O Convite de Jesus
Esboço de Pregação em João 15:15 – “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.”
No discurso final com Seus discípulos, poucas horas antes da cruz, Jesus faz uma das declarações mais revolucionárias da história: Ele, o Mestre e Senhor, eleva Seus seguidores da posição de servos para a de amigos íntimos. Em um mundo onde as relações eram definidas por poder e distância, este convite era chocante.
Deus nos deseja como filhos e, nesta condição, anseia por uma relação de profunda intimidade conosco. O segredo para experimentar o cuidado particular de Deus é buscar essa amizade que Ele nos oferece. Um amigo é aquele com quem podemos contar em todos os momentos, que nos ama, compreende, ajuda e acompanha até o fim. Vejamos as dimensões desta jornada de relacionamento com Ele.
Em nosso relacionamento com Jesus, assumimos diferentes papéis que, juntos, formam nossa identidade. Não são etapas que deixamos para trás, mas facetas que se aprofundam com o tempo.
É crucial entender que todo cristão verdadeiro é, necessariamente, um servo de Cristo. Mas Jesus não nos quer como meros escravos; Ele nos convida para a honra de sermos Seus servos-amigos.
I – O Servo Vive sem o Amor do Senhor; o Amigo Íntimo Vive no Amor do Pai!
O escravo da antiguidade servia por obrigação, não por amor. Mas o amigo vive imerso no amor de Cristo.
II – O Servo Dorme Lá Fora; o Amigo Íntimo Não Sai do Aconchego do Pai!
O servo não tinha lugar dentro da casa. O amigo, porém, tem um lugar permanente no coração e no lar de Deus. Ele nos tirou “lá de fora”: do lugar de frio espiritual, angústia, solidão e pecado. O desejo de Jesus é que estejamos onde Ele está, para sempre em Sua presença gloriosa (João 17:24).
III – O Servo é Adquirido por Sua Força de Trabalho; o Amigo Íntimo é Escolhido por Causa do Grande Amor de Deus!
Um escravo era comprado por sua utilidade. Nós fomos escolhidos por causa do amor incondicional de Deus. “Vós não me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos…” (João 15:16). Esta escolha não foi baseada em nosso valor, mas na Sua graça. Ele nos escolheu para um relacionamento, não apenas para um trabalho. Em resposta, oferecemos a Ele um coração transparente, apaixonado, submisso e sincero, pois pertencemos a Ele: “…não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me tens dado, porque são teus” (João 17:9).
IV – O Servo Cumpre Ordens sem Entender; o Amigo Íntimo Recebe as Grandes Revelações do Pai!
Esta é a essência do nosso texto base: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer” (João 15:15).
A um servo, dão-se ordens. A um amigo, compartilha-se o coração. Quando Jesus nos chama de amigos, Ele está nos prometendo acesso aos segredos do Reino, ao propósito por trás de Suas ações. Ele nos revela o que está acontecendo em nosso coração, em nossa casa e no mundo, à luz do Seu plano eterno. Ele cumpre a promessa de Jeremias 33:3: “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes”.
Jesus não quer que você o sirva de longe, como um servo distante que apenas cumpre tarefas. Ele te convida para perto, para o calor da amizade, para a intimidade de conhecer o coração do Pai. A pergunta hoje é: você aceitará este convite? Você sairá da posição de mero servo para abraçar a identidade de filho e a intimidade de amigo? Abra seu coração, pois o Rei do Universo te chama de amigo e deseja compartilhar a vida com você.
Esboço de Pregação em João 15:15 – “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.”