Esboço de Pregação em Êxodo 30:1-10 – E farás um altar para queimar o incenso; de madeira de acácia o farás. O seu comprimento será de um côvado, e a sua largura de um côvado; será quadrado, e dois côvados a sua altura; dele mesmo serão as suas pontas. E com ouro puro o forrarás, o seu teto, e as suas paredes ao redor, e as suas pontas; e lhe farás uma coroa de ouro ao redor.
📋 Tipo de Pregação: Temática/Tipológica
Esta mensagem explica o altar de incenso e seu significado profético, mostrando como cada detalhe apontava para Cristo e nossa adoração perfeita através dele. A mensagem é rica em simbolismo bíblico e conecta o Antigo Testamento com o Novo, revelando que só podemos adorar a Deus através do sacrifício de Jesus e pelo poder do Espírito Santo. Termine enfatizando que nossa adoração deve ser genuína, não misturada com “fogo estranho” de métodos humanos.
🟢 Ideal para: Séries sobre o Tabernáculo, estudos sobre adoração verdadeira, série sobre Êxodo, mensagem sobre tipologia bíblica.
⏱️ Tempo estimado: 40-45 minutos
O Tabernáculo que Deus mandou Moisés construir no deserto não era apenas uma tenda bonita. Cada peça, cada medida, cada detalhe tinha significado profundo. Tudo apontava para Jesus Cristo e para o plano de salvação que Deus preparou desde a eternidade.
Entre todas as peças do Tabernáculo, uma das mais importantes e cheias de significado era o altar de incenso. Este altar ficava bem próximo do lugar santíssimo, onde a presença de Deus habitava. Ali, duas vezes por dia – de manhã e à tarde – o sacerdote queimava incenso especial diante do Senhor.
Êxodo 30:1-10 nos dá instruções detalhadas sobre este altar. Vamos examinar cada detalhe cuidadosamente, porque Deus não deu nenhuma instrução à toa. Cada parte desta passagem nos ensina verdades preciosas sobre como nos aproximar de Deus em adoração.
Hebreus 8:5 nos explica por que precisamos estudar o Tabernáculo: “Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou.”
O Tabernáculo terrestre era cópia do santuário celestial! Então, quando estudamos o altar de incenso, estamos aprendendo sobre realidades espirituais eternas!
Êxodo 30:1-3: “Farás também um altar para queimar o incenso; de madeira de acácia o farás. O seu comprimento será de um côvado, e a sua largura de um côvado; será quadrado; e de dois côvados a sua altura; dele serão as suas pontas. E o cobrirás de ouro puro, a sua coberta, as suas paredes ao redor, e as suas pontas; e lhe farás uma coroa de ouro ao redor.”
Como todas as principais peças do Tabernáculo, o altar de incenso era feito de madeira de acácia coberta de ouro. Este detalhe não é acidental!
A madeira de acácia representa a humanidade de Jesus. Acácia é madeira forte, resistente, que não apodrece facilmente – perfeita para representar a humanidade perfeita e sem pecado de Cristo. Jesus era verdadeiramente homem, tentado em todas as coisas como nós, mas sem pecado.
Hebreus 4:15 confirma: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.”
O ouro representa a divindade de Jesus. Ouro é o metal mais precioso, incorruptível, puro – simbolizando perfeitamente a natureza divina de Cristo. Jesus era plenamente Deus e plenamente homem ao mesmo tempo!
João 1:1, 14 declara: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus… E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”
Madeira coberta de ouro = humanidade revestida de divindade = Jesus Cristo!
O altar media um côvado de comprimento, um côvado de largura e dois côvados de altura (aproximadamente 45cm x 45cm x 90cm). Era quadrado – a mesma medida em todos os lados.
O quadrado na Bíblia representa perfeição, equilíbrio, completude. O altar de incenso não tinha lados desiguais, não tinha imperfeições. Era perfeitamente balanceado.
Isso fala da adoração perfeita de Jesus! Sua vida foi perfeitamente equilibrada. Ele amou a Deus perfeitamente. Ele obedeceu perfeitamente. Sua adoração ao Pai nunca teve falhas, nunca teve desequilíbrios.
