Os quatro Cavaleiros do Apocalipse
Esboço de Pregação Expositiva em Apocalipse 6:1-8 – “E olhei, e eis um cavalo branco… E saiu outro cavalo, vermelho… E olhei, e eis um cavalo preto… E olhei, e eis um cavalo amarelo…”
Introdução
Queridos irmãos e irmãs, o livro de Apocalipse é cheio de visões e símbolos, e há momento que ao lermos não conseguimos entender, mas hoje o Espírito Santo nos ajudará a compreender o texto que temos lido. No capítulo 6, o apóstolo João vê o Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus, abrindo os primeiros quatro selos de um livro misterioso. A cada selo aberto, surge um cavaleiro.
Estes quatro cavaleiros não são símbolos que Deus usa para nos mostrar as formas de juízo, sofrimento e condições que viriam sobre a Terra. Eles nos alertam sobre o que acontece quando o mal é solto no mundo.
Desenvolvimento
Vamos olhar para cada cavalo e o que ele simboliza, de acordo com o texto bíblico:
1. O Cavalo Branco: Conquista e Engano
O que o texto diz: O cavaleiro tem um arco e recebe uma coroa. Ele “saiu vitorioso e para vencer.” (v. 2).
O que significa (Interpretação Expositiva Clássica): Este cavaleiro não é o Senhor Jesus. Ele representa o espírito de conquista militar e poder humano que tenta imitar a paz, mas na verdade está espalhando a sua própria autoridade. É a falsa paz e o engano que precede o fim, um poder que se levanta para dominar.
Mateus 24:4-5 – “Jesus lhes respondeu: ‘Cuidado, que ninguém os engane. Pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Eu sou o Cristo!’ e enganarão a muitos.”
Ele é uma força que tenta enganar o mundo, parecendo bom (branco), mas que na verdade busca apenas dominar.
2. O Cavalo Vermelho: Guerra e Violência
O que o texto diz: Ao cavaleiro foi dado o poder de “tirar a paz da terra” para que as pessoas se matassem umas às outras. Ele tinha uma grande espada (v. 4).
O cavalo vermelho simboliza a guerra, a violência generalizada e a destruição da paz. Representa todos os conflitos, ódios e derramamento de sangue que assolam a humanidade em diferentes tempos e lugares.
Tiago 4:1 – “De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Não vêm, porventura, disto, dos vossos prazeres que guerreiam em vossos membros?”
O vermelho é a cor do sangue. Este cavalo mostra que a falta de paz e a agressividade não são acidentais, mas sim um juízo permitido por Deus para mostrar a ruína causada pelo pecado do homem.
3. O Cavalo Preto: Escassez e Injustiça Econômica
O cavaleiro tinha uma balança na mão. Uma voz dizia: “Uma medida de trigo por um dinheiro; e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho” (v. 5-6).
O que significa: O preto simboliza a fome, a escassez de alimentos e a crise econômica. O preço altíssimo do trigo e da cevada mostra que o alimento básico será racionado. Mas a ordem para não prejudicar o azeite e o vinho (itens de luxo) mostra a grande diferença social e a injustiça que acompanha essa crise.
Ezequiel 5:16 – “Quando eu enviar as flechas mortíferas da fome contra vocês, flechas que destroem, e as enviar para destruí-los, aumentarei a fome sobre vocês…”
A balança era usada para medir, e aqui ela indica a miséria: o salário de um dia mal daria para comprar comida para uma pessoa.
4. O Cavalo Amarelo: Morte e Juízo Completo
O nome do cavaleiro é Morte, e o inferno o seguia. Foi-lhes dado poder para matar uma grande parte da terra com espada, fome, peste e feras da terra (v. 8).
Este é o juízo final dos outros três. O amarelo (ou esverdeado/pálido) é a cor da doença e da decomposição. Ele simboliza a morte em todas as suas formas – seja por doenças, violência ou desastres naturais. Ele une os efeitos dos outros cavaleiros.
Romanos 6:23a – “Porque o salário do pecado é a morte…”
A Morte e o Inferno (o lugar dos mortos) trabalham juntos. Este cavalo mostra o resultado final do pecado e do juízo permitido por Deus sobre a Terra.
Conclusão
Os quatro cavaleiros nos mostram que a história da humanidade é marcada por juízo: Engano, Guerra, Fome e Morte. É um alerta de Deus para o mundo que vive sem Ele.
A boa notícia é que o primeiro a abrir os selos foi o Cordeiro de Deus, Jesus! Ele é quem controla a liberação desses juízos. Por trás de todo sofrimento, há um Deus soberano.
Não importa o que venha sobre o mundo (a Morte, a Guerra), nosso refúgio está em Cristo, que já venceu tudo isso.
Rejeite o Engano (Cavalo Branco): Não confie em líderes ou sistemas que prometem paz sem Deus. Siga somente a verdade do Senhor Jesus Cristo, a única fonte de paz verdadeira.
Seja um Agente de Paz (Cavalo Vermelho): Em vez de espalhar a briga e a violência, trabalhe pela paz na sua casa, no seu trabalho e na sua comunidade. Deixe que o amor de Cristo tire a sua “grande espada”.
Compartilhe o Pão (Cavalo Preto): Lute contra a injustiça e a miséria. Se você tem o “azeite e o vinho”, não guarde só para si. Ajude quem passa fome e use seus recursos com sabedoria.
Esteja Pronto (Cavalo Amarelo): A Morte virá para todos. Você está pronto para encontrar o seu Criador? Arrependa-se, creia em Jesus e viva cada dia como se fosse o último, esperando a vida eterna.
Esboço de Pregação Expositiva em Apocalipse 6:1-8 – “E olhei, e eis um cavalo branco… E saiu outro cavalo, vermelho… E olhei, e eis um cavalo preto… E olhei, e eis um cavalo amarelo…”