O Rei e Eu – Eclesiastes 8:1-5

O Rei e Eu Pregação Expositiva em Eclesiastes 8:1-5 - Quem é como o sábio? E quem sabe a interpretação das coisas? A sabedoria do homem faz brilhar o seu rosto, e a dureza do seu rosto se muda. Eu digo: Observa o mandamento do rei, e isso em consideração ao juramento que fizeste a Deus. Não te apresses a sair da presença dele, nem persistas em alguma coisa má, porque ele faz tudo o que quer. Porque a palavra do rei tem poder; e quem lhe dirá: Que fazes? Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo. Introdução de Eclesiastes 8:1-5 O livro de Eclesiastes é um tesouro de sabedoria. Nele, o rei Salomão, o homem mais sábio que já existiu, nos oferece reflexões profundas sobre a vida "debaixo do sol". Nestes versículos do capítulo 8, ele fala sobre um tema que conhecia muito bem: a relação de um súdito com o seu rei. Ele nos dá conselhos práticos sobre como se portar diante de uma autoridade poderosa. Mas nós, como cristãos, podemos e devemos ler essas palavras em um sentido ainda mais profundo e eterno. Temos um Rei que não governa de um trono terreno, mas do trono do universo: o Senhor dos Exércitos, Jesus Cristo. Muitas vezes, as pessoas vivem como se fossem seus próprios reis, sem reconhecer a soberania de Deus. Mas o cristão tem a revelação de que Jesus é o "Rei dos reis e Senhor dos senhores" (Apocalipse 19:16) e, por isso, é chamado a viver de uma forma radicalmente diferente. Vamos aprender com Salomão cinco atitudes essenciais para mantermos um relacionamento de honra e comunhão com o nosso verdadeiro Rei. 1. SEJA SÁBIO (v. 1) "Quem é como o sábio? E quem sabe a interpretação das coisas? A sabedoria do homem faz reluzir o seu rosto, e a dureza do seu rosto se muda." Salomão começa com uma pergunta retórica que exalta o valor do sábio. A sabedoria de que ele fala não é apenas inteligência ou acúmulo de conhecimento. A verdadeira sabedoria, como nos ensina a Bíblia, começa com o temor do Senhor (Provérbios 9:10). O texto diz que essa sabedoria celestial tem um efeito visível: "faz reluzir o seu rosto". Isso não fala de beleza física, mas de uma serenidade, uma paz e uma confiança que transparecem. Em contraste, a "dureza do rosto" representa a teimosia, a amargura e a rebeldia de quem luta contra Deus. O sábio tem o semblante transformado porque não está em guerra com seu Rei; ele vive em alinhamento com a Sua vontade. Se queremos agradar ao Rei, a sabedoria não é opcional. Como a buscamos? A Palavra de Deus nos ordena: "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente" (Tiago 1:5). A sabedoria de Deus nos é dada quando mergulhamos em Sua Palavra e buscamos Sua face em oração antes de tomar nossas decisões. Um cristão sábio não causa confusão; ele reflete a luz do seu Rei. 2. SEJA OBEDIENTE (v. 2) "Eu te digo: guarda o mandamento do rei, e isso por causa do juramento de Deus." A instrução aqui é direta: obedeça às ordens do rei. Salomão acrescenta um motivo poderoso: "por causa do juramento de Deus". Naquele contexto, isso se referia ao juramento de lealdade que um súdito fazia ao seu rei. Para nós, aponta para algo ainda mais forte: a nossa aliança com Deus através de Jesus Cristo. Nossa obediência não se baseia apenas no medo do castigo, mas no compromisso de amor que assumimos quando O aceitamos como nosso Senhor e Salvador. Obedecer não é uma opção para quem quer agradar ao Rei; é a linguagem do amor e da amizade com Ele. Jesus foi claro: "Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando" (João 15:14). A obediência é a prova concreta do nosso amor a Deus (João 14:15). Não adianta dizer que amamos o Rei se ignoramos Suas ordens. Obedecer é perdoar quando nosso coração quer guardar rancor. É ser honesto quando a mentira parece mais fácil. É amar o próximo na prática, e não apenas com palavras. Cada ato de obediência é uma declaração de que confiamos no nosso Rei e acreditamos que Seus mandamentos são para o nosso bem. 3. SEJA LEAL (v. 3) "Não te apresses a sair da presença dele, nem persistas em coisa má; porque