Nós somos imperfeitos em nossa adoração – às vezes frios, às vezes emotivos demais, sempre com falhas. Mas Jesus apresentou adoração perfeita em nosso lugar!
Versículo 3: O altar tinha uma coroa de ouro ao redor do topo. Esta coroa representa glória e realeza!
Jesus é o Rei dos reis! Ele tem autoridade suprema. Sua adoração ao Pai foi coroada de glória. E quando adoramos através dele, nossa adoração também recebe a coroa de aceitação divina!
Apocalipse 19:16 proclama: “E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.”
Versículo 2: O altar tinha quatro pontas, uma em cada canto, que formavam uma peça única com ele.
As pontas representavam poder e autoridade. Quando alguém buscava refúgio, agarrava-se às pontas do altar (1 Reis 1:50-51). As pontas recebiam o sangue da expiação uma vez por ano (versículo 10).
As quatro pontas apontando para as quatro direções representam que a adoração verdadeira alcança toda a terra – norte, sul, leste, oeste. O sacrifício de Jesus tem poder para salvar pessoas de todas as nações!
Apocalipse 5:9 celebra: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação.”
Versículos 4-5: O altar tinha argolas de ouro e varas cobertas de ouro para ser transportado. Era uma peça móvel, não fixa.
Isto nos ensina que a verdadeira adoração não está limitada a um lugar geográfico! O altar de incenso ia aonde o povo de Deus ia. Da mesma forma, adoramos a Deus em qualquer lugar através de Cristo!
João 4:21-24 Jesus ensinou: “Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai… Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade.”
Êxodo 30:6: “E o porás diante do véu que está diante da arca do testemunho, diante do propiciatório, que está sobre o testemunho, onde me ajuntarei contigo.”
O altar de incenso ficava no lugar santo, bem em frente ao véu que separava o lugar santo do lugar santíssimo. Do outro lado daquele véu estava a arca da aliança, onde Deus manifestava sua presença.
O altar de incenso era a peça que ficava mais próxima da presença de Deus entre todas que o povo podia ver! Isto revela algo glorioso: a adoração verdadeira nos leva à presença de Deus!
Tão próximo estava o altar de incenso da arca que Hebreus 9:4 o coloca “dentro do véu” junto com a arca: “Que tinha o incensário de ouro, e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor.”
Tecnicamente o altar ficava do lado de fora do véu, mas estava tão ligado à arca, tão conectado à presença de Deus, que o escritor de Hebreus os menciona juntos como se fossem uma unidade!
Por que o altar de incenso era tão ligado à arca? Porque adoração verdadeira está sempre conectada com a presença de Deus!
Você não pode adorar a Deus de longe, de forma superficial, sem intimidade. A adoração genuína nos leva para perto dele, nos aproxima de sua presença santa.
Levítico 16:12-13 revela esta conexão de forma linda. Uma vez por ano, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo. E o que ele levava? “Tomará também o incensário cheio de brasas de fogo do altar, de diante do Senhor, e os seus punhos cheios de incenso aromático moído, e o meterá dentro do véu. E porá o incenso sobre o fogo perante o Senhor, e a nuvem do incenso cobrirá o propiciatório, que está sobre o testemunho, para que não morra.”
Brasas do altar do holocausto + incenso aromático sobre as brasas + nuvem de incenso cobrindo o propiciatório = VIDA em vez de morte!
Sem o incenso, o sacerdote morreria ao entrar na presença de Deus! O incenso era essencial para ele viver na presença santa!
Da mesma forma, só podemos entrar na presença de Deus através da adoração perfeita de Cristo! Sem ele, morreríamos diante da santidade divina!
Êxodo 30:7-8: “E Arão sobre ele queimará o incenso das especiarias; cada manhã, quando puser em ordem as lâmpadas, o queimará. E, acendendo Arão as lâmpadas à tarde, o queimará; este será incenso contínuo perante o Senhor pelas vossas gerações.”
O incenso deveria ser queimado duas vezes por dia – de manhã e à tarde. Não era adoração ocasional, esporádica, quando tivesse vontade. Era adoração contínua, constante, diária!
Isto nos ensina que devemos adorar a Deus continuamente, não apenas aos domingos! Nossa vida inteira deve ser um ato de adoração!
