Pregação Expositiva em Apocalipse 5:1-7 – E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos. E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos? E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele.
📋 Tipo de Pregação: Expositiva/Profética
Use esta pregação para exaltar a Cristo, encorajar os salvos sobre sua vitória garantida e desafiar os perdidos a conhecerem o Cordeiro antes de enfrentarem o Leão. Enfatize que o Senhor Jesus conquistou a vitória não pela força militar, mas pela submissão, amor e sacrifício na cruz. Esta mensagem revela o Senhor Jesus em Sua glória exaltada e prepara o coração para compreender os juízos vindouros.
🟢 Ideal para: Mensagem de salvação, estudos sobre o livro de Apocalipse, culto evangelístico, mensagens sobre a vitória de Cristo.
⏱️ Tempo estimado: 40-45 minutos
Dicas de Uso:
Ao entrarmos neste quinto capítulo, seria um bom momento para uma breve revisão. No capítulo 4, João é arrebatado ao Céu. Ao chegar lá, ele vê o próprio Deus sentado em um trono glorioso. João vê o Céu configurado como um tribunal. Deus está se preparando para desencadear Sua ira sobre os habitantes da Terra.
Em meio a essa cena impressionante, vemos também que o Céu está repleto de louvores a Jeová. O Céu compreende o que o Senhor está prestes a fazer, e os habitantes daquela cidade louvam o Senhor por Sua glória, Seu poder e por Sua criação. Eles também reconhecem Seu direito de julgar a Terra.
Parece que João foi levado ao Céu para receber uma perspectiva celestial sobre o que estava prestes a acontecer na Terra. Mencionei isso na semana passada, mas continua sendo verdade: quando os eventos desta Terra são vistos de uma perspectiva puramente terrena, podem causar medo, dúvida e confusão. Mas, quando todos os eventos da história são vistos pelos olhos do Céu, tudo faz sentido!
Assim, o capítulo quatro termina com Deus recebendo o louvor de Suas criaturas e de Seus redimidos. O céu vibra com as vozes daqueles que se entregam ao amor pelo Deus Todo-Poderoso. O capítulo cinco nos encontra no mesmo tribunal celestial. Agora, o louvor cessou por um instante e os negócios celestiais estão prestes a ser tratados, e teremos lugares na primeira fila para acompanhar tudo.
Estamos prestes a descobrir que, no Céu, Jesus é a Figura central. Ele é o centro das atenções. Creio que o Céu será um lugar glorioso e maravilhoso. Creio que haverá ruas de ouro, muros de jaspe, portões de pérola e mais glória do que você e eu podemos imaginar. Creio que será ótimo ver Abraão, Moisés, Paulo e os demais. Mas a principal atração do Céu será o próprio Jesus. Nesta passagem, veremos o próprio Jesus em Seu devido lugar: glorificado e exaltado no Céu.
Esta passagem prepara o terreno para os julgamentos que virão durante a Tribulação. Ela também revela Jesus em Sua glória exaltada. Vamos examinar esses versículos e refletir sobre o pensamento: Digno é o Cordeiro.
No início deste capítulo, é dito que Deus está segurando um livro. Ora, este não é um livro como nós o conhecemos. Na verdade, é um pergaminho. O papel era feito em longas folhas e, à medida que se escrevia nele, era enrolado. Uma parte era escrita, enrolada e selada. Outra parte era escrita e, em seguida, enrolada e selada. Este pergaminho que Deus segura possui sete selos. É um pergaminho misterioso; vejamos se conseguimos desvendar o seu mistério.
Ao lermos esses versículos, o caráter deste pergaminho torna-se claro:
Primeiro, tem algo a ver com “homem” (v. 2-4).
Segundo, tem algo a ver com a “Terra”. No Apocalipse 6, os selos deste pergaminho começaram a ser abertos e o seu conteúdo foi lido. Ao serem lidos, revelaram o que acontecerá na Terra durante o Período da Tribulação.
Terceiro, parece que este rolo tem algo a ver com “redenção”. Quando Jesus pega este rolo, Ele é louvado por Sua obra redentora (Apocalipse 5:9-10).
