Lucas

Convite e Rejeição – Lucas 14:17-21

CONVITE E REJEIÇÃO – Pregação

Pregação em Lucas 14:17-21 – E à hora da ceia mandou o seu servo dizer aos convidados: Vinde, que já tudo está preparado… traze aqui os pobres, e aleijados, e mancos e cegos.

A CeiaLucas 14:17-21

A Palavra fala da ceia, das bodas, da união da Igreja com o Senhor Jesus, aquele grande evento que a Igreja aguarda, que é o arrebatamento. Quando houver o arrebatamento, nós sentaremos à mesa com o Senhor para participarmos da grande ceia.

Na comparação desta parábola nós vemos que o Espírito Santo faz o convite a determinadas pessoas para que participem da ceia. O convite não foi dirigido para todos, mas para alguns, para aquelas pessoas especiais.

Esta grande ceia preparada pelo pai de família simboliza a grande ceia que a Igreja vai participar com o Senhor Jesus na eternidade, aquele evento esperado e que acontecerá após o arrebatamento.Nós seremos arrebatados e, em seguida, sentaremos com o Senhor Jesus para participarmos dessa festa que acontecerá na eternidade, a festa pela união do Senhor Jesus com a sua Igreja.

No passado (e ainda hoje), as pessoas importantes do reino se assentavam à mesa do rei. Isso acontecerá conosco naquele grande dia.

Os ConvidadosLucas 14:17-21

Inicialmente o convite foi dirigido a um grupo especial, e a Palavra mostra isso de uma forma figurada. Nós sabemos que os judeus foram chamados e que os gentios (os não judeus) não tinham direito à salvação naquele primeiro momento.

Os judeus foram convidados, a festa estava preparada para eles, mas eles rejeitaram, eles não atenderam ao convite, eles desobedeceram e saíram da presença do Senhor.
Quando os judeus não deram valor ao convite (preferindo fazer outras coisas ao invés de irem à festa), o Senhor voltou-se para os gentios.

Considerando essa mesma comparação, nós podemos dizer que isso também pode acontecer conosco. Nós também recebemos o convite, aceitamos, recebemos a bênção do Senhor, abrimos o nosso coração, mas chegou um momento que certas coisas começaram a entrar na nossa vida e se tornaram mais importantes do que a salvação, do que a bênção do Senhor, Ele ficou em segundo plano, em segundo lugar. Isso é rejeição. Quando o Senhor não está em primeiro lugar na nossa vida, nós o estamos rejeitando.

O Processo de Rejeição

O pai de família (Pai) enviou o seu servo (Espírito Santo) fazer o convite aos judeus para participarem da ceia, das bodas do Cordeiro (Filho), mas recebeu como resposta três tipos de desculpas.

Vamos considerar, vamos entender que nós somos estes que foram especialmente convidados, que recebemos uma bênção, mas que, em determinado momento, começamos a rejeitar o convite que o Espírito Santo nos fez.
A rejeição não é proposital. Quem rejeita não tem essa intenção, ele não quer rejeitar, mas rejeita mediante os seus atos.

As Desculpas

1ª) Comprei um campo, e importa ir vê-lo; rogo-te que me hajas por escusado

O campo fala dos interesses de cada pessoa. Um dia, porém, nós entramos no campo do Senhor, onde estava escondido um tesouro (Mt. 13:44).
Quando nós abrimos o nosso coração, nós entramos nesse campo que é do Senhor, um campo espiritual, porque tudo aquilo que é espiritual está no interesse das coisas espirituais. Nós deixamos os nossos interesses materiais e entramos naquele campo que é espiritual e assim encontramos o tesouro que estava escondido ali, um tesouro de grande valor.

Quando você sai do campo do Senhor e volta para o campo do seu interesse pessoal, você está rejeitando aquilo que é do Senhor e aí começa a se desculpar: Olha, me desculpe, mas eu hoje tenho um compromisso inadiável, eu não posso atender a esse convite porque preciso ver o campo que comprei, estou comprometido com isso, hoje não posso.

A pessoa rejeita sem querer rejeitar, não é intencional, não é de propósito, essa rejeição é imperceptível, a pessoa não é categórica, ela não diz: Olha, eu estou rejeitando, pelo contrário, ela não afirma isso porque ela não quer rejeitar, mas está rejeitando através dos seus atos. Esse é o nosso cuidado porque as coisas do Senhor são muito sensíveis e o Espírito Santo conhece o nosso coração.

2ª) Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-los; rogo-te que me hajas por escusado

Os chifres falam dos poderes que prendem o homem aos seus interesses terrenos.
A junta é formada por dois bois unidos por uma canga (jugo de madeira).Atrás da junta de bois é colocado o arado, que é um utensílio agrícola que levanta e vira o solo, preparando-o para a sementeira e plantio.