Salmo 34:1 declara: “Bendirei ao Senhor em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca.”
De manhã, quando o sacerdote cuidava das lâmpadas do candelabro, ele queimava incenso. Isto representa começar o dia adorando a Deus!
Antes de fazer qualquer outra coisa, antes de trabalhar, antes de cuidar dos afazeres – primeiro, adoração! Primeiro, buscar a face de Deus!
Salmo 5:3 testemunha: “Pela manhã ouvirás a minha voz, ó Senhor; pela manhã apresentarei a ti a minha oração, e vigiarei.”
À tarde, quando o sacerdote acendia as lâmpadas, ele novamente queimava incenso. No final do dia, adoração! Antes de descansar, louvor a Deus!
Salmo 141:2 ora profeticamente: “Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde.”
Davi está orando e pedindo que sua oração suba como o incenso da tarde! Ele está conectando sua adoração pessoal com o ritual do Tabernáculo!
“Incenso contínuo perante o Senhor pelas vossas gerações.” A adoração nunca deveria parar! Geração após geração, de manhã e à tarde, o incenso subia continuamente.
Isto aponta para a adoração eterna! No céu, a adoração nunca cessa!
Apocalipse 8:3-4 nos dá um vislumbre do céu: “E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus.”
Há um altar de incenso no céu! Nossas orações sobem como incenso diante do trono de Deus! A adoração que começou no Tabernáculo terrestre continua eternamente no santuário celestial!
Êxodo 30:9: “Não oferecereis sobre ele incenso estranho, nem holocausto, nem oferta de alimentos; tampouco derramareis sobre ele libação.”
Deus foi muito específico: “Não oferecereis sobre ele incenso estranho.” O incenso tinha que ser exatamente conforme a receita que Deus deu em Êxodo 30:34-38. Nenhum outro incenso era aceitável!
Por quê? Porque só existe uma maneira de adorar a Deus aceitavelmente – através de Jesus Cristo!
Qualquer tentativa de adorar a Deus de outra forma, por outro meio, com outra mediação é incenso estranho – e Deus rejeita!
João 14:6 é absoluto: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.”
Levítico 10:1-2 registra uma história trágica sobre fogo estranho: “E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário e puseram neles fogo, e colocaram incenso sobre ele, e trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que lhes não ordenara. Então saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu; e morreram perante o Senhor.”
Nadabe e Abiú eram sacerdotes, filhos de Arão! Eles deveriam saber como adorar corretamente! Mas eles usaram fogo estranho – fogo que não vinha do altar do holocausto – e morreram instantaneamente!
Isto nos ensina algo terrível: adoração falsa mata espiritualmente! Quando tentamos chegar a Deus do nosso próprio jeito, com nossos próprios métodos, sem passar pelo sacrifício de Cristo, estamos usando “fogo estranho” – e isso resulta em morte espiritual!
Para queimar o incenso no altar de incenso, a brasa tinha que vir do altar do holocausto – onde os sacrifícios de animais eram queimados. Este detalhe é crucial!
O altar do holocausto representa o sacrifício de Cristo na cruz. O fogo que queimava ali era aceso pelo próprio Deus (Levítico 9:24) e nunca deveria se apagar.
A lição é poderosa: o louvor perfeito tem ligação com o altar do sacrifício! Só podemos adorar a Deus verdadeiramente porque Jesus foi sacrificado por nós!
A brasa viva do altar do holocausto também representa o Espírito Santo! Ninguém adora a Deus aceitavelmente a não ser pelo Espírito Santo!
João 4:24 confirma: “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.”*
Filipenses 3:3 acrescenta: “Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.”
Adoração verdadeira = através do sacrifício de Cristo + pelo poder do Espírito Santo. Qualquer outra coisa é fogo estranho!
“Não oferecereis sobre ele… holocausto, nem oferta de alimentos… nem libação.” Estes eram oferecidos em outro lugar – no altar do holocausto no pátio. Não deveriam ser misturados com o incenso!
Isto nos ensina: não se mistura obra de Deus revelada com obra do homem! Não podemos adicionar nossos méritos, nossas obras, nossos esforços à adoração que Cristo ofereceu!
