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A parábola dos dois filhos – Mateus 21:28-30


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A Parábola dos Dois Filhos

Esboço de Pregação em Mateus 21:28-30 – “Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas, depois, arrependendo-se, foi. E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.”

Introdução de Mateus 21:28-30

Ao entrar em Jerusalém para a Sua última semana, e após purificar o Templo, Jesus enfrentou a forte resistência dos principais sacerdotes e anciãos. Eles o interrogaram acerca de Sua autoridade para agir daquela forma. Em resposta, o Senhor lhes contou a parábola dos dois filhos, um espelho que os forçou a julgarem a si mesmos. Aqueles líderes religiosos, que se consideravam os guardiões da Verdade e responsáveis pela Obra de Deus, emudeceram ao ouvir a parábola, pois perceberam a chocante realidade de suas próprias vidas.

Desenvolvimento

Um homem tinha dois filhos…

O Senhor Jesus frequentemente usa o recurso da comparação entre duas pessoas, coisas ou grupos para nos ensinar a diferença entre a Obra de Deus e a obra do homem. Ele revela isso através de Marta e Maria, do fariseu e do publicano, da casa na rocha e da casa na areia, das virgens prudentes e das loucas, etc. Podemos perceber que, nos exemplos citados pelo Senhor, as duas partes envolvidas receberam condições e oportunidades iguais, mas suas reações foram diferentes.

Outro ponto a ser observado é o fato de Deus nos considerar Seus filhos, gerados de novo pelo Espírito Santo, para sermos participantes de Sua natureza e assumirmos uma responsabilidade em Sua Obra.

E dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na minha vinha…

A vinha era uma cultura muito comum e de grande valor em Israel. O principal objetivo da plantação de uvas era a fabricação do vinho, e esta atividade era passada de pai para filho por gerações, sendo o sustento de muitas famílias. Por isso, a vinha era uma herança que não podia ser vendida nem trocada; era uma propriedade de toda a família. O pai era o administrador, e os filhos eram os trabalhadores responsáveis pelo seu cultivo. Este trabalho era diário e exigia compromisso. Por isso o pai disse: “Filho, vai hoje trabalhar…”. A vinha não poderia ser negligenciada nem por um dia, pois isso traria grandes prejuízos.

Em um sentido espiritual, a vinha representa a Obra do Senhor, a herança que Ele nos confiou. Ele é o Dono, mas nós, como filhos, fomos convidados a trabalhar nela e somos responsáveis por sua manutenção. Se formos zelosos com a Obra do Senhor, a bênção do Espírito (simbolizada pelo vinho) será o fruto do nosso trabalho.

Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas, depois, arrependendo-se, foi.

O primeiro filho deu uma resposta honesta, mas rebelde. Ele manifestou o desejo inicial de seu coração: “Não quero”. Mas depois, refletindo sobre o que a vinha representava, seu coração mudou. Ele provavelmente pensou:

  • Esta é a herança que meu pai me deixará.
  • Este é o sustento da minha família.
  • Um dia, terei de passar esta mesma vinha para meus filhos.
  • Se eu não cuidar dela, ela será destruída, e sofreremos as consequências.
  • Esta é a minha responsabilidade.

Pensando nisso, ele arrependeu-se e foi. O arrependimento genuíno sempre produz ação. A Obra do Senhor é assim. A tendência natural do homem é, por vezes, rejeitar o convite do Pai, pois nossa natureza humana pode ser acomodada em relação às coisas espirituais. Se dependesse apenas da nossa “boa vontade” inicial, a Obra sofreria prejuízos.

Mas o servo responsável e diligente não se deixa vencer por seus sentimentos ou por sua natureza. Ele coloca a Obra do Senhor em primeiro lugar, mesmo contra seus interesses imediatos, pois sabe que ela é a sua vida e seu sustento espiritual. Ele entende que a Obra é uma herança preciosa que recebemos e que precisamos passar para as próximas gerações.

E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.

O segundo filho deu a resposta que todo pai gostaria de ouvir, mas suas palavras eram vazias. Ele tentou enganar seu pai com uma promessa de obediência, mas quando o pai se afastou, ele foi cuidar de seus próprios interesses. Ele não tinha senso de responsabilidade para com a vinha; ele queria apenas usufruir de seus benefícios, sem o trabalho duro da manutenção. Para ele, a responsabilidade era sempre de outra pessoa: seu irmão.

Existem pessoas em nosso meio que querem a bênção do Espírito (o vinho), mas não querem o compromisso com a Obra do Senhor (a vinha). Quando são convocadas para o trabalho, até se animam e se comprometem com palavras, mas na hora de agir, não aparecem, sempre com compromissos “inadiáveis”. Quando é para visitar um novo convertido, um irmão enfermo, estar na vigília de oração ou cuidar da limpeza do templo, surgem mil desculpas.

Conclusão de Mateus 21:28-30

O que leva uma pessoa a agir como o segundo filho é a falta de uma verdadeira experiência com o Senhor da Obra e a falta de sensibilidade à voz do Espírito Santo. Nesses casos, prevalece o espírito religioso, como o dos sacerdotes e fariseus, que estava cheio de palavras piedosas, mas vazio de ações justas.

Aquele que vive na revelação do Espírito se submete à autoridade do Senhor. Quando surge a necessidade de realizar um trabalho na vinha, ele simplesmente obedece, mesmo que sua vontade inicial seja outra. Aquele que vive na religiosidade, por outro lado, fica só nas palavras. E, como nos ensina o apóstolo Paulo, “o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder” (1 Coríntios 4:20). Que sejamos conhecidos não pelo que dizemos que vamos fazer, mas pelo que, em obediência e arrependimento, realmente fazemos.

Esboço de Pregação em Mateus 21:28-30 – Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas, depois, arrependendo-se, foi. E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.


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