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Amigo íntimo – João 15:15

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De Servo a Amigo íntimo

O Convite de Jesus

Esboço de Pregação em João 15:15 – “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.”

Introdução de João 15:15

No discurso final com Seus discípulos, poucas horas antes da cruz, Jesus faz uma das declarações mais revolucionárias da história: Ele, o Mestre e Senhor, eleva Seus seguidores da posição de servos para a de amigos íntimos. Em um mundo onde as relações eram definidas por poder e distância, este convite era chocante.

Deus nos deseja como filhos e, nesta condição, anseia por uma relação de profunda intimidade conosco. O segredo para experimentar o cuidado particular de Deus é buscar essa amizade que Ele nos oferece. Um amigo é aquele com quem podemos contar em todos os momentos, que nos ama, compreende, ajuda e acompanha até o fim. Vejamos as dimensões desta jornada de relacionamento com Ele.

As dimensões da nossa Jornada com Cristo

Em nosso relacionamento com Jesus, assumimos diferentes papéis que, juntos, formam nossa identidade. Não são etapas que deixamos para trás, mas facetas que se aprofundam com o tempo.

  1. O Seguidor: Este é o ponto de partida. Somos chamados a seguir a Cristo. No entanto, o chamado inicial vem com um alerta: uma fé que não produz fruto é inútil. Jesus, a Videira Verdadeira, espera que todo ramo ligado a Ele produza fruto, e Ele mesmo nos limpa para que produzamos ainda mais (João 15:1-2).
  2. O Discípulo: O seguidor amadurece e se torna um discípulo. Esta é a dimensão da permanência e da obediência. O discípulo entende que sua força não vem de si mesmo, mas de sua total conexão com a videira. “Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:5).
  3. O Filho: Esta é a base da nossa segurança. Pela fé, não somos apenas seguidores ou alunos; somos adotados na família de Deus. Ser filho é usufruir da herança do amor do Pai, um amor que nos é garantido. Jesus afirma: “Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor” (João 15:9). É esta condição de filho que nos dá o direito de entrar na casa e desfrutar da herança.
  4. O Amigo: Sobre o fundamento seguro da filiação, Jesus nos convida ao nível mais profundo de intimidade: a amizade. O amigo não apenas usufrui da herança, mas se torna um parceiro apaixonado nos negócios do Pai. É ao amigo que o Pai revela Seus segredos, como o envio do Consolador e a missão de dar testemunho (João 15:26-27).

É crucial entender que todo cristão verdadeiro é, necessariamente, um servo de Cristo. Mas Jesus não nos quer como meros escravos; Ele nos convida para a honra de sermos Seus servos-amigos.

A diferença entre o Servo e o Amigo Íntimo

I – O Servo Vive sem o Amor do Senhor; o Amigo Íntimo Vive no Amor do Pai!

O escravo da antiguidade servia por obrigação, não por amor. Mas o amigo vive imerso no amor de Cristo.

  • É o amor que nos aceita como somos, trazendo alegria e satisfação ao coração de Deus.
  • É o amor que nos protege neste mundo tenebroso. Jesus orou: “Pai santo, guarda-os no teu nome… Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno” (João 17:11, 15).
  • É o amor que nos leva à vitória e à alegria da glória de Deus, um amor idêntico ao que o Pai tem pelo Filho: “…e que os amaste a eles, assim como me amaste a mim” (João 17:23).

II – O Servo Dorme Lá Fora; o Amigo Íntimo Não Sai do Aconchego do Pai!

O servo não tinha lugar dentro da casa. O amigo, porém, tem um lugar permanente no coração e no lar de Deus. Ele nos tirou “lá de fora”: do lugar de frio espiritual, angústia, solidão e pecado. O desejo de Jesus é que estejamos onde Ele está, para sempre em Sua presença gloriosa (João 17:24).

III – O Servo é Adquirido por Sua Força de Trabalho; o Amigo Íntimo é Escolhido por Causa do Grande Amor de Deus!

Um escravo era comprado por sua utilidade. Nós fomos escolhidos por causa do amor incondicional de Deus. “Vós não me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos…” (João 15:16). Esta escolha não foi baseada em nosso valor, mas na Sua graça. Ele nos escolheu para um relacionamento, não apenas para um trabalho. Em resposta, oferecemos a Ele um coração transparente, apaixonado, submisso e sincero, pois pertencemos a Ele: “…não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me tens dado, porque são teus” (João 17:9).

IV – O Servo Cumpre Ordens sem Entender; o Amigo Íntimo Recebe as Grandes Revelações do Pai!

Esta é a essência do nosso texto base: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer” (João 15:15).

A um servo, dão-se ordens. A um amigo, compartilha-se o coração. Quando Jesus nos chama de amigos, Ele está nos prometendo acesso aos segredos do Reino, ao propósito por trás de Suas ações. Ele nos revela o que está acontecendo em nosso coração, em nossa casa e no mundo, à luz do Seu plano eterno. Ele cumpre a promessa de Jeremias 33:3: “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes”.

Conclusão de João 15:15

Jesus não quer que você o sirva de longe, como um servo distante que apenas cumpre tarefas. Ele te convida para perto, para o calor da amizade, para a intimidade de conhecer o coração do Pai. A pergunta hoje é: você aceitará este convite? Você sairá da posição de mero servo para abraçar a identidade de filho e a intimidade de amigo? Abra seu coração, pois o Rei do Universo te chama de amigo e deseja compartilhar a vida com você.

Esboço de Pregação em João 15:15 – “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.”


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