Este é um livro sobre redenção. Redenção é um tema muito importante. É uma verdade fundamental. Compreender a redenção é essencial para entender o grandioso plano de Deus para todas as eras. Tudo o que Ele faz e já fez está relacionado à Sua obra redentora.
Para entendermos a redenção, precisamos voltar aos tempos do Antigo Testamento. Naquele período, três coisas podiam ser redimidas:
1. Um escravo podia ser resgatado – Se um senhor perdesse um servo, ele podia pagar um preço de resgate e comprar esse servo de volta. Foi isso que Jesus fez quando veio morrer na cruz por nós (Apocalipse 5:9; Gálatas 4:5; 1 Pedro 1:18-19). Fomos “comprados por um preço” (1 Coríntios 6:19-20).
2. Uma esposa podia ser resgatada – Se uma mulher ficasse viúva sem filhos homens, um parente próximo de seu falecido marido podia resgatá-la, bem como a herança do marido, pagando um preço de resgate. Isso é visto no livro de Rute, quando Boaz pagou o preço para resgatar Rute e a herança de seu falecido marido. Jesus morreu na cruz para redimir uma Noiva para Si mesmo (Efésios 5:25-27).
3. A terra podia ser resgatada – Se um homem perdesse a terra que lhe fora dada como herança, ele poderia recomprar sua propriedade pagando um preço de resgate.
Essa verdade é demonstrada em Jeremias 32. O tio de Jeremias havia perdido uma propriedade. O primo de Jeremias o procura quando ele está na prisão e pede a Jeremias que compre a propriedade de volta (v. 8). Jeremias faz isso, registra a transação em um rolo e o sela (v. 10).
Pelo que li, eles registravam as informações relativas à redenção em ambos os lados de um pergaminho. Na parte interna, escreviam o motivo da perda da terra. Na parte externa, escreviam os termos da redenção.
Creio que este pergaminho que vemos aqui é a escritura de propriedade do planeta Terra. Quando o homem pecou no Éden, o pecado entrou neste universo. O homem caiu naquele dia, e a criação de Deus ficou sob uma maldição trágica. Jamais saberemos a extensão total da ruína causada pelo pecado na criação; mas sabemos que, quando Adão caiu, a criação também caiu.
Eis o problema: quando Deus criou o homem e o colocou no Jardim do Éden, deu-lhe domínio sobre toda a criação (Gênesis 1:27-28). Quando o homem caiu, abdicou desse domínio e Satanás tornou-se o deus deste mundo (2 Coríntios 4:4). Quando Deus enviou Jesus para redimir a humanidade na cruz, o sangue de Jesus redimiu os pecadores caídos. Mas foi e é também suficiente para quebrar o domínio do pecado sobre a criação. O Segundo Adão resgatou tudo o que o primeiro Adão havia perdido.
Assim, este pergaminho na mão de Deus está escrito por dentro e por fora. Por dentro, está a história trágica do pecado, da tragédia, da morte, do fracasso e da derrota. Por fora, estão os termos da redenção. Se pudéssemos ler esses termos, descobriríamos que o redentor deve ser alguém disposto a redimir e alguém digno de ser redimido.
Essa é uma pequena informação sobre o caráter e o conteúdo deste misterioso pergaminho que João viu na mão de Deus. Nos versículos seguintes, esse pergaminho ocupa o centro das atenções no Céu, enquanto se busca alguém digno de romper os selos e ler o seu conteúdo.
Um anjo faz a pergunta crucial: “Quem é digno de abrir o livro?” A pergunta é esta: “Quem é moralmente apto para ler o texto deste pergaminho e realizar tudo o que é necessário para redimir a terra?”
Note que o anjo não disse: “Quem está disposto a abrir o livro?” Ao longo dos tempos, muitos homens estiveram mais do que dispostos, mas não foram capazes. Mais de um governante determinou que teria domínio sobre a Terra.