Gálatas 2:21 alerta: “Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde.”
Se tentarmos chegar a Deus parte por Cristo e parte por nossas obras, estamos invalidando a graça! Estamos dizendo que o sacrifício de Cristo não foi suficiente!
Êxodo 30:10: “E uma vez no ano Arão fará expiação sobre as suas pontas com o sangue do sacrifício da expiação; uma vez no ano fará expiação sobre ele pelas vossas gerações; santíssimo é ao Senhor.”
Uma vez por ano, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote colocava sangue nas pontas do altar de incenso. Por quê? Porque até mesmo o altar de adoração precisava de expiação!
Isto revela que nossa adoração é imperfeita e precisa ser purificada pelo sangue de Cristo! Mesmo nossos melhores louvores, nossas melhores orações, nossa melhor adoração tem imperfeições humanas.
Mas quando o sangue de Jesus cobre nossa adoração, ela se torna aceitável a Deus! Ele não vê nossas falhas – ele vê o sangue de Cristo!
Hebreus 13:15 nos encoraja: “Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.”
“Por ele” – através de Jesus! Nosso louvor só sobe a Deus porque passa primeiro por Cristo!
“Santíssimo é ao Senhor.” O altar de incenso era uma das peças mais santas do Tabernáculo! Adoração verdadeira é algo santíssimo, separado, especial para Deus!
Não podemos tratar a adoração de forma leviana, descuidada, casual. Ela é santa! Ela é preciosa para Deus!
Salmo 96:9 exclama: “Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele toda a terra.”
Êxodo 30:34-38: “Disse mais o Senhor a Moisés: Toma especiarias aromáticas, estoraque, e onicha, e gálbano; estas especiarias aromáticas e o incenso puro, de igual peso. E disto farás incenso, um perfume segundo a arte do perfumista, temperado com sal, puro e santo. E uma parte dele moerás, e porás diante do testemunho, na tenda da congregação, onde eu virei a ti; coisa santíssima vos será. Porém o incenso que fareis conforme essa composição, não o fareis para vós mesmos; santo será para o Senhor. O homem que fizer tal como este para cheirar, será extirpado do seu povo.”
O incenso não era qualquer mistura! Deus deu uma receita específica com quatro ingredientes:
Estoraque – pó obtido da parte central das gotas endurecidas da mirra, resina muito perfumada.
Onicha – vinha da concha de um molusco semelhante à lesma, encontrado no Mar Vermelho.
Gálbano – resina vermelha extraída das raízes de uma planta que crescia na Síria e Pérsia, com cheiro agradável.
Incenso puro – resina aromática de árvores especiais.
Tudo em igual peso, ou seja, medidas exatas! E temperado com sal para preservação.
Deus proibiu terminantemente: “Não o fareis para vós mesmos… O homem que fizer tal como este para cheirar, será extirpado do seu povo.”
Ninguém podia fazer aquele incenso para uso pessoal! Era exclusivamente para Deus! A punição por desobediência era ser cortado do povo – morte ou banimento!
Por quê tão severo? Porque adoração pertence exclusivamente a Deus! Não podemos adorar a nós mesmos, a ídolos, a nada criado. Só Deus merece adoração!
Apocalipse 22:9 confirma: “Adora a Deus.”
Salmo 141:2 é uma profecia linda sobre o sacrifício da tarde: “Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde.”
Davi está orando profeticamente! Ele pede que sua oração suba como o incenso da tarde. Mas há algo muito maior aqui – esta é uma profecia sobre Jesus!
Os evangelhos registram que Jesus morreu às três horas da tarde – exatamente o momento em que o sacerdote estava queimando o incenso da tarde no Templo!
Mateus 27:46, 50: “E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz… E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito.”
A “hora nona” é três horas da tarde no nosso horário. Naquele momento, no Templo em Jerusalém, o sacerdote estava oferecendo o incenso da tarde. E no Calvário, Jesus estava oferecendo o último e perfeito sacrifício!
Quando Jesus gritou “Está consumado!” (João 19:30), ele estava declarando que sua adoração ao Pai estava completa! Ele havia oferecido a si mesmo como o sacrifício final e perfeito no altar de incenso celestial!
