Arquivo de João 11:1-44

Lidando com o silêncio divino 📖 Pregação Expositiva em João 11:1-44 - Estava enfermo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta. Esta Maria, cujo irmão Lázaro estava enfermo, era a mesma que ungiu o Senhor com unguento e lhe enxugou os pés com os seus cabelos. Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas. Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado. 📌 Introdução (Ilustração) Durante a Segunda Guerra Mundial, um soldado foi capturado pelos japoneses. Todos os seus companheiros foram executados, mas ele foi poupado — não por acaso, mas porque Deus tinha um propósito. Anos depois, ele descobriu que sua vida foi preservada para que, em um momento exato, ele pudesse levar o evangelho a centenas de prisioneiros. Deus agiu na hora certa, não na hora que o soldado queria. Pessoal, precisamos do Senhor todos os dias. Ele é nosso refúgio, nossa força e nosso socorro bem presente na angústia (Salmo 46:1). Nosso canal de comunicação com Ele é a oração. Quando oramos, trazemos o poder do céu para a terra. Mas já aconteceu de você orar com todo o coração, pedindo ajuda imediata, e Deus parecer em silêncio? Já sentiu que Ele não respondeu quando e como você esperava? Todos nós já passamos por isso. E é justamente nesses momentos que precisamos aprender como lidar com o silêncio divino. Foi exatamente isso que aconteceu com Maria e Marta, duas irmãs que amavam a Jesus. Seu irmão, Lázaro, estava doente — e elas mandaram um recado urgente: “Senhor, eis que aquele a quem amas está doente” (João 11:3). Elas não pediram cura diretamente; apenas disseram: “Ele está doente… e Tu o amas.” Era um apelo de fé. Mas Jesus não foi imediatamente. Ficou dois dias onde estava. E, nesse tempo, Lázaro morreu. Por que Jesus demorou? Por que pareceu ignorar o sofrimento delas? A resposta não é ausência — é propósito. Ele esperou para que algo maior acontecesse. Vamos olhar para esta passagem poderosa e aprender, com simplicidade, como lidar quando Deus parece calado. 📌 Desenvolvimento 🟢 I. v. 1-3 — O PEDIDO As irmãs fizeram tudo certo. Veja: A. Uma Situação Elas estavam diante de uma crise real. Lázaro estava doente — talvez com febre alta, talvez agonizando. Não era um “problema pequeno”. E a Palavra nos ensina: “Não estejais ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições pela oração e súplica, com ações de graças” (Filipenses 4:6). Elas levaram a situação a Jesus. Isso é o primeiro passo. B. Sério Para quem está doente, ou vê um ente querido sofrendo, não existe necessidade pequena. Tudo é sério no coração de quem sofre. E Jesus leva a sério tudo o que nos aflige. Por isso Ele disse: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á” (Mateus 7:7). Ele não despreza o nosso clamor. C. Buscando Elas não tentaram resolver sozinhas. Não recorreram apenas a médicos (embora isso não seja errado). Primeiro, chamaram Jesus. E essa é a vontade de Deus para nós: “Invocai-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Salmo 50:15). Jeremias 33:3 diz: “Clama a mim, e responder-te-ei”. E Pedro reforça: “Lançai sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós” (1 Pedro 5:7). Jesus também contou a parábola da viúva persistente para nos ensinar que “é necessário orar sempre e não desfalecer” (Lucas 18:1). D. Eles fizeram tudo o que deveriam fazer! Mandaram o recado. Confessaram a doença. Lembraram a Jesus do Seu amor por Lázaro. Não reclamaram. Não duvidaram. Apenas confiaram. E mesmo assim… Jesus não veio. Isso nos leva à segunda parte: a resposta de Deus — que nem sempre vem como esperamos, mas sempre vem como precisamos. 🟢 II. v. 4-17 — A RESPOSTA Jesus ouviu. Mas Sua resposta foi diferente. A. v. 14 — Uma Resposta de Sabedoria Quando finalmente decidiu ir, Jesus disse claramente: “Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono” (v. 11). Depois, com clareza: “Lázaro morreu” (v. 14). Jesus sabia de tudo. Ele não ficou surpreso. Nada escapa ao Seu conhecimento. “Todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas” (Hebreus 4:13). “O Senhor olha desde os céus; vê todos os filhos dos homens” (Salmo 33:13). Ele vê sua dor, sua lágrima, seu desespero — mesmo quando parece distante. B. v. 6 — Uma Resposta de Espera Aqui está o coração da lição: “Ouvindo, pois, que estava doente, permaneceu ainda dois dias no lugar onde estava” (v. 6). Por que esperar? Porque Deus não opera no nosso relógio, mas no dEle. Ele não precisava estar fisicamente presente para curar — como vimos no caso do servo do centurião (Mateus 8:5-13), onde Jesus curou à distância com uma palavra. Mas aqui, Ele escolheu esperar — não por indiferença, mas por propósito maior. Como diz Isaías 55:8-9: “Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos... quanto