O homem procura riquezas

O Homem Procura Riquezas Esboço de Pregação em Provérbios 10:22 - "A bênção do SENHOR é que enriquece; e não acrescenta dores." Como Usar este Esboço de Pregação Abordagem do tema: Este sermão contrasta dois tipos de riqueza — a que o homem busca por esforço próprio e a que Deus concede por graça. Não condena o trabalho nem a prosperidade material, mas mostra onde está a verdadeira riqueza. Cuidado pastoral: Evite transmitir a ideia de que todo cristão será materialmente rico ou que pobreza é sinal de falta de fé. O texto fala da bênção de Deus como fonte de enriquecimento verdadeiro, que inclui mas transcende o material. Textos complementares: Mateus 6:19-21, 1 Timóteo 6:6-10, Lucas 12:15-21, Filipenses 4:11-13. Público-alvo: Pessoas que vivem ansiosas pela busca de bens materiais, que estão frustradas por não alcançarem o que desejam, ou que precisam reorientar suas prioridades. Sugestão de uso: Cultos regulares, mensagem sobre sabedoria, mensagens sobre sobre o verdadeiro sentido da vida. Tipo de Pregação: Textual Introdução O homem procura riquezas. Desde que o mundo é mundo, essa busca tem movido a humanidade. Pessoas trabalham a vida inteira em busca de prosperidade. Acordam cedo, dormem tarde, sacrificam tempo com a família, abrem mão de saúde e lazer — tudo para acumular bens, construir patrimônio, garantir o futuro. Não há nada de errado em trabalhar. A Bíblia valoriza o trabalho honesto e condena a preguiça. O próprio livro de Provérbios está cheio de elogios ao trabalhador diligente e de críticas ao preguiçoso. O problema não é trabalhar. O problema é quando a busca por riquezas se torna o centro da vida. Quando acumular bens vira a razão de existir. Quando o dinheiro ocupa o lugar que pertence a Deus. E mesmo quem consegue acumular riquezas nem sempre encontra o que procurava. Quantos ricos são infelizes? Quantos milionários vivem cheios de ansiedade, medo e solidão? Quantos já tiraram a própria vida, mesmo tendo tudo que o dinheiro pode comprar? Jesus contou a história de um homem assim: "E lhes propôs uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância. E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos. E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens. E direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?" — Lucas 12:16-20 O homem tinha tudo. Celeiros cheios. Planos para o futuro. Segurança financeira. Mas naquela mesma noite, sua alma seria requerida. E toda aquela riqueza não valeria nada. O sábio Salomão, que foi o homem mais rico de sua época, escreveu uma verdade que precisamos entender: "A bênção do SENHOR é que enriquece; e não acrescenta dores." — Provérbios 10:22 Há uma riqueza que vem do esforço humano e traz consigo dores. E há uma riqueza que vem do Senhor e não traz dor alguma. Vamos examinar o contraste entre essas duas riquezas. I. A Riqueza que o Homem Busca — E suas Dores "Os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína." — 1 Timóteo 6:9 A primeira parte do nosso texto fala de uma riqueza que traz dores. É a riqueza buscada fora da bênção de Deus. É a riqueza que se torna um fim em si mesma. A. É uma riqueza difícil de alcançar O homem trabalha. Se cansa. Passa anos numa busca incessante para acumular alguma coisa. Acorda antes do sol nascer, dorme depois da meia-noite. Sacrifica momentos com os filhos, abre mão de descanso, prejudica a própria saúde. E muitas vezes, mesmo assim, não consegue. A riqueza material não chega. Os planos não se concretizam. Os negócios não prosperam. A promoção não vem. E o homem morre frustrado, sem ter alcançado o que buscou a vida inteira. Salomão observou isso: "Há um mal que vi debaixo do sol, e é mui frequente entre os homens: Um homem a quem Deus deu riquezas, e bens, e honra, e nada lhe falta de tudo quanto a sua alma deseja; mas Deus não lhe deu poder para comer disso." — Eclesiastes 6:1-2 Às vezes a pessoa conquista, mas não consegue desfrutar. De que adianta? B. É uma riqueza que traz preocupação Mesmo quem consegue acumular riquezas descobre que elas vêm acompanhadas de um fardo pesado: a preocupação. Preocupação de perder o que conquistou. Medo de ser roubado. Ansiedade com o mercado financeiro. Noites sem dormir pensando nos investimentos. Estresse constante com a manutenção do patrimônio. O rico muitas vezes dorme pior que o pobre: "Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir." — Eclesiastes 5:12 Quanto mais tem, mais