No momento em que Jesus morreu, algo extraordinário aconteceu: Mateus 27:51: “E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo.”
O véu que separava o lugar santo (onde estava o altar de incenso) do lugar santíssimo (onde estava a arca) se rasgou de cima para baixo! Deus mesmo rasgou aquele véu!
Por quê? Porque agora, através do sacrifício de Jesus, o caminho para a presença de Deus está aberto! Não precisamos mais de um sacerdote humano queimando incenso! Jesus é nosso Sumo Sacerdote e ele ofereceu adoração perfeita por nós!
Hebreus 10:19-20 celebra: “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne.”
Há outra conexão linda com o sacrifício da tarde. Lucas 1:8-11 registra: “E aconteceu que, exercendo ele o sacerdócio diante de Deus, na ordem da sua turma, segundo o costume sacerdotal, coube-lhe em sorte entrar no templo do Senhor para oferecer o incenso. E toda a multidão do povo estava fora, orando, à hora do incenso. E um anjo do Senhor lhe apareceu, posto em pé, à direita do altar do incenso.”
Zacarias estava oferecendo o incenso – provavelmente o da tarde – quando o anjo Gabriel apareceu! E o que o anjo anunciou? O nascimento de João Batista, que seria o precursor de Jesus!
Deus quebrou 400 anos de silêncio profético justamente durante o sacrifício da tarde! O último profeta do Antigo Testamento (Malaquias) havia profetizado 400 anos antes. Agora, durante a queima do incenso da tarde, Deus anuncia que o Messias está para vir!
Que simbolismo perfeito! O incenso da tarde apontava para Jesus – e foi durante o incenso da tarde que seu precursor foi anunciado!
O altar de incenso nos ensina verdades gloriosas sobre adoração verdadeira:
Primeiro: Adoração aceitável só vem através de Jesus Cristo. Ele é a madeira (humanidade) coberta de ouro (divindade). Ele é o quadrado perfeito – adoração sem falhas. Ele é coroado de glória. Ele tem poder (as pontas) para nos levar à presença de Deus.
Segundo: A adoração verdadeira nos leva para perto de Deus. O altar de incenso ficava bem em frente ao véu, o mais próximo possível da arca. Quando adoramos em espírito e verdade, entramos na presença divina!
Terceiro: A adoração deve ser contínua – de manhã e à tarde, constantemente, por todas as gerações. Nossa vida inteira deve ser um ato de louvor!
Quarto: Não podemos usar “fogo estranho” ou “incenso estranho”. Só há um caminho para Deus – Jesus Cristo! Só há um poder para adoração genuína – o Espírito Santo! Qualquer outro método é rejeitado e resulta em morte espiritual.
Quinto: Mesmo nossa melhor adoração precisa ser coberta pelo sangue de Cristo. Uma vez por ano o sangue era colocado nas pontas do altar. Jesus cobriu nossa adoração imperfeita com seu sangue perfeito!
Sexto: Jesus ofereceu o sacrifício final da tarde às três horas no Calvário. Ele completou toda a obra de adoração e redenção. Quando ele gritou “Está consumado!”, o véu se rasgou e o caminho para Deus foi aberto!
Agora, através de Cristo, você pode entrar ousadamente na presença de Deus! Você não precisa de um sacerdote humano queimando incenso por você – Jesus é seu Sumo Sacerdote! Ele já ofereceu o sacrifício perfeito!
Hebreus 4:16 nos convida: “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.”
Sua oração sobe como incenso diante de Deus! Suas mãos levantadas são como o sacrifício da tarde! Não porque você é perfeito, mas porque Jesus é perfeito!
Apocalipse 5:8 nos mostra o que acontece no céu: “E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.”
Suas orações são incenso precioso diante do trono de Deus! Elas sobem através de Jesus Cristo e são aceitáveis ao Pai!
Adore a Deus hoje! Mas certifique-se de que está adorando através de Cristo, pelo poder do Espírito Santo. Não use fogo estranho! Não confie em suas próprias obras! Venha através do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!
E lembre-se: às três horas da tarde, na hora do sacrifício da tarde, Jesus completou sua obra de redenção e adoração perfeita. Graças a ele, você pode entrar na presença de Deus!
