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Viva Rúben, e não morra – Deuteronômio 33:6

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A Graça que Reverte a Sentença

Esboço de Pregação em Deuteronômio 33:6 – “Viva Rúben, e não morra; e que os seus homens não sejam poucos.”

Introdução de Deuteronômio 33:6

Todos nós pensamos sobre o legado que vamos deixar. Quais palavras serão ditas a nosso respeito? Qual será a herança que deixaremos para nossos filhos? Na Bíblia, um dos momentos mais solenes é quando um patriarca, perto da morte, abençoa seus filhos, definindo o futuro deles.

Em Gênesis 49, vemos Jacó fazendo exatamente isso. Mas quando chega a vez de Rúben, seu primogênito, o herdeiro de honra, as palavras não são de bênção, mas de juízo. Por causa de um grave pecado do passado, onde Rúben desonrou seu pai (Gênesis 35:22), Jacó declara: “Rúben, tu és meu primogênito… impetuoso como a água, não serás o mais excelente” (Gênesis 49:3-4).

Rúben, que tinha o direito de primogenitura, recebeu uma sentença de instabilidade e perda. Seu legado estava manchado. E essa história trágica é um espelho da história de toda a humanidade.

Desenvolvimento

A jornada de Rúben, de uma sentença de fracasso para uma promessa de vida, nos ensina sobre a obra redentora de Deus.

1. A Sentença da Queda: Instabilidade e Perda

Assim como Rúben, a humanidade foi criada para ser “a mais excelente” da criação de Deus. Adão, em certo sentido, era o primogênito da raça humana, criado para ter comunhão com o Pai e governar sobre a terra.

No entanto, por um ato de desobediência, o homem pecou e, como Rúben, perdeu seu lugar de honra. A sentença de Deus sobre Rúben – “impetuoso (ou inconstante) como a água” – tornou-se a descrição perfeita da condição humana após a queda:

  • Perdemos a Estabilidade: A vida se tornou cheia de altos e baixos, sem uma base firme.
  • Perdemos a Herança: Fomos destituídos da comunhão com Deus e do direito à vida eterna.
  • Recebemos a Sentença: A única perspectiva era a morte, tanto física quanto espiritual.

A história de Rúben é a nossa história. Por causa do pecado, nosso legado era de perda, e nosso destino era a morte.

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” (Romanos 3:23)

2. A Palavra da Graça: Vida e Sobrevivência

Séculos se passam. Agora, em Deuteronômio 33, outro grande líder, Moisés, está às portas da morte e também vai abençoar as tribos de Israel. Quando chega a vez da tribo de Rúben, qual palavra ele dirá? Ele irá confirmar a antiga sentença de Jacó?

É aqui que a graça de Deus brilha de forma espetacular. Inspirado por Deus, Moisés não repete o juízo. Ele profere uma palavra que reverte a sentença. Ele declara: “Viva Rúben, e não morra!”

Esta era uma palavra de pura misericórdia. Significava que, apesar do pecado do seu patriarca e da sua história de instabilidade, Deus não permitiria que aquela tribo desaparecesse. Deus estava dando a eles um futuro, apesar de seu passado. Era uma promessa de que a linhagem deles não seria apagada. Era a graça de Deus dizendo: “Onde o pecado de seu pai trouxe uma sentença de fracasso, a minha misericórdia lhes oferece uma chance de viver.”

“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade.” (Lamentações 3:22-23)

3. O Cumprimento da Promessa: Vida Abundante e Frutífera

Essa palavra profética de Moisés sobre Rúben aponta para uma verdade ainda maior, que se cumpriu perfeitamente em Jesus Cristo. A graça que alcançou aquela tribo é uma sombra da graça que nos alcançou na cruz. Através de Jesus, Deus olha para a humanidade caída e declara a mesma bênção sobre nós.

Vamos ver como cada parte dessa promessa se cumpre em Cristo:

“Viva Rúben…” (A Promessa da Vida) 

Deus olha para a humanidade sentenciada à morte e, através de Cristo, nos oferece vida. Não apenas sobrevivência, mas vida verdadeira e eterna. Jesus disse: “…eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” (João 10:10b). O desejo de Deus é que você viva!

“…e não morra.” (A Vitória sobre a Morte) 

A consequência do pecado é a morte. Mas Jesus, ao morrer em nosso lugar, pagou o preço e ressuscitou, vencendo a morte de uma vez por todas. A promessa para quem crê n’Ele é a libertação da morte eterna. Jesus afirmou: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.” (João 11:25).

“…e que os seus homens não sejam poucos.” (A Promessa de Frutificação) 

A sentença de Rúben era a perda da excelência e a instabilidade. Uma vida instável é uma vida infrutífera. Mas a bênção de Moisés pedia que eles não fossem poucos, ou seja, que fossem um povo que crescesse e se multiplicasse. Em Cristo, nossa vida deixa de ser estéril. Ele nos dá estabilidade e nos chama para sermos frutíferos, para que nossa vida produza um legado de amor, alegria, paz e que leve outros a conhecerem a Deus.

“Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5)

Conclusão de Deuteronômio 33:6

A história de Rúben é a história do Evangelho em miniatura. Começa com a honra da primogenitura, passa pela tragédia da queda e da sentença, mas termina com a surpreendente declaração da graça de Deus que oferece vida e um futuro.

Talvez você se sinta como Rúben. Talvez um erro do passado tenha manchado sua história e lhe dado uma sentença de instabilidade e fracasso. Talvez você sinta que perdeu o seu lugar de honra.

A mensagem de Deus para você hoje é a mesma que Moisés declarou sobre Rúben: Viva, e não morra! Em Cristo, sua antiga sentença foi cancelada. Ele te oferece uma nova identidade, uma nova estabilidade e um novo propósito. Ele te chama para uma vida abundante e frutífera.

Deus quer trocar o seu legado de instabilidade pelo legado da Sua graça. Aceite a vida que Ele lhe oferece.

Esboço de Pregação Expositiva em Deuteronômio 33:6 – “Viva Rúben, e não morra; e que os seus homens não sejam poucos.”


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