Estudo Bíblico em Gênesis 14:4-16 – E aconteceu nos dias de Anrafel, rei de Sinar, Arioque, rei de Elasar, Quedorlaomer, rei de Elão, e Tidal, rei de Goim, Que estes fizeram guerra a Bera, rei de Sodoma, a Birsa, rei de Gomorra, a Sinabe, rei de Admá, e a Semeber, rei de Zeboim, e ao rei de Belá (esta é Zoar). Todos estes se ajuntaram no vale de Sidim (que é o Mar Salgado). Doze anos haviam servido a Quedorlaomer, mas ao décimo terceiro ano rebelaram-se.
No tempo de Abrão, era comum que cada cidade tivesse seu próprio rei. Guerras, alianças e rivalidades entre essas cidades-estado eram frequentes. Quando uma cidade era conquistada, passava a pagar tributos ao rei vitorioso.
Nesse cenário surge Quedorlaomer, um rei poderoso, mencionado apenas na Bíblia. Durante doze anos, cinco cidades — incluindo Sodoma — pagaram impostos a ele. No décimo terceiro ano, essas cidades se rebelaram, formando uma aliança para se libertarem.
Quedorlaomer não hesitou: reagiu rapidamente, reconquistou as cidades e levou consigo prisioneiros e despojos, entre eles, Ló, sobrinho de Abrão.
Gênesis 14:12
Ló, motivado por ganância e desejo de prosperidade, havia escolhido viver nas proximidades de Sodoma, uma região notoriamente corrompida. Essa decisão o levou à desgraça. Tornou-se cativo de Quedorlaomer, enfrentando possivelmente a tortura, a escravidão e até o risco de morte.
A busca desenfreada por riquezas e sucesso, sem direção de Deus, pode nos aprisionar. Lugares e decisões que parecem promissores podem esconder armadilhas. Precisamos sempre alinhar nossos desejos com a vontade de Deus.
Gênesis 14:14-16
Ao saber que seu sobrinho estava cativo, Abrão não hesitou. Com apenas 318 homens treinados, perseguiu os inimigos até Damasco e, com a ajuda de Deus, venceu e resgatou Ló, sua família e seus pertences.
Esse episódio revela duas características marcantes em Abrão:
Não sabemos quando seremos chamados para agir. Devemos estar sempre preparados espiritualmente e emocionalmente, e buscar a coragem que vem do Senhor para enfrentar os desafios que surgirem, especialmente quando envolver ajudar quem precisa.
Gênesis 14:18
Após a vitória, Abrão encontrou Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo. Seu nome significa “rei justo” e “rei da paz”. Ele reconheceu Deus como o Criador dos céus e da terra e abençoou Abrão.
Sobre sua identidade, há quatro principais teorias:
Melquisedeque nos leva a refletir sobre a soberania e os planos divinos que vão além do que compreendemos. Sua figura aponta para Jesus, o nosso eterno Rei e Sacerdote.
Gênesis 14:20
Abrão entregou o dízimo de tudo a Melquisedeque, demonstrando reverência e gratidão a Deus. Contudo, recusou-se a aceitar qualquer bem do rei de Sodoma, para que ninguém dissesse: “Fui eu quem enriqueceu Abrão”. Ele queria que todos reconhecessem que sua vitória e prosperidade vinham unicamente do Senhor.
A integridade de Abrão nos desafia. Ele não buscava glória pessoal nem alianças com o mundo. Que em nossas conquistas, o nome de Deus seja exaltado, e não o nosso. Que as pessoas vejam o que Deus tem feito em nossas vidas — e não o que conseguimos com os recursos humanos ou alianças questionáveis
A narrativa de Gênesis 14 nos ensina preciosas lições:
Quando as pessoas olham para sua vida, elas conseguem ver o que Deus tem feito?