Pregação Expositiva em Apocalipse 15:3-4 – “E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos. Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos.”
Irmãos, o livro de Apocalipse é como uma janela para o futuro, que nos mostra não apenas os momentos difíceis e os juízos de Deus, mas, acima de tudo, a vitória gloriosa da Igreja Fiel. E aqui, neste capítulo 15, encontramos uma cena extraordinária: um grupo de vencedores. São aqueles que passaram pela grande tribulação, que não se curvaram à besta, que não aceitaram a sua marca. E o que eles estão fazendo? Estão de pé, vitoriosos, diante de um mar de vidro, e estão cantando.
Que tipo de cântico você entoaria depois de vencer a maior batalha da sua vida? O louvor deles não nasce da facilidade, mas da fidelidade de um Deus que os sustentou no meio da tempestade. O verdadeiro louvor não depende do que sentimos ou do que vemos ao nosso redor, mas do que sabemos sobre quem Deus é e o que Ele fez por nós.
Este cântico é chamado de “Cântico de Moisés e do Cordeiro”. Isso é poderoso! O Cântico de Moisés foi cantado após a libertação do Egito, uma vitória física (Êxodo 15). O Cântico do Cordeiro celebra a libertação do pecado, uma vitória espiritual. Isso nos ensina que o mesmo Deus que abre mares é o Deus que perdoa pecados e nos garante a vida eterna.
Neste louvor, podemos aprender as características da adoração que agrada a Deus.
O texto começa com uma declaração de admiração: “Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso!”
Essa não é uma frase repetida de forma vazia. É o grito de um coração que viu, sentiu e viveu o poder de Deus. A Igreja só consegue cantar com verdade quando experimenta o amor e o cuidado de Deus em sua própria história. O Louvor é um mover do Espírito Santo na vida do servo de Deus.
Pense em Moisés e no povo de Israel. Eles não cantaram porque ouviram falar do poder de Deus; eles cantaram porque acabaram de atravessar o Mar Vermelho a pés secos e viram seus inimigos serem derrotados. A experiência deles gerou a adoração. O cântico deles dizia: “O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação.” (Êxodo 15:2).
Da mesma forma, a Igreja que verdadeiramente experimenta o perdão em Cristo não consegue ficar em silêncio. Nosso louvor é uma resposta à graça que nos alcançou quando não merecíamos. É o cântico de quem foi tirado de um lamaçal de pecado e colocado sobre uma rocha firme.
Salmo 40:2-3 – “Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou os meus pés sobre uma rocha e firmou os meus passos. E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus.”
🟣 Sua adoração tem sido apenas da boca para fora ou ela nasce de uma experiência real? Pare por um instante e lembre-se do que Deus já fez por você. Lembre-se daquela oração respondida, daquele livramento, da paz que Ele te deu no meio da angústia. O verdadeiro louvor começa quando reconhecemos as digitais de Deus em nossa vida.
O cântico continua, revelando um coração confiante: “Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos.”
Esta é uma das declarações de fé mais profundas que existem. Louvar a Deus quando tudo vai bem é fácil. Mas a Igreja Fiel aprende a louvá-Lo mesmo quando não entende os Seus caminhos. Eles declaram que Deus é justo e verdadeiro, mesmo depois de terem passado por perseguições e sofrimentos.
A gratidão é o combustível do louvor. Enquanto a murmuração foca no que falta, a gratidão foca em quem Deus é. O povo de Israel, muitas vezes, falhou nesse ponto. Mesmo depois de verem tantos milagres, reclamaram da falta de água, de comida, do cansaço do deserto. A gratidão transforma nossa perspectiva.
Habacuque 3:17-18 – “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.”
Entender que a salvação é um presente imerecido deve gerar em nós uma gratidão tão profunda que nenhuma circunstância possa abalar. Não fomos salvos por nossas obras, mas pela graça. Por isso, nossa única resposta possível é a adoração.
1 Tessalonicenses 5:18 – “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.”
🟣 Como você tem reagido às dificuldades? Com um “por quê?” de reclamação ou com um “obrigado” de confiança? A fé verdadeira nos leva a agradecer não pelas lutas, mas apesar das lutas, pois sabemos que os caminhos de Deus, mesmo que misteriosos, são sempre justos e verdadeiros.
Finalmente, o texto mostra que o louvor dos vencedores é rico em conteúdo. Ele não é superficial, mas profundo. Ele é:
O cântico usa uma linguagem de admiração: “Grandes e maravilhosas são as tuas obras”. Isso é poesia! É expressar a beleza e a majestade de Deus com palavras que tocam a alma. A criação, por si só, já é um poema que nos convida a louvar.
Salmo 19:1 – “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.”
Nosso louvor deve refletir a beleza do nosso Deus. Não precisa ser um louvor de palavras complicadas, mas deve ser sincero, expressando nossa admiração por Sua criação, por Sua salvação e por Seu caráter.
O cântico declara algo que ainda se cumprirá plenamente: “Todas as nações virão e se prostrarão diante de ti.”
Isso é um louvor que olha para o futuro com os olhos da fé. É cantar a vitória no meio da guerra. É uma declaração que proclama o Reino de Deus antes mesmo de vê-lo estabelecido em sua totalidade. O louvor profético firma nossos pés na promessa e nos dá esperança para continuar.
2 Coríntios 5:7 – “Porque andamos por fé e não por vista.”
Quando louvamos, estamos declarando que, não importa o que aconteça no mundo, no final, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor.
O cântico é fundamentado na verdade sobre Deus: “Porque só tu és santo… os teus juízos são manifestos.”
Este louvor não é baseado em mero sentimentalismo. Ele é construído sobre a rocha da sã doutrina. Ele exalta os atributos de Deus: Seu poder (Todo-Poderoso), Sua justiça (Rei dos santos), Sua santidade (só Tu és santo). Um louvor fiel precisa estar cheio da Palavra de Deus. A emoção sem a verdade é vazia; a verdade sem emoção é seca. A adoração verdadeira une as duas coisas.
Colossenses 3:16 – “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.”
🟣 O que tem alimentado o seu louvor? Apenas a melodia de uma canção ou a verdade poderosa da Palavra de Deus? A Igreja Fiel canta com beleza (poesia), com esperança (profecia) e com firmeza (doutrina).
O cântico em Apocalipse 15 nos ensina que o louvor da Igreja Fiel é uma herança poderosa. É o cântico de Moisés e do Cordeiro.
O mesmo Deus que libertou Israel do Egito é o que nos liberta hoje da escravidão do pecado por meio do sangue de Jesus. Por isso, nós cantamos!
Cantamos porque experimentamos o amor de Deus. Cantamos porque vivemos em gratidão constante. E cantamos um louvor que é poético, profético e doutrinário.
Que o nosso louvor hoje não seja apenas um som agradável, mas uma declaração de guerra contra o inimigo, uma declaração de fé no futuro e, acima de tudo, uma declaração de amor ao nosso Deus Todo-Poderoso.
Pregação Expositiva em Apocalipse 15:3-4 – “E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos. Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos.”