Esboço de Pregação Expositiva em Êxodo 25:1-2 – “Disse o Senhor a Moisés: Diga aos israelitas que me tragam uma oferta. Recebam-na de todo aquele cujo coração o compelir a dar.”
Irmãos, vamos imaginar a cena. O povo de Israel está no meio do deserto. A poeira, o sol, a rotina de caminhar e acampar. Eles não estão em sua própria terra, não têm uma economia estabelecida; são um povo em trânsito, dependendo de Deus para o pão de cada dia, o Maná.
Eles já viram o poder de Deus de forma espetacular: as pragas no Egito, a abertura do Mar Vermelho, a entrega da Lei no Monte Sinai com trovões e relâmpagos. Agora, no silêncio do deserto, Deus lhes dá uma nova instrução: construir um lugar para Ele. Um santuário móvel, o Tabernáculo, para que a presença santa de Deus pudesse habitar visivelmente no meio do seu povo.
Mas o detalhe mais incrível está em como isso seria financiado. Deus, que é dono de todo o ouro e de toda a prata, não impõe um tributo. Ele não obriga ninguém a contribuir. Ele simplesmente faz um convite: “tragam-me uma oferta… de todo aquele cujo coração o compelir a dar”.
Isso nos ensina algo fundamental sobre Deus: Ele não está interessado em nossas coisas, Ele está interessado em nosso coração. Ele não precisa do nosso dinheiro, mas se alegra com a nossa generosidade que brota de um coração grato.
Neste tempo de ofertas, essa mesma voz de Deus ecoa até nós. Ele continua buscando corações dispostos, mãos abertas e vidas entregues com alegria.
(Baseado em Êxodo 25:1-2)
“Recebam-na de todo aquele cujo coração o compelir a dar.”
Explicação: A palavra hebraica para “compelir” aqui tem a ideia de um impulso voluntário, uma generosidade que vem de dentro para fora. Não é um empurrão de fora, mas uma mola que salta de dentro. Deus deixa claro que a oferta não deveria ser fruto de coação, peso ou obrigação. Ele não queria um ato mecânico, mas um movimento do coração. Ele queria que as pessoas ofertassem porque O amavam e estavam genuinamente animadas em participar do Seu projeto.
Deus continua olhando para a fonte da nossa oferta: o nosso coração. Pense em como você se sente ao dar um presente de aniversário para alguém que você ama muito. Você não dá por obrigação. Você se alegra em procurar o presente, em embrulhar, em ver a alegria no rosto da pessoa. É esse tipo de sentimento que Deus quer despertar em nós.
Antes de colocar sua oferta no gazofilácio, pergunte-se: “Por que estou fazendo isso?”. É por costume? Para que os outros vejam? Ou é uma resposta de gratidão por Jesus, pela salvação, pela família, pelo pão na mesa? Deus se agrada quando nossa oferta é um ato de adoração nascido do amor.
Pergunta para reflexão: Sua entrega a Deus, seja de tempo, talento ou tesouro, tem sido movida pela alegria da gratidão ou pelo peso da obrigação?
(Baseado em Êxodo 25:3-7)
“Esta é a oferta que receberão deles: ouro, prata, bronze, fios de lã azul, púrpura e escarlate, linho fino, pelos de cabra, peles de carneiro tingidas de vermelho, couro, madeira de acácia, azeite para iluminação, especiarias para o óleo da unção e para o incenso aromático, pedras de ônix e outras pedras preciosas…”
Veja a beleza desta lista! Deus não pediu apenas ouro dos ricos. Ele abriu a possibilidade para que todos participassem. Quem tinha metais preciosos, trazia. Quem trabalhava com tecidos, trazia fios e panos. Quem tinha rebanhos, oferecia peles. Quem vivia perto de árvores, trazia madeira. Até as especiarias e o azeite eram bem-vindos. Ninguém podia dizer: “não tenho nada para dar”. Cada um contribuía segundo as suas posses.
Aplicação prática: Isso nos ensina que no Reino de Deus não existe oferta insignificante. Talvez você olhe para sua conta bancária e pense que não tem muito a oferecer. Mas Deus não se impressiona com a quantidade, e sim com a proporção e a sinceridade da entrega. A viúva pobre do Evangelho ofertou apenas duas moedas, mas Jesus disse que ela deu mais do que todos.
Pense nisso como um grande mutirão para construir a casa de Deus. Um traz os tijolos, outro a areia, outro prepara a comida para os trabalhadores, e outro anima o grupo com uma música. Todos são essenciais! Sua oferta pode ser financeira, mas também pode ser o seu tempo para limpar a igreja, sua habilidade com redes sociais para divulgar um evento, sua voz para cantar no louvor, um abraço em alguém que chora. Tudo o que é entregue com um coração sincero é uma oferta ampla e aceitável a Deus.
(Baseado em Êxodo 25:8)
“E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles.”
As ofertas não seriam usadas para construir um monumento a Moisés ou um palácio para os líderes. Elas tinham um propósito sagrado e valiosíssimo: construir o lugar onde a glória de Deus se manifestaria. Era um investimento na presença de Deus entre o povo. Cada pedaço de madeira, cada fio de ouro, cada pele de animal serviria para aproximar o céu da terra.
Aplicação prática: Cada vez que você oferta ao Senhor, você está fazendo o mesmo: investindo na presença de Deus no mundo. Sua oferta se transforma. Ela paga a conta de luz para que esta igreja fique de portas abertas. Ela compra o material da escola dominical que ensina uma criança sobre Jesus. Ela sustenta o missionário que está pregando o Evangelho em um lugar distante. Ela ajuda a comprar uma cesta básica que alimenta uma família e demonstra o amor de Cristo na prática.
Sua generosidade não termina no gazofilácio. Ela se torna um instrumento para que vidas sejam alcançadas, discipuladas e restauradas. O Tabernáculo do Antigo Testamento era uma sombra do que viria. Hoje, a Igreja é o lugar da habitação de Deus pelo Espírito. Sua oferta edifica a Igreja e expande o Reino de Deus.
(Baseado em Romanos 12:1)
“Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.”
O apóstolo Paulo nos leva ao nível mais profundo da oferta. Se no Antigo Testamento o povo trouxe seus bens para construir um lugar para Deus, no Novo Testamento, depois do sacrifício perfeito de Jesus, Deus nos pede algo ainda maior: nós mesmos. A maior oferta que você pode colocar no altar não é o que você tem no bolso, mas o que você é por inteiro. “Culto racional” significa que esta é a resposta mais lógica e inteligente que podemos dar ao amor de Deus. Entregar nossa vida Àquele que nos deu a vida é o ato de adoração mais sensato que existe.
Como ofertar a sua vida hoje?
Quando você se entrega a Deus, Ele te transforma, te usa e te capacita para a glória d’Ele.
O chamado de Deus no deserto ecoa até nós hoje. Ele nos convida a participar da Sua obra com um coração generoso.
Lembre-se sempre:
Você está, agora mesmo, em um tempo de ofertas. E Deus está olhando para o seu coração. O que você está disposto a oferecer a Ele?
Ao ofertar seus bens, faça-o com alegria. Mas não pare por aí. Em oração, oferte também a sua vida. Diga ao Senhor: “Pai, não apenas o que eu tenho, mas quem eu sou é Teu. Usa-me para a Tua glória.” E pode ter certeza: Ele fará coisas maravilhosas em você e através de você.
Esboço de Pregação Expositiva em Êxodo 25:1-2 – “Disse o Senhor a Moisés: Diga aos israelitas que me tragam uma oferta. Recebam-na de todo aquele cujo coração o compelir a dar.”