O arado tem uma espécie de guidom, um guiador, onde o lavrador segura e, na outra extremidade, uma ponta que tem um material resistente, um ferro, por exemplo, que vai fazer os sulcos na terra, no solo a ser semeado. Os bois vão puxando o arado e ele vai abrindo a terra em sulcos. A pessoa que guia o arado precisa estar sempre olhando para o chão porque ela precisa seguir a direção da trilha que está fazendo e para evitar as pedras.

Quando a pessoa vê uma pedra, ela pára os bois, retira a pedra e prossegue o trabalho. Se ela não estiver atenta, a pedra pode quebrar a ponta do arado, pode tombar o arado e fazer com que ela caia e se machuque e foi por isso que o Senhor Jesus disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus. (Lc. 9:62)

Quem está segurando o arado tem que estar sempre olhando para a ponta dele para conduzi-lo e para não deixar que esbarre em nada.
A junta de bois é aquilo que prende o homem ao chão, o seu olhar fica completamente voltado para o chão, ele não pode olhar para cima, ele não pode olhar para as coisas do Senhor, são os poderes que prendem o homem à terra e o tiram da presença do Senhor.

Por que são dois?
Porque é a porção dobrada, a coisa é muito forte mesmo.

3ª) Casei, e portanto não posso ir

É o homem comprometido com a carne.

Estas são as três coisas que comprometem o homem para que ele rejeite o convite, as três desculpas: Os seus interesses pessoais, os poderes que o prendem à terra, e o seu compromisso com a carne.
Estas três coisas correspondem à vaidade, ao dinheiro e a parte afetiva.

Os Cinco Poderes

Quando Elias foi orientado pelo Senhor que ungisse a Eliseu para ser profeta em seu lugar (I Rs. 19:16), ele foi encontrá-lo no campo, quando lavrava a terra com doze juntas de bois. Ele estava com a duodécima.

Elias passou por ele, e lançou a sua capa sobre Eliseu.
Eliseu deixou os bois e pediu a Elias para ir despedir-se dos seus pais.
Elias consentiu.

Quando voltou, Eliseu matou uma junta de bois e os cozinhou com a madeira do arado.
E quando Elias estava para ser arrebatado, disse-lhe: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti.

E Eliseu pediu-lhe: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim. (II Rs. 2:9)

Nesta Obra, aquele que quer a porção dobrada do Espírito, ele precisa sacrificar a junta de bois, precisa sacrificar aquilo que o prende ao chão, ele precisa fazer morrer a carne (os bois) e queimar aquilo que o prende a ela e à terra (o arado).
Tudo o que Elias fez, ele fez em dobro. Quem quer porção dobrada do Espírito precisa sacrificar aquilo que o prende ao chão. Eliseu sacrificou o poder dobrado que o prendia ao chão e recebeu porção dobrada do Espírito Santo.

Quais são os cinco poderes representados pelas cinco juntas de bois?

São eles: político, social, econômico, cultural e religioso

Político

É o poder do mandar, do decidir. Quem está envolvido com esse poder precisa sacrificá-lo para ter a bênção do Espírito Santo.

Social

É o poder do prestígio, da projeção pessoal diante da sociedade. Quem está preso a este poder gosta de ver o seu nome nas colunas sociais, gosta de aparecer sempre.

Econômico

É o poder do dinheiro, da riqueza.
O Senhor Jesus disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas… Quão difícil é, para os que confiam nas riquezas, entrar no reino de Deus. (Mc. 10:23 e 24)

O Senhor não estava dizendo que o rico não vai entrar no reino de Deus. Há pessoas que têm dinheiro, mas estão na direção do Senhor. O Senhor prova o rico com a riqueza e o pobre com a pobreza (porque há pessoas que não têm nada e quando conseguem alguma coisinha, esquecem-se do Senhor).

Cultural

É o poder do conhecimento.
Paulo era um homem muito culto e quando esse poder o envolvia, quando tomava conta dele, o Senhor permitia que ele levasse uma surra.
Nós não estamos dizendo que não se deve buscar cultura, porque o saber é cada vez mais necessário por causa da competitividade de hoje, na globalização em todas as áreas do conhecimento, do trabalho.

O analfabeto do ano 2000 é aquele indivíduo que não sabe inglês e nem informática. É preciso fazer uma reciclagem, aperfeiçoar-se, nivelar-se, para competir.
Nós estamos falando daquele indivíduo que alcançou patamares elevadíssimos no campo cultural e que está completamente envolvido, a sua mente está voltada para o chão em função disso.

Religioso

É o pior deles porque este poder puxa todos os outros. A pessoa usa a religião para mandar, para ter prestígio, para ter dinheiro e para ter conhecimento, para ter projeção, para ter liderança, para ter domínio, para atender à sua vaidade, para resolver os seus problemas pessoais, usando o evangelho, e isso é o pior de tudo.

A Atitude do Pai de Família / O Convite para os Gentios.

Quando ouviu todas aquelas desculpas de seus convidados, aquele homem ficou indignado, e disse ao seu servo:

Sai depressa pelas ruas e bairros da cidade, e traze aqui os pobres, e aleijados, e mancos e cegos.

