Apocalipse

Jesus profetizado – Apocalipse 1:8-11

Jesus Profetizado e Revelado

Esboço de Pregação em Apocalipse 1:8-11 – Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso. Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo. Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve num livro, e envia às sete igrejas que estão na Ásia: A Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodiceia. 

Introdução

O livro de Apocalipse é, em sua essência, a “Revelação de Jesus Cristo” (Apocalipse 1:1). Não é apenas um livro de profecias assustadoras, mas sim uma carta de esperança para a Igreja fiel, que revela quem Jesus é em Sua glória total e o que Ele fará no futuro.

A passagem que temos lido, Apocalipse 1:8-11, é um encontro entre o apóstolo João e o Cristo ressurreto e glorificado. João ouve uma voz como de trombeta e, ao se virar, tem uma visão extraordinário do Senhor.

O Senhor se apresenta com uma autoridade que encerra toda a História: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.” (Apocalipse 1:8).

Esta noite, vamos mergulhar na majestade do Senhor Jesus, olhando para como Ele foi profetizado no passado e como Ele se revela com poder e glória no presente e futuro.

Desenvolvimento

A Identidade Incomparável do Senhor Jesus Cristo

I. Jesus Profetizado nas Escrituras (O Testemunho do Antigo Testamento)

O Antigo Testamento está totalmente cheio de prenúncios da vinda e obra do Messias.

A. Através das Palavras dos Profetas

Os profetas não descreveram apenas o futuro, mas a pessoa do Messias. Isaías, por exemplo, o descreve profeticamente de forma detalhada, não por vê-lo fisicamente em sua época, mas por revelação divina, antecipando tanto Sua humilhação quanto Sua glória.

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6)

B. Através de Símbolos (Símbolos Que Apontam Para a Sua Obra)

O sistema de culto e a história de Israel usavam elementos que apontavam para o Senhor Jesus. Esses símbolos eram sombras da realidade que viria.

  • O Cordeiros e Sacrifícios: O cordeiro pascal era o substituto que morria para que o povo vivesse. Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
  • O Maná: O pão que desceu do céu para sustentar Israel no deserto. O Senhor Jesus se declarou o Pão da Vida.
  • O Sacerdote: O sumo sacerdote intercedia pelo povo. Jesus é o nosso Sumo Sacerdote que vive para sempre para interceder por nós.

“No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (João 1:29)

C. Através de Tipologias (Pessoas que antecipam Seu Papel)

Tipologias são pessoas, eventos ou instituições históricas que serviram como “tipos” ou modelos proféticos do “antitipo”, que é Jesus.

  • Isaque: O filho único, oferecido pelo pai, que é poupado no último momento. Aponta para o amor do Pai que não poupou Seu Filho Unigênito, mas O entregou por nós.
  • Davi: O bom pastor, o rei ungido, o vencedor de inimigos. Aponta para Jesus, o Rei dos reis e o Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas.
  • Melquisedeque: Rei e sacerdote sem genealogia. Aponta para Jesus, o Sacerdote Eterno segundo a ordem de Melquisedeque.

“Mas Cristo, vindo para ser sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação…” (Hebreus 9:11)

II. Jesus Revelado: Do humilde ao Glorificado

A pregação correta do Evangelho começa na humilhação do Senhor Jesus e atinge seu clímax em Sua exaltação.

A. Sua Humildade e Serviço (A Visão dos Evangelhos)

Durante Seu ministério, o Senhor Jesus se apresentou como um homem simples, acessível. Ele de fato andou sob o calor do deserto, com roupas empoeiradas e pés feridos.

A profecia de Isaías 53 (“sem beleza nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos”) fala, na verdade, do Messias sofredor. A verdadeira “falta de beleza” era a ausência de pompa e poder real que o povo esperava, o que O tornava desprezível aos olhos dos líderes da época, que O viam como um mero carpinteiro.

B. Sua Revelação pela Fé após a Ressurreição

Após a ressurreição, a capacidade de reconhecer Jesus mudou. A promessa “Um pouco de tempo e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis” (João 14:19) se cumpre porque a e a revelação do Espírito Santo se tornam necessárias.

  • Maria Madalena: Não O reconheceu inicialmente. A revelação veio quando Ele a chamou pelo nome (João 20:16), tornando-se um encontro pessoal e espiritual, e não apenas físico.
  • Discípulos de Emaús: Caminharam com Ele sem O reconhecer até que Ele lhes abriu as Escrituras e partiu o pão (Lucas 24:30-31). A revelação veio através da Palavra e da comunhão.

O mundo O rejeitou, e por isso não O vê. A Igreja O recebe, e por isso O reconhece pela revelação do Espírito (Mateus 11:27).

“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (João 14:26)

C. Sua Glória em Apocalipse (A Visão do Todo-Poderoso)

João, o discípulo que caminhou com Ele, comeu com Ele e viu Seu sofrimento na cruz, agora se volta e vê o Senhor totalmente glorificado. Ele não vê mais o “homem de dores” de Isaías 53, mas o Filho do Homem glorioso (Apocalipse 1:12-16).

A visão que João havia guardado era de Jesus crucificado, humilhado. A revelação em Apocalipse mostra Jesus como Ele é agora:

  1. O Soberano Eterno: “O que é, e que era, e que há de vir.”
  2. O Vencedor da Morte: “Fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre.”
  3. O Senhor do Destino: “E tenho as chaves da morte e do inferno.”

A glória de Jesus é o contraste e a consumação de Sua humildade. É essa visão de poder que faz João cair a Seus pés como morto (Apocalipse 1:17).

Conclusão

O Dono das Chaves

O ponto central da mensagem de Apocalipse 1:18 é a autoridade inquestionável do Senhor Jesus Cristo: “E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.”

Jesus não está apenas vivo; Ele vive para todo o sempre. Ele não apenas superou a morte; Ele possui as chaves que controlam o destino de toda a humanidade. Ele é o único que tem o poder de abrir e fechar as portas da morte (o sepulcro) e do Hades (o inferno ou a morada temporária dos mortos).

O que significa ter um Salvador que foi profetizado, se humilhou, mas agora está glorificado e tem as chaves da morte?

  1. Para o Crente: Você não precisa temer a morte. Seu futuro eterno não está nas mãos do acaso, mas nas mãos Daquele que tem as chaves. Você está seguro.
  2. Para o Perdido: Não há esperança fora Dele. Sua vida eterna depende de se render à autoridade Daquele que controla a morte e o inferno.

Hoje, você reconhece Jesus como o Messias profetizado e o Senhor glorificado? Você está vivendo sob a autoridade Daquele que venceu a morte?


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