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Oposição ao Evangelho – I Coríntios 1:23

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DOIS TIPOS DE OPOSIÇÃO AO EVANGELHO

Esboço de Pregação I Coríntios 1:23“Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.”

Introdução de I Coríntios 1:23

Irmãos, o apóstolo Paulo, um dos maiores pregadores da história, tinha uma mensagem muito clara e poderosa. Ele mesmo disse que não foi enviado para pregar com palavras bonitas ou com a sabedoria deste mundo. A sua mensagem não era outra senão Cristo, e este, crucificado.

Ele não oferecia uma nova filosofia humana, nem uma lista de regras religiosas para as pessoas seguirem. Ele anunciava a obra de Jesus na cruz, um evento que tem o poder de perdoar o pecador, transformar a vida e nos conectar com Deus.

Entretanto, essa mensagem tão poderosa encontrou forte resistência. No seu tempo, Paulo identificou dois tipos principais de oposição ao Evangelho. E o impressionante é que, depois de dois mil anos, esses mesmos obstáculos ainda existem e se manifestam nos corações das pessoas hoje.

Desenvolvimento

1. Escândalo para os judeus (A Ofensa da Religião)

Para os judeus daquela época, a ideia de um Messias crucificado era um absurdo, uma ofensa, um escândalo. Por quê? Porque eles esperavam um Messias poderoso segundo os padrões humanos. Eles queriam um rei guerreiro, um leão que os libertasse do domínio de Roma com a espada. Eles esperavam uma coroa de ouro, mas Deus enviou uma coroa de espinhos.

Quando viram Jesus, um carpinteiro humilde que andava com pecadores, pregava o amor aos inimigos e a graça, e ainda por cima declarava que a Lei se cumpria n’Ele, acharam isso uma afronta. A cruz, um símbolo de maldição e vergonha, não cabia na mente religiosa deles.

A raiz desse escândalo estava no orgulho religioso, na cegueira espiritual e no apego a uma religião de aparências, sem transformação de coração.

📖 Em 1 Pedro 2:8, a Palavra diz que Jesus é a “pedra de tropeço e rocha de escândalo” para aqueles que desobedecem à mensagem. Eles tropeçaram em Jesus porque Ele não se encaixava no “salvador” que eles tinham criado em suas mentes.

Hoje, muitos ainda se escandalizam com o verdadeiro Evangelho. Isso acontece quando a Palavra confronta nossas tradições humanas, nossos costumes religiosos ou nosso estilo de culto preferido. O escândalo acontece quando a pessoa diz: “Eu creio em Deus, mas não quero que ninguém se meta na minha vida”. Ela quer manter uma fé formal, de domingo, mas não deseja uma mudança real de vida, não quer abandonar o pecado de estimação. Para essa pessoa, a graça que perdoa, mas que também exige renúncia, é um escândalo.

2. Loucura para os gregos (A Ofensa da Razão)

Se para os judeus a cruz era uma ofensa moral e religiosa, para os gregos era simplesmente loucura. Os gregos eram o povo da filosofia, da lógica, do debate. Eles valorizavam o intelecto e a razão acima de tudo.

Para eles, a mensagem do Evangelho soava como um conto de fadas sem sentido:

  • Um Deus eterno que se torna um homem mortal? Loucura!
  • A salvação do mundo vindo através da morte humilhante em uma cruz? Loucura!
  • Um homem que ressuscita dos mortos? Loucura!
  • A salvação sendo um presente gratuito (graça) e não algo conquistado pela sabedoria? Loucura!

Muitos até buscavam Jesus por curiosidade intelectual, como quem ouve um novo filósofo, mas paravam na barreira da razão. Nicodemos, um mestre da lei, não conseguia entender como um homem podia “nascer de novo”. Era ilógico para ele (João 3).

Ainda hoje, o mundo está cheio de “gregos”. São as pessoas que querem entender e explicar Deus apenas pela lógica humana. Elas dizem: “Se a ciência não prova, eu não creio”. Acham que o Evangelho precisa se encaixar nas medidas da nossa razão limitada, mas Deus e Seus caminhos estão muito acima do nosso entendimento (Isaías 55:9).

O conhecimento intelectual é bom, mas ele não pode salvar. Ninguém é salvo por ter um diploma de teologia, mas sim por nascer de novo e render sua vida a Cristo. Tentar prender Deus na caixa da nossa razão é o que Paulo chama de “loucura” deste mundo.

Conclusão de I Coríntios 1:23

A mensagem da cruz não mudou. Ela continua sendo “escândalo” para o orgulho religioso e “loucura” para o orgulho intelectual. Mas, graças a Deus, Paulo não termina o versículo aí. Ele continua dizendo que para nós, os que fomos chamados, sejam judeus ou gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus (1 Coríntios 1:24).

O que para o mundo é fraqueza e loucura, para nós é a maior demonstração de poder e sabedoria que já existiu.

A grande questão hoje é a mesma dos tempos de Paulo: Como você vê o Evangelho?

  • Ele é um escândalo para você, porque confronta seu estilo de vida e suas tradições?
  • Ele é loucura para você, porque não cabe na sua lógica e no seu intelecto?
  • Ou você o recebe com fé, como o poder de Deus que salva, transforma e dá vida eterna?

Hoje, o Senhor nos chama a abandonar todo tipo de oposição — seja o orgulho de uma religião vazia, seja a confiança excessiva na nossa própria razão — e a nos rendermos, de forma simples e completa, a Cristo crucificado. Porque n’Ele, e somente n’Ele, encontramos a salvação.

Esboço de Pregação I Coríntios 1:23“Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.”


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