Pobres – São aqueles que não têm nada.
Os judeus nasceram dentro de uma família que tinha toda a orientação referente às coisas de Deus.
Tem pessoas que nasceram em berço evangélico, essa era a sua riqueza. Nós éramos os pobres porque não tínhamos esta riqueza.

Aleijados – São aqueles que têm que ser carregados.

Mancos – São os que não andam corretamente, eles não andam em linha reta. Nós também não acertávamos o Caminho.

Cegos – São aqueles que não vêem nada.

Foi assim que nós chegamos à presença do Senhor, e é preciso estar nesta condição para receber o convite e participar da festa.
Nós não tínhamos nada, mas o Senhor, pela sua infinita misericórdia, nos chamou para participarmos da sua ceia e nos assentarmos com Ele à sua mesa farta. Nós aceitamos o convite e isso foi importantíssimo para nós, nós valorizamos aquilo que o Senhor nos deu, o convite foi superior a tudo que está ao nosso redor.
Nós estamos no campo do Senhor, os poderes terrenos não nos prendem, eles não nos impede de aceitarmos o convite. O nosso compromisso não é com a carne, mas nós estamos comprometidos com o Senhor.

O que aconteceu com os primeiros convidados, aqueles que rejeitaram o convite?

O pai de família disse:

Nenhum daqueles varões que foram convidados provará a minha ceia.

É interessante o modo do Senhor ver as coisas. Inicialmente os bons foram convidados, mas rejeitaram o convite. Nós, que não éramos bons, recebemos o convite depois, por causa da rejeição deles, e fomos aceitos na presença do Senhor. E, no fim, o Senhor chamou aqueles primeiros de maus.
Então nós observamos que os maus, perante o Senhor, são aqueles que rejeitam o convite.

Vinde, que já tudo está preparado

Tudo está preparado para a festa, é só aceitar o convite, o preço já foi pago, o Senhor Jesus já cumpriu a sua parte do projeto, o que cabia a Ele fazer, Ele já fez, Ele já deu a sua vida por nós, não falta mais nada da parte de Deus, só falta da nossa parte, é só aceitar o convite.

Ainda há lugar

Pode vir, porque ainda há muito lugar, é só ouvir a voz do Espírito Santo e vir.

A rejeição é um projeto do homem. O servo aceitou o Senhor, mas a ceia ainda não aconteceu, por isso ele tem que ter cuidado para não se envolver com aquilo que prende o homem à terra, às coisas seculares.

O processo de rejeição acontece gradativamente, não é de uma vez, é devagar, a pessoa vai-se envolvendo com isso, com aquilo, sem querer rejeitar o convite, mas acaba rejeitando porque aquilo vai entrando na sua vida, vai tomando o espaço, é a carne, são os poderes, é a madeira.

Você deixou tudo para trás, mas aquela coisa “boa” que você gostava reapareceu e você voltou a ficar envolvido com aquilo. Você já tinha abandonado, mas começou a entrar devagar, sem que você percebesse e você começou a olhar para baixo, para o chão, esqueceu de olhar para cima, para a eternidade, você rejeitou o convite.

É um processo gradativo. Primeiro você compra o campo e vai vê-lo. Depois você compra as cinco juntas de bois e as experimenta. Finalmente, você casa, assume o compromisso e já não pode ir. Primeiro ele viu e aquilo mexeu com a sua carne, depois ele experimentou e, por fim, ele se envolveu completamente, casou, consumou o compromisso e acabou, está fora da ceia.

Há um convite do Espírito Santo. Os servos que aceitaram o convite precisam estar comprometidos somente com o Senhor, por isso é preciso tomar cuidado para não se envolver com as coisas que são deste mundo.
As desculpas, todas elas são aceitáveis, qualquer um pode entender a sua situação, quando você diz: Não posso ir por causa disso ou daquilo, mas para o Espírito Santo isso é rejeição.

Às vezes você quer as duas coisas, você quer realmente o Senhor, mas se envolve com uma dessas coisas e acaba rejeitando o convite.
Tudo está preparado e ainda há muito lugar.
Aqueles que rejeitaram o convite não vão participar da ceia.
O convite está de pé para todos que queiram sentar-se à mesa com o Senhor e provar da sua ceia. Pode vir.

Ainda é tempo de ouvir a voz do Espírito Santo e aceitar o convite para esta ceia que será na eternidade.

Amém

Esboço de Pregação em Lucas 14:17-21 – E à hora da ceia mandou o seu servo dizer aos convidados: Vinde, que já tudo está preparado… traze aqui os pobres, e aleijados, e mancos e cegos.



Mais Esboço de Pregação

A Grande ceia – Lucas 14:16

Atividades do Obreiro na Igreja

A parábola da grande Ceia – Culto de Senhoras

À hora da ceia – Lucas 14:17

CONVITE E REJEIÇÃO – LUCAS 14:17