1. Por que o altar de incenso era tão importante se não era ali que os animais eram sacrificados?
O altar de incenso representa adoração e intercessão, que são o resultado do sacrifício. O altar do holocausto (onde animais eram mortos) ficava no pátio e representava o sacrifício de Cristo que nos dá acesso a Deus. O altar de incenso ficava dentro do santuário, bem próximo da presença de Deus, representando a adoração que oferecemos DEPOIS de sermos salvos pelo sacrifício. Não há adoração verdadeira sem primeiro haver sacrifício – por isso a brasa para queimar o incenso tinha que vir do altar do holocausto. Apocalipse 5:8 mostra que nossas orações (incenso) só sobem a Deus porque o Cordeiro foi sacrificado. Primeiro vem redenção, depois adoração!
2. O que significa exatamente “fogo estranho” e como evitamos usar fogo estranho hoje?
Fogo estranho era qualquer fogo que não viesse do altar do holocausto onde Deus havia aceso o fogo santo (Levítico 9:24). Representava adoração segundo métodos humanos em vez de seguir as instruções divinas. Hoje usamos “fogo estranho” quando tentamos adorar a Deus sem passar por Cristo, quando misturamos o evangelho com obras humanas, quando introduzimos práticas não-bíblicas no culto. João 4:24 diz que devemos adorar “em espírito e em verdade” – pelo Espírito Santo (fogo santo) e conforme a Palavra (verdade). Qualquer adoração que não esteja fundamentada no sacrifício de Cristo e guiada pelo Espírito através da Palavra é fogo estranho.
3. Por que Deus era tão severo quanto ao uso exclusivo daquele incenso específico?
A severidade reflete a santidade de Deus e a exclusividade da adoração verdadeira. O incenso representava adoração, e adoração pertence somente a Deus – não pode ser compartilhada com ídolos, não pode ser trivializada para uso comum. A composição específica do incenso apontava profeticamente para Cristo como o ÚNICO mediador – não há fórmula alternativa! Quando Deus proibiu fazer aquele incenso para uso pessoal sob pena de morte (Êxodo 30:38), ele estava estabelecendo que há apenas UM caminho de adoração aceitável. Hoje, Jesus declara em João 14:6: “Ninguém vem ao Pai senão por mim.” A severidade de Deus sobre o incenso exclusivo prenuncia a exclusividade de Cristo como salvador.
4. Como o altar de incenso se relaciona com nossa vida de oração hoje?
O altar de incenso é tipo direto da oração dos santos. Apocalipse 5:8 e 8:3-4 mostram explicitamente que o incenso representa nossas orações subindo a Deus. Várias lições práticas: (1) A oração deve ser constante (manhã e tarde = continuamente); (2) A oração nos aproxima da presença de Deus (o altar ficava perto do véu); (3) Nossas orações só são aceitáveis através de Cristo (a brasa vinha do altar do holocausto); (4) O Espírito Santo capacita nossa oração (a brasa viva); (5) Mesmo nossas melhores orações precisam ser cobertas pelo sangue de Cristo (expiação anual nas pontas). Romanos 8:26-27 confirma que o Espírito intercede por nós quando não sabemos orar como convém – ele é a brasa santa que faz nossa adoração subir aceitavelmente!
5. Qual é o significado profético de Jesus morrer exatamente na hora do sacrifício da tarde?
Este é um dos detalhes mais lindos da crucificação! Às 3 horas da tarde (hora nona), quando Jesus expirou dizendo “Está consumado” (João 19:30), o sacerdote no Templo estava oferecendo o incenso da tarde conforme Êxodo 30:8. Jesus estava oferecendo a adoração e intercessão finais e perfeitas que todos os incensos do AT apenas prefiguravam. Naquele momento o véu do Templo se rasgou (Mateus 27:51), simbolizando que o acesso à presença de Deus estava agora aberto através do sacrifício de Cristo. O Salmo 141:2 profetizou: “as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde” – cumprido quando Jesus levantou suas mãos na cruz! O sacrifício da tarde, oferecido por 1500 anos desde Moisés, apontava para aquele momento específico quando o Cordeiro de Deus completaria toda adoração e redenção!