Esboço de Pregação Josué 10:2 – “Gibeom era uma cidade grande e todos os seus homens valentes.”
Essa passagem fala sobre um povo chamado gibeonitas. Eles viviam em Canaã antes que Israel chegasse à terra prometida. Apesar de terem enganado Josué para salvar suas vidas (Josué capítulos 9 e 10), eles acabaram se tornando parte da história de Deus com o seu povo — e nos deixaram um exemplo poderoso de fidelidade e serviço.
Vamos aprender juntos como esse povo pouco conhecido foi usado por Deus ao longo da história e o que isso pode ensinar a nós hoje.
Quando Josué liderou o povo de Israel na conquista da terra prometida, ele fez uma aliança com os gibeonitas, achando que eles vinham de longe, mas, na verdade moravam ali mesmo, entre os povos que deveriam ser expulsos.
Mesmo enganado, Josué decidiu honrar a palavra dada, porque quando fazemos aliança em nome de Deus, ela precisa ser respeitada.
Mais tarde, durante o reinado de Saul, ele tentou matar os gibeonitas, rompendo essa aliança. Como resultado, Deus mandou uma fome terrível sobre toda a terra (2 Samuel 21:1-14). Só depois de corrigido o erro é que a bênção voltou.
Isso nos mostra:
Muitos anos depois, quando o povo de Israel voltou do cativeiro da Babilônia, precisava reconstruir os muros de Jerusalém. Nesse momento difícil, alguns líderes recusaram ajudar, mas os gibeonitas estiveram presentes: “Mas os seus nobres não quiseram sujeitar-se ao trabalho… Também Requel, filho de Jesaías, e os de Zanoa repararam outra parte da muralha, até à casa do homem poderoso em Gibeom.”
(Neemias 3:5,7)
Eles ajudaram a reconstruir a Porta Velha, que simboliza o caminho para a presença de Deus. Era como se estivessem dizendo: “Queremos restaurar a comunhão entre o povo e o Senhor.”
Mesmo sendo considerados inferiores, os gibeonitas entendiam o valor do culto e da proximidade com Deus. Serviram sem reclamar, preparando o caminho para que outros também encontrassem com o Pai Celestial.
No início do reinado de Salomão, o tabernáculo antigo (aquele que Moisés construiu no deserto) ainda estava em Gibeom, e o altar de holocaustos também. Lá, Salomão ofereceu sacrifícios e recebeu uma resposta poderosa de Deus (2 Crônicas 1:3-6).
Isso significa que os gibeonitas eram responsáveis por guardar o lugar onde Deus se encontrava com o Seu povo.
Mesmo sem serem sacerdotes ou levitas, tiveram um papel importante na história da salvação. Eles cuidaram do local sagrado, mantendo vivo o culto a Deus enquanto o Templo ainda não era construído.
Isso nos ensina que:
Mais de 500 anos se passaram desde a aliança com Josué, e os gibeonitas continuaram servindo com fidelidade. Eles foram lenhadores e carregadores d’água (Josué 9:23), mas também guardas do tabernáculo, ajudantes na reconstrução e participantes do culto público.
Eles vieram com engano, mas responderam com obediência. Foram tratados com desconfiança, mas nunca abandonaram a fé.
Hoje, somos chamados a fazer o mesmo:
Como disse o apóstolo Paulo: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é em vão.” (1 Coríntios 15:58)
Que possamos, como os gibeonitas, ser lembrados não pela nossa origem, mas pela nossa fidelidade à aliança.
Amém.
Esboço de Pregação Josué 10:2 – “Gibeom era uma cidade grande e todos os seus homens valentes.”