Esboço de Pregação em Números 21:16-19 – “… E dali partiram para Beer; este é o poço do qual o Senhor disse a Moisés: Ajunta o povo e lhe darei água. Então Israel cantou este cântico: Brota, ó poço! Cantai dele: Tu, poço, que cavaram os príncipes, que escavaram os nobres do povo, e o legislador com os seus bordões; e do deserto partiram para Mataná; E de Mataná a Naaliel, e de Naaliel a Bamote…”
Irmãos, o texto que lemos hoje se passa em um momento muito delicado na jornada de Israel. Eles estão chegando ao fim de 40 anos no deserto. O cansaço é grande. Pouco antes deste episódio, o povo reclamou contra Deus e contra Moisés mais uma vez. Como consequência, o Senhor permitiu que serpentes venenosas os atacassem, e muitos morreram.
Contudo, quando o povo se arrependeu, Deus mostrou sua misericórdia e proveu a cura através da serpente de bronze. É logo depois desse evento de pecado, juízo e misericórdia que Deus faz algo maravilhoso. Ele não apenas os perdoa, mas lhes oferece refrigério. Ele olha para aquele povo cansado e sedento e, em vez de dar uma ordem, Ele lhes dá uma promessa: “Ajunta o povo, e lhe darei água”.
A lição para nós hoje é clara: mesmo em nossa fraqueza, depois de nossas falhas, a graça de Deus nos encontra e nos oferece a água que sustenta a vida. E esse cuidado de Deus conosco deve gerar em nós uma resposta de adoração e fé.
Deus diz a Moisés: “Ajunta o povo”. A primeira coisa que notamos é que a bênção era para todos. Deus não ofereceu água apenas para os líderes ou para os mais santos. A ordem foi para reunir toda a comunidade.
Isso nos ensina que a caminhada com Deus é vivida em corpo. Quando nos juntamos como igreja, nos fortalecemos. Separados, somos frágeis, mas unidos em Cristo, compartilhamos nossas forças, orações e experiências. A promessa de Deus — “e lhe darei água” — é uma promessa para o Seu povo reunido. Hoje, a promessa de Deus para nós não é de água física, mas da água viva, que é a presença e a salvação em Jesus Cristo. Ele é a fonte que satisfaz todas as nossas necessidades, sejam elas espirituais, emocionais ou físicas.
Qual é a sua sede hoje? Você precisa de paz, de direção, de cura? Aproxime-se da fonte, que é Jesus. Reúna-se com o povo de Deus, pois é no ambiente da comunhão que muitas vezes experimentamos o refrigério do Senhor.
“mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna.” (João 4:14)
Diante da promessa de Deus, algo incrível acontece: o povo começa a cantar para um poço que ainda nem estava jorrando água. Eles cantam: “Brota, ó poço! Cantai a seu respeito!”.
Este não era um grito mágico para forçar a água a sair. Era um cântico de fé. Eles estavam adorando a Deus pela promessa que Ele tinha acabado de fazer. Eles agiram com base na Palavra de Deus, e a adoração deles foi uma declaração de que criam que a água viria. O texto diz que os “príncipes” e os “nobres” cavaram com seus bordões, mostrando que a liderança estava unida ao povo nessa atitude de fé e obediência.
Muitas vezes, esperamos a bênção chegar para depois louvar. Israel nos ensina a louvar pela promessa! Nosso louvor não move a mão de Deus, mas ele ajusta o nosso coração para receber o que Ele já prometeu. Nossa adoração, em meio às dificuldades, é uma declaração poderosa de que confiamos mais na promessa de Deus do que no deserto que vemos.
“E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no Senhor.” (Salmos 40:3)
O texto menciona que, depois de receberem a água, eles continuaram a jornada, passando por lugares chamados Mataná, Naaliel e Bamote. Embora sejam nomes de lugares geográficos, podemos extrair lições espirituais de cada etapa dessa jornada que continua após recebermos a “água viva” de Cristo.
De Mataná (que soa como “presente”): A nossa jornada começa com o grande presente de Deus: a salvação. Tudo o que temos e somos vem d’Ele como uma dádiva imerecida.
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” (Efésios 2:8)
Para Naaliel (que pode significar “vale de Deus”): A vida cristã inclui passar por vales. São os momentos de luta, de prova, de dificuldade. Mas, como o nome sugere, mesmo no vale, Deus está conosco. É no vale que aprendemos a depender totalmente d’Ele.
“Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo.” (Salmos 23:4)
Para Bamote (que significa “lugares altos”): Depois do vale, Deus sempre nos leva a lugares altos. São os momentos de vitória, de maturidade espiritual e de uma visão mais clara do Seu propósito. Nossa jornada final tem como destino o lugar mais alto de todos: a eternidade com Ele.
“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.” (Colossenses 3:1)
A história do poço de Beer nos ensina um ciclo poderoso da vida com Deus: Ele nos faz uma promessa (darei água), nós respondemos com fé (o cântico), e Ele nos sustenta em toda a nossa jornada (os vales e os lugares altos).
Hoje, o poço que nunca seca está disponível para todos nós. Esse poço é Jesus Cristo. Ele é o presente de Deus, nosso companheiro no vale e a nossa esperança dos lugares altos.
Talvez você tenha chegado aqui hoje cansado, vindo de um deserto de reclamação e pecado. A boa notícia é que Deus te convida a se juntar ao Seu povo e beber da água da vida. Não espere sentir para crer. Cante pela fé, assim como Israel cantou, e veja a fonte de Deus jorrar em sua vida. Que hoje, um novo cântico de fé brote em nossos corações: “Brota, ó poço de vida, em nós!”
Esboço de Pregação em Números 21:16-19 – “… E dali partiram para Beer; este é o poço do qual o Senhor disse a Moisés: Ajunta o povo e lhe darei água. Então Israel cantou este cântico: Brota, ó poço! Cantai dele: Tu, poço, que cavaram os príncipes, que escavaram os nobres do povo, e o legislador com os seus bordões; e do deserto partiram para Mataná; E de Mataná a Naaliel, e de Naaliel a Bamote…”