se preocupa. Quanto mais acumula, mais medo de perder. A riqueza que deveria trazer paz se torna fonte de inquietação. C. É uma riqueza que gera desconfiança Uma das dores mais amargas do rico é a solidão da desconfiança. Ele não sabe mais se suas amizades são verdadeiras. Não sabe se quem está ao seu lado gosta dele ou do seu dinheiro. Não sabe se o sorriso é sincero ou interesseiro. Não confia mais em ninguém. Quanto mais rico, mais cercado de pessoas. Mas, paradoxalmente, mais sozinho. Porque não sabe quem são seus amigos de verdade. Provérbios já alertava: "As riquezas granjeiam muitos amigos, mas ao pobre, o seu próprio amigo o deixa." — Provérbios 19:4 Os "amigos" do rico muitas vezes são apenas interesseiros disfarçados. E quando a riqueza acaba, eles desaparecem. D. É uma riqueza que não dura A riqueza material é, por natureza, passageira. Ela pode desaparecer de um dia para o outro. Uma crise econômica, uma doença grave, um processo judicial, um mau investimento — e anos de acúmulo se evaporam. E mesmo que a pessoa consiga manter suas riquezas até o fim da vida, ela não pode levá-las consigo. Quando cumprir seus dias, tudo ficará para trás. "Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele." — 1 Timóteo 6:7 O homem rico morre e deixa tudo. Às vezes para herdeiros que brigam entre si pelo espólio. Às vezes para estranhos que não valorizam nada do que ele construiu. A riqueza fica, mas o homem vai. Para a nossa vida: Você tem corrido atrás de riquezas que trazem dores? Tem sacrificado o que realmente importa em busca do que não pode satisfazer? Jesus perguntou: "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?" Vale a pena pensar nisso. II. A Riqueza que o Senhor Dá — Sem Dores "Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam." — Mateus 6:20 A segunda parte do versículo traz a solução: "A bênção do SENHOR é que enriquece; e não acrescenta dores." Existe uma riqueza diferente. Uma riqueza que vem de Deus. Uma riqueza que enriquece de verdade e não traz consigo as dores que acompanham a busca humana por bens materiais. A. É uma riqueza que não precisa ser conquistada A bênção do Senhor é graça. Não é salário por trabalho feito. Não é pagamento por serviços prestados. É presente dado por amor. O homem não precisa passar a vida toda buscando essa riqueza. Não precisa sacrificar saúde e família para alcançá-la. O dono dela procura aqueles a quem quer dar. Jesus disse: "Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino." — Lucas 12:32 Deus tem prazer em abençoar seus filhos. Ele quer dar. Não precisamos arrancar nada dele pela força do nosso esforço. Precisamos apenas confiar e receber. Isso não significa que não devemos trabalhar. Significa que o trabalho deve ser feito em confiança, não em desespero. Devemos trabalhar como servos fiéis, mas descansar sabendo que a bênção vem do Senhor. "Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem." — Salmo 128:1-2 B. É uma riqueza que não traz preocupação A riqueza que vem de Deus não gera ansiedade. Por quê? Porque está segura nas mãos dele. Jesus ensinou: "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam." — Mateus 6:19-20 Os tesouros na terra estão sujeitos a perdas. Traça, ferrugem, ladrões — tudo conspira contra o patrimônio terreno. Mas os tesouros no céu estão guardados. Ninguém pode roubá-los. Nada pode destruí-los. Quem tem sua riqueza em Deus pode dormir em paz. Não precisa ficar acordado à noite preocupado com o mercado financeiro. Não precisa viver ansioso com o futuro. Sua herança está guardada no céu. C. É uma riqueza que gera verdadeira comunhão Em vez de falsos amigos interessados no seu dinheiro, a riqueza de Deus gera verdadeiros irmãos. Quem está em Cristo faz parte de uma família. Uma família que não se aproxima por interesse material, mas por amor genuíno. Uma família que permanece unida nas dificuldades. Uma família eterna. Paulo descreveu os servos de Deus assim: "Como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo." — 2 Coríntios 6:10 Aos olhos do mundo, muitos cristãos são pobres. Mas na realidade, são ricos. Têm comunhão com Deus. Têm irmãos verdadeiros. Têm paz no coração. Têm esperança para o futuro. Possuem tudo que realmente importa. D. É uma riqueza que dura para sempre A maior diferença entre a riqueza terrena e a celestial é a duração. A riqueza terrena fica quando o homem morre. Ele trabalhou anos para acumular, mas não pode levar nada consigo. Tudo