Cantares de Salomão

A Mirra na vida do Senhor Jesus

A MIRRA NA VIDA DO SENHOR JESUS – Pregação

Esboço de pregação em Cantares 1:13 – “O meu amado é para mim um saquitel de mirra, posto entre os meus seios”

A mirra

É uma árvore espinhosa, que pode atingir 5 metros de altura, com flores vermelho-amarelo, e frutos pontiagudos. É nativa do nordeste da África (Somália e partes orientais da Etiópia) encontra-se também no Médio Oriente, Índia e Tailândia. Cresce em matas e prefere solos bem drenados e muita exposição ao sol.

Propaga-se por sementes, na primavera, ou por estacas ao fim do estágio de crescimento. É também o nome dado à resina colhida de fissuras abertas na casca da árvore de nome botânico Commiphora molmol, que depois de seca se transforma em grânulos de coloração amarelo-avermelhada. A palavra mirra origina-se do hebraico maror ou murr, que significa “amargo”.

Os egípcios a fizeram famosa nos tempos bíblicos, tendo adquirido mirra sobre o século XV a.C. a partir de África, onde as árvores cammiphoras eram abundantes. Ela foi utilizada em incensos, perfumes e pomadas e também medicinalmente para tratar ferimentos, hematomas e sangramento e aliviar o inchaço doloroso.

Mas seu uso mais notável para eles era a de um material de embalsamamento, usado em múmias egípcias. Na verdade, a mirra era uma das especiarias usadas para o sepultamento de Jesus (João 19:39).

Quando ferida em seu tronco, essa árvore produz uma substância perfumada, mas também é muito conhecida por seu poder medicinal, antisséptico e anti-inflamatório.

A mirra esteve presente na vida de Jesus, desde o seu nascimento até a sua morte e ressurreição. Como veremos a seguir, a mirra tem um significado muito interessante em cada momento de sua vida e de seu sacrifício por nós.

Nascimento

Ele recebeu mirra, ouro e incenso.

Aquele gesto era profético, pois indicava a vida de sofrimento que o Senhor Jesus iria ter.

Mateus 2:11 – “Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.”

Portanto, ao entregarem mirra a Jesus, os magos estavam profetizando que, além de Rei (ouro, poder) e Sacerdote (incenso, intercessor), e a mirra apontava para Jesus como o Servo Sofredor, que entregaria na cruz a sua vida em nosso favor, e nos daria saúde física e espiritual, pois levaria sobre si as nossas dores e enfermidades.

Com 12 anos Jesus foi levado à consciência da cruz. “Estou tratando dos negócios de meu Pai”, significa a Obra Salvadora de Deus pelas nossas vidas.

Ministério/ Unção

No Velho Testamento, o sumo sacerdote recebia óleo sobre a cabeça e havia mirra na composição do óleo da unção. A mirra era utilizada para purificar, proteger, curar e perfumar, assim como também para ungir os líderes espirituais e os reis.

Ex 30.22 

Disse mais o SENHOR a Moisés:

23 – Tu, pois, toma das mais excelentes especiarias: de mirra fluida quinhentos siclos, de cinamomo odoroso a metade, a saber, duzentos e cinquenta siclos, e de cálamo aromático duzentos e cinquenta siclos,

24 – e de cássia quinhentos siclos, segundo o siclo do santuário, e de azeite de oliveira um him.

25 – Disto farás o óleo sagrado para a unção, o perfume composto segundo a arte do perfumista; este será o óleo sagrado da unção.

26 – Com ele ungirás a tenda da congregação, e a arca do Testemunho,

27 – e a mesa com todos os seus utensílios, e o candelabro com os seus utensílios, e o altar do incenso,

28 – e o altar do holocausto com todos os utensílios, e a bacia com o seu suporte.

29 – Assim consagrarás estas coisas, para que sejam santíssimas; tudo o que tocar nelas será santo.

30 – Também ungirás Arão e seus filhos e os consagrarás para que me oficiem como sacerdotes.

O sofrimento do Senhor durante o seu ministério foi interior. A cada ato em favor do homem ele ia dando da sua vida. “Jesus chorou”, “… vendo a multidão, compadeceu-se…”, “de mim saiu virtude”

O nome Cristo, vem do grego, que significa “Ungido”

Fala do tipo de ministério que o Senhor teria. É o homem de dores retratado por Isaías 53, que foi ungido para suportar as lutas, mas também para completar o projeto de redenção ao homem.

Ver Salmo 133. “… é como o óleo precioso que desce… sobre a cabeça de Arão (S.Sacerdote) e que desce à orla de suas vestes”(igreja fiel).

“O Espírito do Senhor está sobre mim, e me ungiu para evangelizar…”(Isaías 61:1 e 2)

Morte

Is 53 – Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR?

2  – Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse.

3 – Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.

4 – Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.

5 – Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

Fala do tipo de morte que o Senhor teria por nós. Não uma morte natural, mas sacrificial. Levantado, humilhado por nós. Como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele sofreu.

“Antes que refresque o dia e caiam as sombras (antes do arrebatamento) irei ao monte da mirra (Getsêmani) e ao outeiro do incenso (Gólgota).” (Ct 4.6)

Antes havia suado grandes gotas de sangue no Getsêmani(Gr. “lugar ou prensa do azeite”).

A semelhança da extração da mirra através da incisão, Jesus também foi ferido ali. Foi a hora mais amarga de Jesus, mas também de onde se desprendeu o precioso perfume do Senhor Jesus Cristo, que garantiu o nosso acesso, pelo seu sangue, ao mais íntimo lugar de comunhão com Deus.

Jesus recebeu uma coroa de espinhos durante a sua crucificação, foi humilhado pelos soldados, deram-lhe vinho com mirra para beber.

“Então eles lhe ofereceram vinho misturado com mirra, mas ele não o tomou. E havendo-o crucificado, repartiram as suas vestes…” (Marcos 15:23,24)

“E também Nicodemos, aquele anteriormente viera ter com Jesus à noite, foi, levando cerca de cem libras de um composto de mirra e aloés”(João 19: 39)

Ressurreição

As mulheres foram visitar o túmulo de Jesus levaram especiarias, dentre elas a mirra. Mas Jesus não estava no túmulo, havia ressuscitado.

“Todas as tuas vestes recendem a mirra, aloés e cássia; de palácios de marfim ressoam instrumentos de cordas que se alegram” (Salmos 45:8)

Suas vestes exalam mirra. O Senhor vê o penoso trabalho de suas mãos e fica satisfeito.

Nós hoje temos o bom perfume de Cristo, porque ele não tem cheiro de um deus morto. Ele ressuscitou!

Está vivo pelos séculos dos séculos, por isso que a Igreja fiel o vê como o mais belo. “És o mais formoso dentre os filhos dos homens”.

Aquele que foi marcado pela dor, agora, nos dá vida, e vida com abundância.

Cantares 1:13 – “O meu amado é para mim um saquitel (ramalhete) de mirra, posto entre os meus seios.”

O saquitel ou ramalhete de mirra usado no pescoço fala da lembrança constante da Igreja sobre o trabalho do Senhor Jesus Cristo em seu favor, para que ela fosse salva e pudesse ter comunhão com Ele.



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