Quatro descobertas que mudam Tudo
Esboço de Pregação Expositiva em Marcos 16:1-8 – “Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui.”
Tipo de Pregação: Expositiva
Como Usar este Esboço
- Leia os quatro relatos da ressurreição (Mt 28, Mc 16, Lc 24, Jo 20) para ter uma visão completa dos eventos daquela manhã.
- Os quatro pontos seguem as declarações do anjo. Mantenha essa estrutura para clareza.
- Esta é uma mensagem ideal para a Páscoa, mas seu conteúdo sobre a ressurreição é relevante em qualquer época.
Introdução
Era muito cedo naquela manhã de domingo. O sol ainda não havia nascido. Três mulheres caminhavam em direção a um sepulcro nos arredores de Jerusalém. Carregavam especiarias aromáticas. Iam ungir um corpo morto.
Maria Madalena, Maria mãe de Tiago, e Salomé tinham visto Jesus morrer na cruz. Viram quando José de Arimateia colocou o corpo no túmulo. Viram quando a grande pedra foi rolada fechando a entrada. Agora, passado o sábado, vinham completar os rituais fúnebres.
No caminho, uma preocupação: “Quem nos removerá a pedra da entrada do sepulcro?” (Mc 16:3). A pedra era grande demais para elas moverem sozinhas.
Mas quando chegaram, tiveram a primeira surpresa: a pedra já havia sido removida. Entraram no sepulcro e encontraram algo que jamais esperavam: um jovem vestido de branco, sentado à direita. Um anjo.
As palavras que aquele anjo disse às mulheres contêm quatro verdades que transformam vidas até hoje. Quatro descobertas que precisamos fazer.
Primeira Descoberta: Deus Conhece Nossa Busca
“Buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado.”
O anjo sabia exatamente por que aquelas mulheres estavam ali. Não precisou perguntar. Disse diretamente: “Vocês buscam Jesus, o que foi crucificado.”
Deus conhece o motivo que nos traz à Sua presença. Antes de falarmos, Ele já sabe. O salmista declarou: “Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces” (Sl 139:4).
Aquelas mulheres vieram buscar um morto. Vinham prestar homenagem a alguém que amavam, mas que acreditavam estar definitivamente morto. Era um gesto de amor, mas era também um gesto sem esperança.
Muitas pessoas vêm à igreja dessa mesma forma. Vêm por costume, por tradição, por obrigação religiosa. Vêm buscar um Deus que, em suas mentes, está distante, inativo, talvez até morto para suas situações.
Mas Deus conhece essa busca. E assim como fez com aquelas mulheres, Ele quer revelar algo que muda tudo.
A primeira experiência que precisamos ter é esta: Deus nos conhece. Ele sabe por que viemos. Sabe o que carregamos. Sabe o que buscamos. E está pronto para nos surpreender.
Segunda Descoberta: Jesus Ressuscitou
“Já ressuscitou.”
Duas palavras que mudaram a história do mundo. Já ressuscitou.
O anjo fez questão de identificar de quem estava falando: “Jesus Nazareno, que foi crucificado.” Não havia dúvida. Era o mesmo Jesus que foi pregado na cruz. O mesmo que sangrou e morreu. O mesmo que foi envolto em lençóis e colocado no túmulo.
Esse Jesus ressuscitou.
A ressurreição é o centro da fé cristã. Paulo escreveu: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1 Co 15:17). Tudo depende disso. Se Jesus está morto, o cristianismo é uma fraude. Se Jesus ressuscitou, Ele é quem disse ser: o Filho de Deus, o Senhor da vida e da morte.
Muitas pessoas vão à igreja prestar culto a um Jesus que foi crucificado – um Jesus do passado, um Jesus histórico, um Jesus morto. Conhecem a história da cruz, mas não experimentaram o poder da ressurreição.
Mas o anjo disse: “Já ressuscitou.” Não “ressuscitará um dia.” Já ressuscitou. É fato consumado. Cristo venceu a morte. O túmulo não pôde segurá-Lo.
A segunda experiência que precisamos ter é esta: Jesus está vivo. Não adoramos um fundador morto. Não seguimos uma memória. Servimos a um Salvador vivo, que venceu a morte e vive para sempre.
Terceira Descoberta: Ele Não Está Entre os Mortos
“Não está aqui.”
O anjo apontou para o óbvio: o sepulcro estava vazio. Jesus não estava ali.
Lucas registra que os anjos fizeram uma pergunta poderosa às mulheres: “Por que buscais entre os mortos ao que vive?” (Lc 24:5). Era uma pergunta retórica, mas carregada de significado.
Jesus não pertence ao mundo dos mortos. Ele é o Vivente. Em Apocalipse, o próprio Cristo declara: “Eu sou o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre” (Ap 1:18).
Os grandes líderes religiosos da história estão em seus túmulos. Maomé está em Medina. Buda foi cremado na Índia. Confúcio jaz na China. Os faraós do Egito construíram pirâmides monumentais para guardar seus corpos. Mas todos permanecem mortos.
Jesus é diferente. Seu túmulo está vazio. Ele não está entre os mortos.
Isso significa que não devemos procurar Jesus onde Ele não está. Não está em rituais vazios. Não está em tradições mortas. Não está em filosofias humanas. Não está em sistemas religiosos que O tratam como figura do passado.
Jesus está vivo e presente no meio do Seu povo. Ele prometeu: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles” (Mt 18:20). E em Apocalipse, João O vê andando no meio das igrejas (Ap 2:1).
