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Na oração temos a recompensa – Mateus 6:6

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O segredo da Oração que recebe Recompensa

Esboço de Pregação Expositiva em Mateus 6:6 – “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.”

Introdução de Mateus 6:6

No mundo de hoje, grande parte da nossa vida é vivida em público. Postamos nossos pensamentos, nossas fotos, nossos sucessos. Buscamos a aprovação e o reconhecimento dos outros. Essa tendência não é nova. Nos tempos de Jesus, os líderes religiosos faziam o mesmo com sua espiritualidade. Eles amavam orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, com belas e altas palavras, para que todos os vissem e os chamassem de “santos”. (Mateus 6:5).

Mas então, O Senhor Jesus, no meio do Seu Sermão do Monte, vira essa lógica de cabeça para baixo. Ele nos ensina que a espiritualidade mais profunda não é a que busca os aplausos do público, mas a que busca a presença do Pai no secreto. Ele nos mostra que existe um poder e uma recompensa extraordinários reservados não para a oração feita para ser vista, mas para a conversa íntima e sincera com Deus, longe de todos os olhares.

Desenvolvimento

Neste único versículo, O Senhor Jesus nos dá um roteiro completo para uma vida de oração e respostas. Vamos caminhar por cada parte deste ensinamento.

1. Um Chamado Pessoal: “Mas tu, quando orares…”

Jesus começa com a palavra “tu”, no singular. Isso é fundamental. A oração na igreja, em grupo, é bíblica e poderosa. Quando o corpo de Cristo se une para clamar, Deus opera maravilhas (Referência: Atos 4:31). No entanto, a oração coletiva nunca poderá substituir a sua comunhão pessoal com Deus. A sua fé não pode viver apenas da oração do pastor ou dos irmãos. Deus deseja ter um relacionamento individual e íntimo com você. Ele está te chamando para uma conversa particular.

Versículo de Apoio: Salmo 62:8“Confiai nele, ó povo, em todos os tempos; derramai perante ele o vosso coração. Deus é o nosso refúgio.”

2. Um Lugar Separado: “…entra no teu aposento e, fechando a tua porta…”

O “aposento” (no grego, tameion) era um quarto interior, um depósito, o lugar mais privado da casa. Jesus não está exigindo um local físico específico, mas um princípio espiritual: a solitude. Para orar de verdade, precisamos nos retirar.

“Fechar a porta” é um ato deliberado. É a decisão de deixar do lado de fora todas as distrações: o celular, as preocupações com o trabalho, a ansiedade com o futuro, o barulho do mundo. É dizer para a sua alma e para o mundo: “Agora, este momento pertence exclusivamente a mim e ao meu Deus”. Sem essa separação intencional, nossa oração se torna superficial e apressada.

Versículo de Apoio: Marcos 1:35“E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, и ali orava.” (O próprio exemplo de Jesus).

3. Um Alvo Específico: “…ora a teu Pai…”

Jesus não diz “ore a uma força cósmica” ou “medite sobre o universo”. Ele nos instrui a orar a “teu Pai”. Isso muda tudo. A oração não é um ritual religioso para um Deus distante e zangado; é uma conversa de filho para um Pai amoroso, atento e acessível. Porque Ele é nosso Pai, podemos nos aproximar com confiança, sabendo que Ele se importa com os detalhes da nossa vida. Não estamos sozinhos nem desamparados.

Versículo de Apoio: Romanos 8:15“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.”

4. Uma Promessa Certa: “…que vê o que está oculto, te recompensará.”

Esta é a conclusão gloriosa da instrução de Jesus. Ele nos garante duas coisas:

Ele Vê o que está Oculto: O Pai está presente no seu lugar secreto. Ele vê a lágrima silenciosa que ninguém mais vê. Ele ouve o sussurro do coração que não consegue se transformar em palavras. Ele conhece a angústia escondida por trás de um sorriso. Nada passa despercebido por Ele.

Versículo de Apoio: Salmo 139:2-4“Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento… Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces.”

Ele te Recompensará: Esta não é uma possibilidade; é uma certeza. A palavra “recompensará” significa que Deus responderá e retribuirá a sua busca por Ele. Mas qual é essa recompensa?

  1. A Presença de Deus: A maior recompensa da oração é a própria comunhão com Deus, a paz que excede todo entendimento (Filipenses 4:7).
  2. A Resposta de Deus: É a vitória, o livramento, a cura, a provisão. Deus responde às nossas petições segundo a Sua perfeita vontade (1 João 5:14).
  3. A Transformação por Deus: A oração secreta nos molda. Quanto mais tempo passamos com o Pai, mais nos parecemos com o Filho (2 Coríntios 3:18).

Conclusão de Mateus 6:6

Em um único versículo, Jesus nos deu a fórmula para uma vida de oração que agrada a Deus: um chamado pessoal, em um lugar separado, dirigido a um Pai amoroso, que resulta em uma recompensa certa.

O objetivo da oração não é simplesmente obter coisas de Deus, mas obter o próprio Deus. A verdadeira recompensa que encontramos no lugar secreto é Ele.

Qual é o seu “aposento”? Você tem, intencionalmente, “fechado a porta” para o mundo para se encontrar com Ele? Não negligencie o maior privilégio que um filho de Deus pode ter. O seu Pai está esperando no lugar secreto, pronto para ver, ouvir e te recompensar.

Esboço de Pregação em Mateus 6:6 – “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.”


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