Alexandre, o Grande, conquistou o mundo conhecido aos 33 anos e chorou porque não havia mais terras para conquistar. Ele não redimiu o mundo; deixou-o pior do que o encontrou! Antes dele, Nabucodonosor se considerava o maior governante de todos os tempos. Ele também não era digno de dominar. Júlio César, Napoleão Bonaparte, Carlos Magno, Adolf Hitler e muitos outros estavam mais do que dispostos a dominar a Terra, mas não eram dignos.
Em breve, o mundo verá a ascensão de um louco possuído por demônios, chamado Anticristo. Ele chegará muito mais perto do que qualquer mortal de governar o mundo; mas, no fim, apenas o arruinará. Ele também provará ser indigno de possuir o título de propriedade deste planeta e de governar sobre tudo.
Graças a Deus, existe Alguém digno de tomar o livro e abrir os seus selos. Descobriremos por que Ele é digno em poucos minutos.
Uma busca é feita por todo o universo por um homem digno de pegar o livro e abri-lo. Eles procuraram no Céu, acima; no Inferno, abaixo; e na Terra, entre eles. Não encontraram ninguém digno de pegar o livro!
Não havia nenhum santo no Céu, nem Abraão, Moisés, Davi ou Paulo, considerado digno. Gabriel, Miguel e toda a hoste angelical do Céu não eram dignos de receber aquele livro. Ninguém que vivesse na Terra, nenhum rei, nenhum presidente, nenhum governante, nenhum bilionário, nenhum político, nenhum cientista, nenhum pregador, ninguém era digno de receber aquele livro. Ninguém no Inferno, nenhum demônio, nenhum pecador condenado, nem mesmo o próprio Satanás, era digno de receber aquele livro.
Eles procuraram por toda parte, mas não encontraram nenhum homem digno sequer de olhar para o livro que estava na mão do Deus Todo-Poderoso!
Quando os resultados da busca são tornados públicos, algo acontece no Céu que provavelmente nunca aconteceu antes ou depois: João caiu em prantos!
Existem duas palavras usadas para o choro no Novo Testamento. Uma delas é usada em João 11:35, onde a Bíblia diz: “Jesus chorou”. Essa palavra se refere a um “choro silencioso”. Jesus estava ali, junto ao túmulo de seu amigo, e chorou em silêncio.
A outra palavra é usada quando Jesus chorou sobre Jerusalém (Lucas 19:41). Essa palavra se refere a “soluços incontroláveis”. É o tipo de choro que uma criança pequena dá quando seu coraçãozinho está partido. É o tipo de choro que se vê quando alguém perde um ente querido inesperadamente. É um choro aberto, sem constrangimento! É a mesma palavra usada para descrever o choro de João neste versículo. João está no Céu e chora em voz alta porque ninguém é digno de abrir o livro, nem mesmo de olhar para ele.
Por que João está chorando? João sabe o que aquele livro representa. Ele sabe que, se ninguém conseguir abri-lo, a criação estará condenada a sentir os efeitos do pecado por toda a eternidade. As lágrimas de João representam as lágrimas de toda a humanidade desde que o homem caiu em pecado no Éden. João chora por todos nós!
Já vimos O Pergaminho Misterioso e A Busca Meticulosa. Nestes versículos, vamos conhecer Aquele que é digno de tomar o livro, de olhar para o livro e de abri-lo. Somos apresentados, nestes versículos, a um Salvador Magnífico!
João está chorando, mas um dos anciãos se aproxima dele e lhe dá notícias animadoras. Ele diz a João para enxugar as lágrimas e parar de chorar porque, embora nenhum homem comum seja digno, Alguém foi descoberto, Aquele que é! Vamos examinar juntos esse Ser digno.
Observe as palavras do ancião: “Não chore, eis que…” Então, ele aponta João para Jesus! Essa é a mensagem que a igreja vem pregando há 2.000 anos: “Não chore, eis que…” Independentemente do problema, Jesus é a solução! Não chore, olhe para Jesus e Ele suprirá a sua necessidade! Que Salvador maravilhoso!
