Esboço de Pregação em Jeremias 24:1-2 – “Fez-me o Senhor ver, e vi dois cestos de figos, postos diante do templo do Senhor, depois que Nabucodonosor, rei de Babilônia, levou em cativeiro a Jeconías, filho de Jeoiaquim, rei de Judá, e os príncipes de Judá, e os carpinteiros, e os ferreiros de Jerusalém, e os trouxe a Babilônia. Um cesto tinha figos muito bons, como os figos temporãos, mas o outro cesto tinha figos muito maus, que não se podiam comer, de maus que eram.”
Deus usa símbolos simples para transmitir verdades. Neste capítulo de Jeremias, Ele revela uma visão profética: dois cestos de figos — um com figos bons, outro com figos ruins. Essa imagem aparentemente simples contém uma poderosa mensagem sobre julgamento, restauração e propósito de Deus em nossas vidas.
A figueira, na Bíblia, frequentemente simboliza Israel. E aqui, em Jeremias 24, ela é usada para mostrar que nem todos os israelitas são iguais aos olhos de Deus. Há um remanescente fiel e há aqueles endurecidos pelo pecado.
O texto situa-se durante o cativeiro babilônico, após Nabucodonosor levar parte da população judaica para a Babilônia (597 a.C.). Entre os exilados estavam nobres, artesãos e líderes, incluindo o jovem rei Jeconias.
Mas, surpreendentemente, Deus diz a Jeremias:
“Bons são os figos que parecem maus, e maus são os figos que permaneceram em Judá”.
Isso inverte as expectativas humanas. O cativeiro não era necessariamente uma maldição total, mas parte do plano soberano de Deus para purificar e preservar Seu povo.
Na Bíblia, a figueira representa a nação de Israel, especialmente sua vocação, bênçãos e responsabilidade:
A Missão de Israel
Deus escolheu Israel não por privilégio egoísta, mas por propósito missionário:
“E em ti serão benditas todas as famílias da terra.”
— Gênesis 12:3
Israel deveria ser uma luz para as nações, atrair os gentios ao verdadeiro Deus através de sua vida justa, adoração verdadeira e compaixão prática.
Foi assim com:
Esses exemplos mostram que Deus sempre teve um coração pelas nações, e Israel deveria ser o canal dessa bênção.
Jesus, ao visitar uma figueira sem fruto, disse:
“Nunca mais nasça fruto de ti.”
— Mateus 21:19
Essa ação simbólica ilustra o juízo de Deus sobre uma nação religiosa, mas vazia de verdadeira obediência. Assim também em Lucas 13:6-9, Jesus conta a parábola da figueira infrutífera no vinhedo — ela tem mais um ano para dar frutos, ou será cortada.
O que aconteceu com Israel?
Israel tornou-se orgulhoso de sua linhagem, rituais e tradições, mas perdeu o foco no mandamento principal: amar a Deus e ao próximo.
Esqueceram seu papel de nação sacerdotal (Êxodo 19:6) e se tornaram um povo fechado, nacionalista, legalista, muitas vezes hostil até mesmo aos estrangeiros que queriam conhecer o verdadeiro Deus.
“Porque vos digo que o reino de Deus vos será tirado e dado a um povo que dê os seus frutos.”
— Mateus 21:43
Voltemos a Jeremias 24. Deus mostra dois cestos de figos:
1. Os figos bons – Representam os exilados levados para a Babilônia
“Assim diz o Senhor: Esta boa figa será para bem dos cativos de Judá, que enviei deste lugar para a terra dos caldeus.”
— Jeremias 24:5
Esses judeus, embora expulsos de sua terra, seriam preservados por Deus. Ele os faria voltar após setenta anos (Jeremias 29:10-14). Prometeu:
2. Os figos ruins – Representam os que ficaram em Judá
“Esta má figa será para mal… os entregarei para serem vexados e afligidos.”
— Jeremias 24:8-10
Esses arrogantes, rebeldes e falsos profetas pensavam estar seguros porque estavam em Jerusalém. Mas Deus os entregaria à espada, fome e cativeiro.
Este contraste mostra que não é a localização geográfica que salva, mas a fidelidade espiritual.
Mesmo no cativeiro, Deus não abandonou Seu povo. Mostrou-Se fiel através de homens e mulheres que O serviram com integridade:
Ester e Mardoqueu
Esdras
Neemias
Daniel, Ananias, Azarias e Misael
Esses exemplos mostram que Deus pode usar Seu povo em qualquer circunstância, desde que estejam dispostos a andar em fidelidade.
1. Deus ainda tem um plano para Israel
Romanos 11 nos ensina que Israel não foi totalmente rejeitado. Houve um remanescente fiel, e haverá restauração futura.
“Porque não rejeitou Deus o seu povo, que antes conheceu.”
— Romanos 11:2
2. A Igreja também é chamada a ser luz
Assim como Israel, a Igreja é chamada a ser sal da terra e luz do mundo (Mateus 5:13-14). Não devemos nos isolar, mas influenciar positivamente o mundo com o amor de Cristo.
3. Fruto é a marca do verdadeiro discípulo
Jesus disse:
“Pelo seu fruto os conhecereis.”
— Mateus 7:20
O fruto não é apenas obras, mas vida transformada, caráter cristão (Gálatas 5:22-23), amor ao próximo e anúncio do evangelho.
A lição da figueira em Jeremias 24 é uma chamada à autocrítica e à fidelidade. Deus não abençoa o povo por causa de privilégios religiosos ou nacionais, mas por coração humilde, arrependimento e obediência.
Que possamos:
“Portanto, sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celeste.”
— Mateus 5:48
Esboço de Pregação em Jeremias 24:1-2 – “Fez-me o Senhor ver, e vi dois cestos de figos, postos diante do templo do Senhor, depois que Nabucodonosor, rei de Babilônia, levou em cativeiro a Jeconías, filho de Jeoiaquim, rei de Judá, e os príncipes de Judá, e os carpinteiros, e os ferreiros de Jerusalém, e os trouxe a Babilônia. Um cesto tinha figos muito bons, como os figos temporãos, mas o outro cesto tinha figos muito maus, que não se podiam comer, de maus que eram.”