Lucas

O amigo importuno – Lucas 11:5-8

O amigo importuno

Esboço de Pregação em Lucas 11:5-8 – “Disse-lhes também: Qual de vós terá um amigo, e, se for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois que um amigo meu chegou à minha casa, vindo de caminho, e não tenho que apresentar-lhe; se ele, respondendo de dentro, disser: Não me importunes; já está a porta fechada, e os meus filhos estão comigo na cama; não posso levantar-me para tos dar; digo-vos que, ainda que não se levante a dar-lhos, por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o que houver mister.”

Introdução de Lucas 11:5-8

Este texto faz parte de um ensinamento de Jesus logo após Ele ensinar os discípulos a orar — o que conhecemos como a Oração do Pai Nosso (Lucas 11:1-4). Logo em seguida, Jesus compartilha essa parábola para ilustrar a importância da perseverança na oração. Ele apresenta a figura de um homem que, mesmo à meia-noite, vai até o seu vizinho para pedir pão a fim de alimentar um visitante que chegou inesperadamente.

Esse cenário representa bem a urgência dos tempos em que vivemos — uma “meia-noite espiritual”. Estamos em tempos escuros, confusos, nos quais muitos chegam às nossas vidas famintos de sentido, de direção, de salvação. E nós, como servos de Deus, precisamos estar prontos para socorrê-los. Essa mensagem nos convida a refletir sobre o nosso papel como intercessores e instrumentos de provisão espiritual para aqueles que batem à nossa porta.

Desenvolvimento

1. A Igreja desta hora é a Igreja para toda hora

Mesmo sendo “meia-noite”, uma hora considerada inconveniente, o servo vai até o vizinho pedir pão. Isso nos ensina que a verdadeira igreja — a igreja viva, guiada pelo Espírito Santo — não escolhe momentos confortáveis para agir. Ela está pronta a todo tempo para obedecer à vontade do Senhor.

Ser igreja é estar disponível, mesmo quando tudo em volta parece dormir ou desanimar. A urgência do clamor do mundo não pode ser ignorada. O Espírito Santo nos move para uma prontidão espiritual, que ultrapassa o conforto e a conveniência.

2. Muitos estão chegando famintos

Vivemos em dias em que muitos estão chegando “de caminho” — cansados da jornada da vida, feridos, desiludidos e, acima de tudo, espiritualmente famintos. Eles não podem ser despedidos de mãos vazias.

Deus nos chama para sermos canais da sua provisão. Não podemos mandá-los embora dizendo que não temos nada. É hora de buscar ao Senhor, clamar por pão — a Palavra viva — para alimentar os corações sedentos.

3. Pedimos ao “vizinho” os três pães

Os pães que pedimos ao “vizinho” representam a mensagem completa do evangelho, revelada por meio da Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Não é uma mensagem parcial ou superficial — é o alimento completo que só pode ser oferecido por quem busca em Deus.

Jesus é o amigo que nos supre. Ele é aquele que compartilha conosco o pão da vida. Como Ele mesmo disse em João 15:15: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos”.

Essa amizade nos dá acesso à revelação. A verdadeira igreja conhece esse Amigo e sabe onde buscar o que precisa.

4. A perseverança na oração

O homem da parábola recebe o que precisa não porque é amigo, mas porque insiste. Jesus ensina que Deus honra a persistência da fé. A igreja fiel é aquela que não desiste de orar. Ela continua batendo, mesmo que as circunstâncias digam “não”, porque sabe quem está do outro lado da porta.

Essa insistência não é uma falta de fé, mas uma expressão da fé que confia na bondade e na fidelidade de Deus. A oração perseverante é uma oração de amor, feita por alguém que sabe que a resposta virá, pois Deus se importa com os necessitados.

Conclusão de Lucas 11:5-8

O clamor que fazemos em oração não é por nós mesmos, mas por aqueles que Deus tem trazido ao nosso caminho — nossos familiares, vizinhos, colegas de trabalho, amigos, e até desconhecidos. Eles estão famintos, e Deus deseja usar a Sua igreja para alimentá-los.

Não podemos mandá-los embora sem nada. Se forem despedidos vazios, poderão perecer espiritualmente. Mas se formos à presença do Senhor e clamarmos com perseverança, Ele nos dará o que é necessário — não só para nós, mas para repartirmos com os outros.

Que o Senhor nos encontre como servos disponíveis, com o coração cheio de compaixão, e com as mãos estendidas, prontas para repartir o pão da vida.

Esboço de Pregação em Lucas 11:5-8 – “Disse-lhes também: Qual de vós terá um amigo, e, se for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois que um amigo meu chegou à minha casa, vindo de caminho, e não tenho que apresentar-lhe; se ele, respondendo de dentro, disser: Não me importunes; já está a porta fechada, e os meus filhos estão comigo na cama; não posso levantar-me para tos dar; digo-vos que, ainda que não se levante a dar-lhos, por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o que houver mister.”


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