Esboço de Pregação Expositiva em Salmo 29 – Dai ao Senhor, ó filhos dos poderosos, dai ao Senhor glória e força. Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai o Senhor na beleza da santidade.
A voz do Senhor ouve-se sobre as suas águas; o Deus da glória troveja; o Senhor está sobre as muitas águas. A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é cheia de majestade. A voz do Senhor quebra os cedros; sim, o Senhor quebra os cedros do Líbano.
Ele os faz saltar como um bezerro; ao Líbano e Siriom, como filhotes de bois selvagens. A voz do Senhor separa as labaredas do fogo. A voz do Senhor faz tremer o deserto; o Senhor faz tremer o deserto de Cades.
A voz do Senhor faz parir as cervas, e descobre as florestas; e no seu templo cada um fala da sua glória. O Senhor se assentou sobre o dilúvio; o Senhor se assenta como Rei, perpetuamente. O Senhor dará força ao seu povo; o Senhor abençoará o seu povo com paz.
Quem aqui já foi pego de surpresa por uma tempestade? Aquele tipo de chuva forte, com ventos, raios e trovões que parece que vai derrubar tudo. A gente se sente pequeno, vulnerável. O Salmo 29, escrito por Davi, descreve exatamente uma tempestade assim, violenta e poderosa, que passa sobre as montanhas e o deserto. Mas Davi não escreveu esse salmo para falar do tempo; ele usou a imagem da tempestade para nos ensinar algo incrível sobre o poder e a majestade de Deus.
Todos nós enfrentamos tempestades na vida. Elas não vêm com raios e trovões, mas chegam como crises na família, um diagnóstico médico assustador, a perda do emprego, ou uma luta espiritual que parece não ter fim. Nesses momentos, é fácil sentir medo e pensar que estamos sozinhos.
Mas este salmo nos mostra que, mesmo na tempestade mais assustadora, Deus está no controle de tudo. E ele nos ensina três verdades para atravessarmos qualquer dificuldade: as tempestades são previstas, elas estão presentes, mas, com certeza, elas também passam.
Antes de um navio sair para o mar, o capitão verifica o tempo e prepara a tripulação. Ele não espera a tempestade chegar para começar a se preparar. Da mesma forma, Deus nos avisa que as tempestades da vida virão. Jesus foi muito honesto conosco quando disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16:33). Ele não prometeu um céu sempre azul, mas prometeu Sua presença em todos os momentos.
Então, qual deve ser nossa primeira atitude? O salmista nos ensina: “Dai ao Senhor, ó filhos dos poderosos, dai ao Senhor glória e força. Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome; adorai o Senhor na beleza da santidade.”
A nossa tendência natural quando a dificuldade se aproxima é murmurar, se desesperar ou procurar culpados. Mas a Bíblia nos chama para uma atitude radicalmente diferente: adorar. A adoração antes da tempestade é um ato de fé. É como dizer: “Deus, eu não sei o que vem pela frente, mas eu sei quem Tu és. E Tu és maior do que qualquer problema.”
Agora, Davi nos coloca no meio da tempestade. Ele descreve “a voz do Senhor” como um trovão poderoso sobre as águas, que quebra os cedros do Líbano (as árvores mais fortes da região), que faz o deserto tremer e que revolve as florestas. É uma cena de caos e poder avassalador.
No entanto, o foco de Davi não está no caos, mas em quem está por trás de tudo: a voz do Senhor. Para o mundo, a tempestade é apenas um fenômeno da natureza. Para nós, é uma demonstração do poder de Deus.
Quando a tempestade chega à nossa vida, parece que tudo está fora de controle. Mas a verdade é que Deus não perde o controle nem por um segundo. A mesma voz que criou o universo é a voz que sustenta você no meio da dor. Pense nos discípulos no barco com Jesus. Enquanto eles se desesperavam com o vento e as ondas, Jesus estava com eles, pronto para dizer: “Aquiete-se, acalme-se!”.
No final do versículo 9, Davi diz: “…e no seu templo todos dizem: Glória!”. Isso é impressionante! Significa que, mesmo no meio do caos, da ventania e do barulho, o propósito de Deus continua sendo cumprido, e Ele continua sendo glorificado.
Toda tempestade tem um fim. O céu se abre, o sol volta a brilhar e a calmaria retorna. Davi conclui o salmo com uma promessa poderosa: “O Senhor preside sobre o dilúvio; o Senhor preside como rei, perpetuamente. O Senhor dará força ao seu povo; o Senhor abençoará o seu povo com paz.”
Depois da tempestade, ficam duas coisas: força e paz. A força não é nossa, é a que “o Senhor dá”. É uma capacidade sobrenatural para continuar, para se reerguer. E a paz não é a ausência de problemas, mas a certeza da presença de Deus. É a paz que Jesus prometeu, que “excede todo o entendimento” (Filipenses 4:7). É a tranquilidade de saber que, mesmo que os ventos voltem a soprar, o nosso Rei está no controle.
O mesmo Deus que permitiu a tempestade é Aquele que restaura nossas forças e acalma nosso coração. Ele usa as provações não para nos destruir, mas para nos fortalecer e nos fazer mais parecidos com Jesus.
Talvez você tenha entrado aqui hoje sentindo que está no meio de uma grande tempestade. A mensagem do Salmo 29 para você é: não desanime!
Seja qual for a sua luta, lembre-se: Deus continua no trono (v. 10). Ele é maior que o vento, o trovão e as ondas. Confie n’Ele, entregue sua tempestade a Ele, e você encontrará a força que precisa e a paz que tanto busca.