O ancião diz a João que “o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, prevaleceu…”. Quando João ouve o título “Leão da tribo de Judá”, ele imediatamente percebe que o ancião está se referindo ao Messias. Em Gênesis 49:8-10, os judeus recebem a promessa de que um grande governante surgirá dentre eles. De Judá, como um leão, Ele será poderoso, forte, corajoso, majestoso e um conquistador poderoso. Os judeus buscavam um Messias que os libertasse do jugo de seus opressores e lhes desse a liberdade. Eles buscavam um líder militar que os conduzisse à vitória sobre seus inimigos.
Essa pessoa também é chamada de “Raiz de Davi”. Esse título reflete tanto a humanidade quanto a divindade do Messias que viria. Ele levantaria o ramo murcho da linhagem de Davi e o traria de volta ao poder. Esse é o lado humano do Messias. Mas Ele também era o “poder por trás do trono”. O Messias era a Raiz da qual Davi brotou! Portanto, Ele era um Rei e o Rei dos Reis!
Quando Jesus veio a este mundo, alegando ser o Messias, Ele não correspondeu às expectativas do povo judeu. Em vez de libertar os judeus da escravidão com uma grande vitória militar e estabelecer o Reino de Deus na Terra, Jesus percorreu o mundo curando, pregando e realizando milagres. Como resultado, os judeus o rejeitaram como seu Messias e crucificaram o “Leão da tribo de Judá e a Raiz de Davi”.
Quando João ouve falar de Jesus no Céu, Ele é descrito como um Leão poderoso, como um Rei e como o Rei dos Reis. João é informado de que esse Leão prevaleceu. Portanto, Jesus é descrito como um Leão Conquistador.
Quando João se vira para ver este Leão poderoso e vitorioso, ele vê “um cordeiro como se tivesse sido morto”. A palavra “cordeiro” significa “um cordeirinho; um cordeirinho de estimação”. Quando João olhou, ele esperava ver um Leão grande e poderoso; o que ele viu, em vez disso, foi um cordeirinho de estimação.
É claro que essa cena também está repleta de simbolismo judaico. Com essa imagem do “cordeirinho”, somos lembrados do cordeiro pascal. No Êxodo 12, o povo de Israel foi instruído a escolher um cordeiro perfeito, sem mácula e sem defeito. Deveriam levar esse cordeiro para casa, alimentá-lo e cuidar dele por alguns dias. Durante esse tempo, sabem o que aconteceu? Aquele cordeirinho tornou-se como um animal de estimação para aquela família. Então, no dia determinado, deveriam pegar o cordeiro, sacrificá-lo, passar o sangue nos batentes da porta de casa, assar seu corpinho e comê-lo. Quando o povo fez isso, foi-lhes prometido que seriam poupados quando o Senhor viesse julgar os egípcios. Não imaginam como foi doloroso para aquela família matar aquele cordeirinho de estimação?
Naquele pequeno cordeiro morto, os israelitas receberam uma poderosa imagem do que o Senhor faria um dia por meio do Redentor que Ele enviaria ao mundo. Assim como aquela família sacrificaria seu cordeiro de estimação, Deus julgaria Seu amado Filho na cruz do Calvário. Oh, como deve ter partido o coração do Pai enviar Seu Filho a um mundo cheio de pessoas que O odiariam, O rejeitariam e O crucificariam. Como deve ter partido o coração do Pai julgar o Filho no lugar dos pecadores!
Mas foi na cruz que o Céu conquistou a maior vitória de todos os tempos e da eternidade! Dizem-nos que o Leão-Cordeiro “prevaleceu”. Esta palavra significa “conquistar a vitória”. Só porque Jesus é um Cordeiro não significa que Ele seja fraco! Jesus conquistou a vitória em todas as situações possíveis:
Satanás pensou ter derrotado Jesus quando Jesus morreu na cruz. O inferno deve ter comemorado quando o corpo dilacerado e ensanguentado de Jesus foi retirado da cruz e colocado naquele túmulo emprestado. Por três dias, os demônios e diabos do inferno devem ter se regozijado em júbilo, celebrando o que consideravam a vitória de Satanás sobre o Senhor Jesus Cristo.