ele faz tudo o que lhe agrada." A lealdade é testada nos momentos difíceis. Salomão nos dá dois conselhos práticos: Primeiro, "não te apresses a sair da presença dele". Quando as coisas ficam difíceis, ou quando o Rei parece silencioso, a nossa tendência humana é fugir, desistir da oração, abandonar a comunhão. A lealdade nos chama a permanecer. Segundo, "nem persistas em coisa má". Ser leal é abandonar a rebeldia. Insistir no pecado ou em um caminho que sabemos que desagrada a Deus é um ato de traição ao Rei. E é um ato tolo, pois o texto lembra que "ele faz tudo o que lhe agrada". Lutar contra o Rei soberano é uma batalha perdida. Lembre-se da lealdade de Rute, que disse a Noemi: "O teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus" (Rute 1:16). Essa é a atitude de um coração leal. Nos dias de provação, não fuja da presença do Rei. Pelo contrário, corra para Ele. E se houver alguma "coisa má", alguma área de rebeldia em sua vida, abandone-a hoje. A lealdade exige rendição. 4. SEJA CONFIANTE NA SOBERANIA DO REI (v. 4) "Porque a palavra do rei tem autoridade; e quem lhe dirá: Que fazes?" A palavra de um rei é lei. Ninguém ousa questioná-la. Essa verdade é infinitamente maior quando falamos do nosso Deus. Sua Palavra tem autoridade suprema sobre toda a criação. A pergunta "quem lhe dirá: Que fazes?" não é um convite para termos medo de orar, mas um chamado para reconhecermos nosso lugar. É a mesma lição que Jó aprendeu quando, no fim de seu sofrimento, declarou a Deus: "Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido" (Jó 42:2). Nós não servimos a um rei fraco ou limitado. Servimos ao Deus Todo-Poderoso, cuja Palavra é sempre firme, verdadeira e infalível (Números 23:19). A confiança na soberania do Rei nos liberta do peso da ansiedade e da necessidade de entender tudo. Quando uma porta se fecha, quando uma oração não é respondida da forma que esperávamos, o súdito fiel não entra em desespero. Ele descansa, sabendo que a palavra final pertence ao Rei e que Seu plano é perfeito. Confiar é saber que, mesmo sem entender o "que" Ele está fazendo, podemos confiar em "Quem" Ele é. 5. SEJA DISCERNITIVO (v. 5) "Quem guarda o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo." O texto não promete uma vida sem problemas, mas que aquele que obedece não sofrerá o "mal" da desobediência e do castigo divino. A grande recompensa do obediente é o discernimento. O coração do sábio sabe a diferença entre o certo e o errado, e também discerne o "tempo e o juízo" (ou o modo correto). Discernimento é a habilidade espiritual de saber não apenas o que fazer, mas quando e como fazer. Não é agir por impulso, mas com a direção do Espírito Santo. É saber a hora de falar e a hora de calar; a hora de agir e a hora de esperar. Vivemos em um mundo de opiniões confusas. Mais do que nunca, precisamos de discernimento. Essa capacidade não vem de nós, mas do Espírito Santo que habita no crente fiel (1 Coríntios 2:15-16). Busque esse discernimento em oração antes de tomar decisões importantes. Um súdito discernitivo não se precipita, pois sabe que seu Rei tem o tempo perfeito para todas as coisas (Eclesiastes 3:1). Conclusão Nosso relacionamento com o Rei celestial é a coisa mais importante de nossas vidas, e ele é construído sobre essas atitudes diárias. Viver como um súdito fiel não é uma opção para o cristão; é a nossa identidade. Sejamos sábios, refletindo a luz de Cristo. Sejamos obedientes, provando nosso amor com ações. Sejamos leais, permanecendo firmes em toda e qualquer situação. Sejamos confiantes, descansando em Sua soberania absoluta. E sejamos discernitivos, andando segundo a direção do Seu Espírito. Jesus é o Rei dos reis. Um dia, Ele voltará, e todo joelho se dobrará diante Dele. Que, nesse grande dia, Ele nos encontre de pé, como súditos que viveram para honrar e glorificar o Seu Nome. Mais Esboços de Pregação Ornamento de doutrina - Tito 2:10-10 Não se glorie - Jeremias 9:23-24 Josué e os Gibeonitas - Josué 9:3-6

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