado.

11ª) A lei foi abolida? De modo nenhum. Antes Jesus cumpriu toda a lei; mas para os seus seguidores Ele aboliu o sábado – João 5:16-18. Cumpriu por nós, todas as exigências da lei mosaica, deixando-nos apenas a sua lei: o amor.

                Analogia deste mandamento de Jesus, com o decálogo (Êxodo 20):

                1º – Amarás o Senhor teu Deus:

  1. a.Não terás outros deuses…
  2. b.Não fareis imagens…
  3. c.Nem te encurvarás a elas…
  4. d.Não tomarás o nome do Senhor… em vão…

2º – E a teu próximo como a ti mesmo:

  1. a.Não matarás
  2. b.Não furtaráo ladrão da cruz
  3. c.Não adulterarás
  4. d.Não cobiçaráa mulher adúltera
  5. e.Não dirás falso testemunho

12ª) Qual a sentença da lei para os pecados mencionados acima? Apedrejamento. A pessoa que fosse apanhada na prática de qualquer deles era apedrejada até morrer. Os atuais sabatistas não procedem assim com seus correligionários. Imitam os judeus em parte. A Palavra fala destes em Apocalipse 2:9 e 3:9.

13ª) O domingo é o dia de guarda do cristão em substituição do sábado? Não é. O domingo, ou seja, o 1º dia da semana em nosso calendário, é um dia especial por causa dos eventos importantes do Cristianismo: a ressurreição do Senhor, o Pentecostes, a instituição da Santa Ceia, etc. Não é indicado como um “dia de guarda”, porém nele temos nosso descanso físico e o aproveitamos para o trabalho do Senhor, o que é uma forma maravilhosa de descanso mental e bençãos espirituais.

14ª) Se o crente da Obra do Espírito, não santifica (guarda) o sábado ou o domingo, qual seria então seu dia de santificado (separado) para o Senhor? A resposta é: na Obra do Espírito Santo, o crente santifica todos os dias da semana. Deste modo incluem-se sábados e domingos, indistintamente.

15ª) Qual o significado do sábado para o cristão? O sábado era um dos tipos de Cristo, uma sombra do Messias que havia de vir. O sábado desapareceria com a vinda de Jesus. Malaquias 4:2; Oséias 2:11; Colossenses 2:16-17. Mas os judeus não quiseram entender isto. Os sabatistas não o querem hoje

16ª) Se o cristão não necessita de um “dia de descanso”, como descansa ele então? Jesus é o nosso descanso! Aleluia! Jeremias 6:16; Mateus 11:27-28; Hebreus 4:1-11. Toda a lei e seu ritualismo eram apenas sombra do maravilhoso descanso que haveria de vir.

17ª) E quanto a maldição que há para os que não cumprem toda a lei? “Se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei”. Na Obra do Espírito Santo, seguimos a orientação dada por Ele. Fomos libertos da maldição da lei pois já não estamos debaixo da lei (Gálatas 3:10). Pela lei a carne não é também justificada. E o Evangelho nos isenta de toda a lei. Gálatas 4:9-10.

18ª) Na Obra do Espírito, podemos aceitar debates e discussões com os que nos procuram “doutrinar”? Ver I Coríntios 11:16. A Palavra descreve a mesma perseguição à Igreja primitiva, dos que estão na carne, para com os que estão no Espírito. Paulo censura veementemente aqueles que queriam entristecer os que aceitavam o Senhor Jesus. Gálatas 4:29-30.

CONCLUSÃO:

                As seguintes passagens devem ser examinadas, lembrando-nos, ao ler a Palavra “lei”, que o sábado está implícito: Gálatas 2:21; 3:2-5; 4:9,10,11,21 e 5:7

                Gostaríamos de fazer um resumo de toda matéria como conclusão. Não sendo possível, voltaremos à 13ª pergunta que trata do 1º dia da semana. Como já foi dito, o “Dia do Senhor” (Apocalipse 1:10) para o Cristianismo passou a ser o Domingo, ou 1º dia da semana, por vários motivos, entre os quais salientamos:

                1º – Porque nele o Senhor ressurgiu dentre os mortos I Coríntios 15:14. Naquele dia teve início uma festa (Salmos 118:22) para a Igreja, que culminará com as Bodas do Cordeiro.

                2º – Nesse dia os discípulos se reuniam para a leitura da Palavra, o partir do pão e para a glorificação do Senhor. (Atos 2:46)

                3º – Esse dia, e não o sábado, foi separado para o recolhimento dos dízimos e ofertas.

                Assim o Senhor Jesus em sua maravilhosa Obra, através do seu precioso sangue, tem santificado, não dias, e sim, vidas que se tornam vasos em suas santas mãos, para o exercício de seus diversos ministérios

                E enquanto Ele nos usa, gozamos a doce e maravilhosa experiência de ser Ele mesmo o nosso “shabat”, o nosso doce descanso. Aleluia! Glória a Jesus!


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