O que Satanás pensou ser sua maior vitória foi, na verdade, sua maior derrota! A cruz foi a maior conquista de Deus! Na cruz, Deus demonstrou mais poder e glória do que na criação. Quando Jesus exclamou “Está consumado!”, foi uma conquista muito maior do que quando Ele disse “Haja luz!”.
Jesus é chamado de “Cordeiro” 28 vezes no livro do Apocalipse. Satanás, o inimigo do Cordeiro, é descrito como “um grande dragão vermelho” (Apocalipse 12). O poder de Satanás é descrito como imenso. Ele reúne um grande exército humano e um grande exército demoníaco, todos com a intenção de derrotar Deus. A resposta do céu a essa vasta demonstração de poder infernal é enviar “um pequeno Cordeiro”.
Quando uma nação escolhe um símbolo, geralmente escolhe um animal que sugere poder e autoridade. O leão é o símbolo da Grã-Bretanha. O urso é o símbolo da Rússia. A águia é o símbolo dos Estados Unidos da América. Quando o Céu procurou um símbolo, encontrou um “Cordeiro imolado”; um símbolo de mansidão, submissão e gentileza. Jesus conquistou o reino de Satanás não pela força militar, mas pela mansidão, compaixão, amor e submissão!
Então, um “pequeno cordeiro de estimação” conquistou a vitória e, por isso, é digno de levar o livro. Antes de encerrarmos essa reflexão, vamos dedicar um momento para examinar esse Cordeiro com um pouco mais de detalhes:
Este Cordeiro está no Céu – Ele não está em uma manjedoura suja. Ele não está em uma estrada empoeirada da Galileia. Ele não está em um navio em meio a uma tempestade. Ele não está sentado, cansado e com sede, à beira de um poço. Ele não está pendurado em vergonha e agonia em uma cruz. Ele não está deitado em um túmulo frio e lacrado. Ele está onde merece estar. Ele está no trono. Ele está no Céu! Ele é glorificado e exaltado.
Este Cordeiro esteve lá o tempo todo – Este Cordeiro esteve no meio da ação o tempo todo. João não O tinha visto até então, mas Ele estivera lá o tempo todo. Deixe-me apenas lembrá-los de que Jesus está sempre presente quando nos reunimos. Podemos não O reconhecer, mas Ele está sempre aqui (Mateus 18:20).
Este Cordeiro ainda carregava as marcas de ter sido imolado – Quando virmos Jesus no Céu, veremos as marcas do Seu sofrimento em Seu corpo. Por toda a eternidade, Jesus carregará as feridas da cruz como um lembrete constante do que Ele fez por nós. Não haverá espaço para orgulho no Céu! Ninguém poderá se gabar de como chegou lá. Quando O virmos, veremos o Seu amor em permanente demonstração. Que motivo para adoração e louvor contínuos!
Este Cordeiro estava de pé – Quando Jesus ascendeu aos céus, lemos que Ele se assentou à direita de Deus (Hebreus 1:3). Ele se assentou porque Sua obra de redenção dos pecadores estava completa. Ele está de pé nesses versículos porque Sua obra de libertar a Terra está prestes a começar!
Este Cordeiro tem sete olhos – Ele é todo sábio e onisciente. Este Cordeiro é Onisciente. Nada escapa ao Seu olhar.
O Cordeiro tira o livro da mão de Deus. Quando o faz, o Céu irrompe num hino de louvor. O Céu sabe que Jesus está prestes a realizar a obra do Leão e libertar a Terra e toda a criação da escravidão de Satanás e da praga do pecado. Ele está prestes a completar Sua obra redentora.
O Cordeiro é digno de tomar o livro e abrir os selos. Se este pergaminho é realmente a escritura do planeta Terra, que direito Ele tem de abri-lo? Há pelo menos três razões pelas quais Ele tem esse direito:
Um dia, no Céu, o Cordeiro tomará o livro selado com sete selos da mão do Pai. Quando isso acontecer, será o começo do fim do pecado e de Satanás.