A terceira experiência que precisamos ter é esta: parar de buscar Jesus onde Ele não está e encontrá-Lo onde Ele prometeu estar – no meio dos Seus, vivo e atuante.
Quarta Descoberta: O Túmulo Está Vazio
“Eis aqui o lugar onde o puseram.”
O anjo convidou as mulheres a olharem. Vejam vocês mesmas. Este é o lugar onde colocaram o corpo. Olhem: está vazio.
O sepulcro vazio é a evidência física da ressurreição. Não foi uma visão. Não foi uma experiência mística. O corpo simplesmente não estava lá.
Os inimigos de Jesus nunca conseguiram apresentar o corpo. Se pudessem, teriam acabado com o cristianismo em uma semana. Bastava mostrar o cadáver. Mas não podiam, porque não havia cadáver. Jesus havia ressuscitado.
O anjo disse: “Eis aqui o lugar onde o puseram.” Os homens puseram Jesus no sepulcro. Pensaram que seria o fim. Rolaram a pedra. Selaram o túmulo. Colocaram guardas. Fizeram tudo para garantir que Ele permanecesse morto.
Mas o sepulcro não foi capaz de deter o Autor da vida. A pedra não foi capaz de impedir Sua saída. Os guardas não foram capazes de segurá-Lo. Jesus saiu de onde O puseram.
Ele não ficou onde os homens quiseram colocá-Lo. E ainda hoje, Ele não fica onde tentam colocá-Lo. Não fica confinado em templos de pedra. Não fica limitado a rituais e cerimônias. Não fica preso a tradições humanas.
Jesus é Senhor. Ele está onde quer estar. E onde Ele quer estar é no coração daqueles que O recebem como Salvador.
A quarta experiência que precisamos ter é esta: reconhecer que Jesus não pode ser controlado, limitado ou confinado. Ele é o Senhor ressurreto, e todo joelho se dobrará diante dEle.
Conclusão
Aquelas mulheres foram ao sepulcro esperando encontrar um morto. Saíram de lá com uma mensagem que mudaria o mundo: Jesus ressuscitou!
Elas foram com especiarias para ungir um cadáver. Voltaram com a notícia mais extraordinária da história. Foram em luto. Voltaram com alegria. Foram sem esperança. Voltaram com a maior esperança que existe.
Quatro verdades transformaram aquela manhã:
Deus conhece nossa busca – Ele sabe por que viemos e o que precisamos.
Jesus ressuscitou – Ele não é um líder morto, mas um Salvador vivo.
Ele não está entre os mortos – Não devemos buscá-Lo onde Ele não está.
O túmulo está vazio – Nada pode deter o Senhor da vida.
Paulo resumiu o significado disso: “Cristo morreu, ressurgiu e tornou a viver para ser Senhor tanto dos mortos como dos vivos” (Rm 14:9).
Ele é Senhor. Está vivo. Reina para sempre.
Você ainda está buscando Jesus entre os mortos? Ainda carrega especiarias para um túmulo vazio? Pare. Olhe. Ouça a mensagem do anjo: “Não está aqui. Ressuscitou.”
Encontre-se com o Cristo vivo. Ele quer transformar sua vida assim como transformou a vida daquelas mulheres naquela manhã de domingo.
O sepulcro está vazio. Jesus está vivo. E isso muda tudo.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. Por que as mulheres foram ao sepulcro se havia guardas e a pedra estava selada?
As mulheres provavelmente não sabiam dos guardas, que foram colocados depois que elas viram o sepultamento (Mt 27:62-66). Quanto à pedra, elas se preocupavam com isso no caminho, mas foram mesmo assim – seu amor por Jesus era maior que os obstáculos. Quando chegaram, descobriram que Deus já havia removido o impedimento.
2. Quantos anjos estavam no sepulcro?
Marcos e Mateus mencionam um anjo; Lucas e João mencionam dois. Não há contradição – Marcos e Mateus focam no anjo que falou, enquanto Lucas e João mencionam ambos. É comum em relatos destacar o porta-voz de um grupo.
3. Quais são as evidências históricas da ressurreição?
Várias evidências convergem: o túmulo vazio que ninguém conseguiu explicar; as aparições a centenas de testemunhas (1 Co 15:5-8); a transformação dos discípulos de covardes em mártires; o surgimento da igreja em Jerusalém, onde tudo poderia ser verificado; e a mudança do dia de adoração do sábado para o domingo. Nenhuma teoria alternativa explica satisfatoriamente todos esses fatos.
4. Por que a ressurreição é tão importante para a fé cristã?
Sem a ressurreição, Jesus seria apenas mais um líder religioso morto. A ressurreição prova que Ele é o Filho de Deus (Rm 1:4), que Seu sacrifício foi aceito pelo Pai, que a morte foi vencida e que nós também ressuscitaremos. Paulo disse que sem a ressurreição, nossa fé seria vã e ainda estaríamos em nossos pecados (1 Co 15:17).
5. O que significa encontrar o Cristo vivo hoje?
Significa passar de uma religião sobre Jesus para um relacionamento com Jesus. É reconhecer que Ele não é figura histórica, mas presença real. É experimentar Seu poder transformador, Sua direção diária, Sua consolação nas dificuldades. Jesus prometeu estar conosco todos os dias (Mt 28:20). Encontrá-Lo vivo é experimentar essa promessa.
Mais Esboço de Pregação
- A descoberta de Isaque – Gênesis 22:7
- Conhecer Jesus – Marcos 16:5-6
- Jesus, o mestre da vida – 1 João 2:25