fica para trás. A riqueza celestial espera pelo homem na glória. Ela não fica para trás — ela vai na frente. Está guardada, preparada, esperando a chegada do filho de Deus. Pedro escreveu: "Para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós." — 1 Pedro 1:4 Incorruptível — não se deteriora. Incontaminável — não se corrompe. Que não murcha — não perde o valor. Guardada nos céus — totalmente segura. Essa é a herança dos filhos de Deus. Essa é a riqueza que não acrescenta dores. Para a nossa vida: Onde está o seu tesouro? Jesus disse que onde está o tesouro, ali está o coração. Se seu tesouro está nas coisas desta terra, seu coração estará preso aqui. Mas se seu tesouro está no céu, seu coração estará livre. III. A Bênção do Senhor — A Fonte de toda Riqueza Verdadeira "Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." — Mateus 6:33 O texto de Provérbios é claro: "A bênção do SENHOR é que enriquece." Não é o esforço humano isolado. Não é a sorte. Não é a esperteza. É a bênção do Senhor. Ela é a fonte de toda riqueza verdadeira. A. A bênção do Senhor inclui bens espirituais A maior riqueza que Deus nos dá não é material. É espiritual. Ele nos dá a salvação — de graça. Jesus pagou o preço na cruz. Nós recebemos sem merecer. Ele nos dá o Espírito Santo — o penhor da nossa herança. O selo da nossa salvação. O poder para viver a vida cristã. Ele nos dá a comunhão com Ele — acesso ao Pai. Direito de entrar no Santo dos Santos. Privilégio de chamá-lo de "Aba, Pai". Ele nos dá a esperança da vida eterna — uma herança que não acaba. Um futuro garantido. Uma eternidade em sua presença. Quem tem isso é verdadeiramente rico, mesmo que não tenha um centavo no bolso. B. A bênção do Senhor pode incluir bens materiais Deus não é contra a prosperidade material. Abraão era rico. Jó era rico. Davi era rico. Salomão era rico. A Bíblia está cheia de servos de Deus que foram abençoados materialmente. O problema nunca foi ter dinheiro. O problema é o dinheiro ter a pessoa. O problema é colocar a riqueza no lugar de Deus. O problema é confiar no dinheiro em vez de confiar no Senhor. Quando Deus abençoa materialmente, ele o faz sem acrescentar dores. A prosperidade que vem dele vem acompanhada de paz. Vem com propósito. Vem com responsabilidade de abençoar outros. C. A bênção do Senhor transforma nossa relação com as coisas Quando entendemos que a bênção do Senhor é a verdadeira fonte de riqueza, nossa relação com as coisas materiais muda. Deixamos de ser escravos do dinheiro e passamos a ser mordomos. Deixamos de acumular por medo e passamos a compartilhar com alegria. Deixamos de trabalhar desesperadamente e passamos a trabalhar com confiança. Paulo aprendeu esse segredo: "Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece." — Filipenses 4:12-13 Tanto na fartura quanto na escassez, Paulo estava bem. Por quê? Porque sua riqueza verdadeira não dependia das circunstâncias. Dependia do Senhor. Para a nossa vida: Você tem buscado a bênção do Senhor ou apenas as coisas que a bênção pode trazer? Jesus disse: "Buscai primeiro o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." A ordem importa. Primeiro o reino. Depois, o resto. Conclusão "Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." — Mateus 6:21 O homem procura riquezas. Essa busca é natural. Mas a pergunta que precisamos responder é: que tipo de riqueza estamos buscando? A riqueza que o homem busca por conta própria, fora da bênção de Deus, traz dores. É difícil de alcançar. Gera preocupação. Cria desconfiança. E no final, fica para trás. A riqueza que vem do Senhor não acrescenta dores. É dada por graça. Traz paz. Gera comunhão verdadeira. E dura para sempre. O rico mais sábio que já existiu — Salomão — descobriu que toda a riqueza terrena era "vaidade e aflição de espírito". Mas a bênção do Senhor é diferente. Ela enriquece de verdade. Talvez você tenha passado a vida correndo atrás de riquezas que nunca satisfizeram. Talvez esteja cansado de buscar e não encontrar. Talvez tenha encontrado e descoberto que as dores vieram junto. Há uma riqueza melhor. Há um tesouro que satisfaz. Há uma bênção que não decepciona. A bênção do SENHOR é que enriquece. E não acrescenta dores. Busque essa bênção. Busque o Senhor. E você será verdadeiramente rico. 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O homem procura riquezas

O homem procura riquezas – Provérbios 10:22

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