Pregações Expositivas

Jesus Glorificado – Apocalipse 1:10-19

A Visão do Jesus Glorificado

Pregação Expositiva em Apocalipse 1:10-19 – Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve num livro, e envia às sete igrejas que estão na Ásia: A Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodiceia. E virei-me para ver a voz que falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; 

Introdução de Apocalipse 1:10-19

Para entendermos a força desta visão, precisamos nos transportar para o final do primeiro século. O apóstolo João, já idoso, não estava em um retiro espiritual confortável. Ele estava exilado na ilha rochosa de Patmos, uma prisão a céu aberto, por ordem do Império Romano. O motivo? “Por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Apocalipse 1:9).

As igrejas para as quais ele escreve, espalhadas pela Ásia Menor (hoje, Turquia), também sofriam. Elas enfrentavam perseguição de fora e falsos ensinos por dentro. Muitos cristãos se sentiam pequenos, assustados e impotentes diante da força de Roma. Talvez, a imagem que tinham de Jesus era a do servo sofredor, do cordeiro levado ao matadouro.

É nesse cenário de fragilidade e medo que Deus abre os céus para João. E a primeira grande revelação não é sobre o fim do mundo, mas sobre o Rei que governa o mundo. Deus mostra a João quem Jesus é agora: não mais um carpinteiro humilde, mas um Rei glorificado, poderoso e em total controle da história. Esta visão não foi dada para nos assustar, mas para nos encher de coragem e esperança.

Desenvolvimento

João, arrebatado no Espírito, ouve uma voz e se vira para ver. O que ele descreve não é uma fotografia, mas um retrato cheio de símbolos proféticos, cada um revelando uma verdade sobre quem é o nosso Salvador, Jesus, o Senhor dos exércitos.

1. A Voz de Autoridade (v. 10-13)

“…ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta… E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; e, no meio dos sete castiçais, um semelhante ao Filho do Homem…”

Voz como de trombeta: No Antigo Testamento, a trombeta soava para anunciar algo de extrema importância: a chegada de um rei, um chamado para a guerra ou uma convocação solene do povo diante de Deus. Esta não é uma voz comum; é a voz do Rei do Universo, que exige toda a nossa atenção.

No meio dos sete castiçais: O próprio texto explica que os castiçais são as sete igrejas (v. 20). Onde está Jesus? Ele não está distante, sentado em um trono no céu, indiferente ao nosso sofrimento. Ele está no meio de Sua Igreja. Ele caminha entre nós, conhece nossas lutas, vê nossas lágrimas e sustenta nossa fé. Que consolo saber que o Rei glorificado está presente conosco!

2. A aparência de Majestade e Santidade (v. 13-15a)

“…vestido até aos pés de uma veste comprida e cingido pelo peito com um cinto de ouro. E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos, como chama de fogo; e os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha…”

Cada detalhe revela Sua glória:

  • Veste comprida e cinto de ouro: Eram as vestes de um Sumo Sacerdote e de um Rei. Jesus é Aquele que nos representa diante de Deus (Sacerdote) e Aquele que governa sobre tudo com justiça e poder (Rei).
  • Cabeça e cabelos brancos: Na Bíblia, cabelos brancos não são sinal de velhice ou fraqueza, mas de sabedoria eterna e pureza absoluta. Ele é como o “Ancião de Dias” descrito no livro de Daniel (Daniel 7:9), Aquele que existe antes de todo o tempo.
  • Olhos como chama de fogo: Seu olhar é penetrante. Nada pode ser escondido d’Ele. Ele vê a verdade de todas as coisas, não apenas nossas ações, mas as intenções do nosso coração. Para o mundo, é um olhar de julgamento; para a Igreja, é um olhar que purifica e sonda.
  • Pés como bronze polido: O bronze, refinado no fogo, é um metal forte e puro. Seus pés simbolizam a pureza e a firmeza de Seus caminhos. Ele andou na fornalha do sofrimento e da tentação na terra e saiu vitorioso, e hoje Seus caminhos são de pura justiça.

3. O Poder de sua Palavra (v. 15b-16)

“…e a sua voz, como a voz de muitas águas. E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.”

  • Voz de muitas águas: Imagine o som de uma grande cachoeira ou das ondas do mar em uma tempestade. É um som poderoso, que abafa todos os outros. A voz de Jesus é a voz da autoridade final. Quando Ele fala, toda a criação se cala.
  • Sete estrelas na mão direita: O texto também explica que as estrelas são os “anjos” (ou mensageiros/líderes) das igrejas. O ponto principal é este: Ele segura a liderança e o destino de Sua Igreja em Sua mão direita, a mão de poder e proteção. Ninguém pode nos arrancar de Suas mãos.
  • Espada de dois fios: Esta espada não é para uma guerra física. Em Hebreus 4:12, a Palavra de Deus é descrita como uma “espada de dois gumes”. A Palavra de Jesus tem o poder de julgar o mundo e de separar, em nossos corações, o que é certo e o que é errado, trazendo convicção e salvação.
  • Rosto como o sol: É a expressão máxima de Sua glória divina, tão brilhante que é impossível de se encarar diretamente. Ele é a Luz do mundo, a manifestação visível da glória de Deus.

4. A mensagem de Vitória sobre a Morte (v. 17-19)

“E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o Primeiro e o Último e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.”

Diante de tamanha glória, João, o discípulo amado, faz a única coisa possível: ele cai como morto. É o reconhecimento da santidade de Deus e da nossa pequenez. Mas veja a beleza do Evangelho:

O toque de Jesus: O Rei glorioso não o deixa no chão. Ele o toca com Sua mão poderosa e diz: “Não temas”. O mesmo Jesus que acalmou a tempestade, agora acalma o coração de Seu servo.

A declaração de Jesus: Ele se revela como o eterno, Aquele que existia antes de tudo e que existirá depois que tudo passar. E então vem a frase que é o centro da nossa fé: “Fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre”. Nós não servimos a um mártir histórico ou a uma boa ideia; nós servimos a um Salvador ressurreto! E porque Ele vive, Ele tem toda a autoridade: “tenho as chaves da morte e do inferno”. Ele, e mais ninguém, tem o poder sobre a vida, a morte e o destino eterno.

Conclusão de Apocalipse 1:10-19

A visão que deu coragem a João e às igrejas do primeiro século é a mesma visão que deve nos sustentar hoje. Quando a vida parecer difícil, quando a injustiça do mundo nos assustar, quando nos sentirmos fracos ou insignificantes, precisamos nos lembrar de quem Jesus é.

  • Ele caminha no meio de nós.
  • Ele nos segura firmemente em Sua mão.
  • Seus olhos de fogo nos purificam.
  • Sua Palavra nos guia.
  • E, acima de tudo, Ele vive e tem as chaves. A morte não tem a última palavra. O medo não tem a última palavra. Jesus tem.

Portanto, não tema. Levante a cabeça. O nosso Rei está no controle. Nossa identidade não está em nossas fraquezas, mas em nosso JESUS GLORIFICADO. Que possamos viver cada dia em resposta a essa gloriosa verdade.

Pregação Expositiva em Apocalipse 1:10-19 –  Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve num livro, e envia às sete igrejas que estão na Ásia: A Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodiceia. E virei-me para ver a voz que falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro;


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