os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.” C. v. 4 — Uma Resposta de Trabalho Jesus disse: “Esta doença não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela” (v. 4). Pense nisso: a glória de Deus era maior na ressurreição do que na cura. Se Jesus tivesse ido antes, todos teriam dito: “Que bom que Ele curou Lázaro!” Mas, ao ressuscitá-lo depois de quatro dias morto, com o corpo já em decomposição (v. 39), ninguém poderia negar: só Deus pode fazer isso! Essa é a verdade de Romanos 8:28: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.” Até a dor, o luto, o silêncio — tudo serve ao propósito eterno de Deus. E os planos de Deus nunca falham. São sempre certos, sempre sábios e sempre os melhores — mesmo quando não entendemos. 🟢 III. v. 18-33 — A REAÇÃO Diante do silêncio e da morte, as pessoas reagem de formas diferentes. A. v. 20-21, 24 — Uma Reação de Derrota Marta diz: “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (v. 21). Maria repete a mesma frase (v. 32). Havia dor, decepção, talvez até um toque de reprovação. Elas se sentiam abandonadas. Quantos de nós já dissemos: “Senhor, se Tu tivesses agido antes…”? É humano. Mas o perigo está em ficar preso nessa dor. O silêncio de Deus não é sinal de abandono — é convite à fé mais profunda. E mesmo assim, a Palavra nos anima: “Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças” (Isaías 40:31). Vale a pena esperar! B. v. 22-27 — Uma Reação de Devoção Apesar da dor, Marta demonstra uma fé impressionante: v. 22 — Fé: “Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá.” v. 23-24 — Esperança: Ela crê na ressurreição futura. v. 27 — Adoração: “Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo.” Mesmo sem entender, ela exalta a Jesus. Essa é a atitude que Deus abençoa! (Ilustração) Veja Davi em 2 Samuel 12. Seu filho morreu após o pecado com Bate-Seba. Enquanto a criança vivia, Davi jejuou e orou. Quando morreu, ele se levantou, lavou-se e adorou. Por quê? Porque ele sabia: Deus é soberano, e Sua vontade é boa, mesmo quando dói. C. A maioria dos cristãos se perde aqui! Muitos, diante do silêncio de Deus, ficam bravos, amargos, desistem da fé. Dizem: “Se Deus não me ouve, para que orar?” Mas quando desistimos, perdemos o milagre maior. Porque muitas vezes, Deus espera até que só Ele possa ser a explicação. (Ilustração) No Mar Vermelho, os israelitas estavam encurralados: mar atrás, exército à frente. Parecia o fim. Mas foi ali que Deus abriu um caminho no meio do impossível (Êxodo 14:13-14). Deus nunca falhará. Nosso dever é esperar nEle e crer — até que a resposta venha. 🟢 IV. v. 34-44 — A RESSURREIÇÃO Depois de todo o sofrimento, vem o clímax glorioso. A. Foi Inesperado Lázaro estava morto há quatro dias. Já cheirava mal (v. 39). Não havia esperança humana. Mas Jesus disse: “Tirai a pedra” (v. 39). Deus nunca age dentro das nossas caixas. Ele faz “coisas que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetraram no coração do homem” (1 Coríntios 2:9). E “pode fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos” (Efésios 3:20). Jesus esperou para que os discípulos — e nós — conhecessem um Jesus maior: não só o curador, mas o Senhor da vida e da morte. (Ilustração) Assim como os discípulos na tempestade (João 6), que viram Jesus andando sobre as águas só depois de terem remado a noite inteira. Às vezes, Deus permite a tempestade para que O vejam de forma nova. B. Era Inédito Ninguém jamais tinha ressuscitado alguém depois de quatro dias morto. Isso mostrou que Jesus não apenas cura — Ele dá vida. E isso prova que Deus nunca fica sem opções. Seu poder não diminui diante do seu problema. Ele tem “todo o poder no céu e na terra” (Mateus 28:18). C. Foi Incomparável Só Deus poderia fazer aquilo. E foi por isso que Ele esperou! Quando tudo parece perdido, quando já “cheira a morte” na sua situação — é aí que Deus entra. Porque quando o homem não pode, Deus age. E quando Ele age, não há dúvida: foi Ele! 📌 Conclusão O que você precisa hoje? Talvez cura. Talvez provisão. Talvez restauração. Talvez paz. Saiba disso: Deus já sabe. E Ele já tem a resposta. Se você ainda não orou, dê o primeiro passo: conte a Ele. Se você já orou, não desista. O silêncio de Deus não é ausência — é preparação. Ele está trabalhando nos bastidores. Ele está moldando seu coração. Ele está preparando um milagre maior do que você imaginou. Espere nEle. Creia nEle. Adore-O mesmo no vale. Porque, no tempo certo, Ele dirá: “Tirai a pedra… Lázaro, vem para fora!” E a glória de Deus será manifesta — em você. Mais Esboços de Pregação Um será levado, outro deixado – Mateus 24:40 A Coroação do Rei – Atos 1:9-12

João 11:1-44

Lidando com o silêncio – João 11:1-44

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