Naquele dia, Jesus receberá a glória que lhe foi negada pelo mundo por tanto tempo. Ele será considerado digno de adoração e reinará sobre toda a criação. Ele conquistou esse direito porque enfrentou todo o inferno e saiu vitorioso!
Jesus é um Vencedor! Aqueles que o conhecem como seu Salvador também são vencedores. Quando Jesus se levantar, pegar o livro e abri-lo, estaremos lá observando, nos alegraremos e Ele conquistará o mundo à força.
Quem é Jesus para você? Ele será quem você permitir que Ele seja! Ele será um Leão que virá julgá-lo algum dia, se for isso que você quiser. Ou Ele será um Cordeiro que vencerá seus pecados e salvará sua alma.
Estou feliz por conhecer o Cordeiro! E, por conhecê-lo, nunca terei que enfrentar o Leão!
E você?
O pergaminho selado com sete selos é a escritura de propriedade do planeta Terra. Ele contém por dentro a história trágica do pecado, da morte e da derrota que entraram no mundo quando Adão caiu. Por fora, estão escritos os termos da redenção – as condições necessárias para que alguém resgate a Terra do domínio de Satanás e da maldição do pecado. Quando Adão pecou no Éden, ele perdeu o domínio sobre a criação que Deus lhe havia dado, e Satanás tornou-se o “deus deste mundo”. Este pergaminho representa o direito legal de retomar esse domínio perdido.
João chorou porque ele entendeu o que estava em jogo. Se ninguém pudesse abrir o pergaminho, significaria que a criação estaria condenada a permanecer sob o domínio do pecado e de Satanás para sempre. Não haveria redenção, nem restauração, nem esperança para a humanidade ou para a Terra. O choro de João não foi um choro silencioso, mas soluços incontroláveis – como quando uma criança tem o coração partido ou quando perdemos alguém inesperadamente. As lágrimas de João representavam as lágrimas de toda a humanidade desde a queda no Éden. Ele chorava por todos nós e pela criação gemendo sob a escravidão da corrupção.
Este contraste é o coração da mensagem! O ancião anuncia a João “o Leão da tribo de Judá” – um título messiânico que fala de poder, majestade, conquista e realeza. Os judeus esperavam um Messias assim: um líder militar poderoso. Mas quando João se vira para ver o Leão, ele vê um Cordeiro “como se tivesse sido morto” – um cordeirinho de estimação sacrificado. Isso revela o método de conquista de Jesus: Ele venceu não pela força militar, mas pela mansidão, submissão, amor e sacrifício na cruz. O Cordeiro conquistou o que o Leão nunca poderia! Jesus é ambos: o Cordeiro que salva através do sacrifício e o Leão que virá julgar e reinar.
“Prevalecer” significa conquistar a vitória completa. Jesus prevaleceu em cada frente de batalha: no Monte da Tentação (vencendo Satanás), no Getsêmani (vencendo a vontade própria), na cruz (vencendo o pecado e a morte), e na ressurreição (vencendo o túmulo). Jesus é digno de abrir o livro por três razões fundamentais: (1) O mundo é Dele por direito de Criação – Ele o fez; (2) O mundo é Dele por direito do Calvário – Ele o resgatou com Seu sangue; (3) O mundo é Dele por direito de Conquista – Ele o retomará das mãos de Satanás. Ninguém mais no universo – nem anjos, nem santos, nem governantes humanos – possui essas qualificações.
Esta passagem oferece duas aplicações poderosas. Primeiro, para quem já conhece a Cristo: você é um vencedor porque está unido ao Cordeiro vitorioso! Quando Jesus abrir aquele livro e completar Sua obra redentora, estaremos lá com Ele. Não há razão para medo ou desespero diante dos eventos do mundo – estamos do lado vencedor! Segundo, para quem ainda não conhece a Cristo: você precisa decidir hoje quem Jesus será para você. Ele pode ser o Cordeiro que perdoa seus pecados e salva sua alma, ou será o Leão que virá julgá-lo no último dia. Conhecer o Cordeiro agora significa que você nunca terá que enfrentar o Leão como juiz. A escolha é sua!