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As parteiras conservam o menino vivo – Êxodo 1:15-17


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Gerando Vida em um Tempo de Morte

Esboço de Pregação em Êxodo 1:15-17 – “As parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como o rei do Egito lhes ordenara; antes, conservaram os meninos com vida.”

Introdução de Êxodo 1:15-17

A história da humanidade é marcada por uma tensão constante entre dois grandes projetos. De um lado, o projeto de Deus, que é um projeto de vida, salvação e esperança. Do outro, o projeto do adversário, que é um projeto de morte, escravidão e destruição.

No início do livro de Êxodo, vemos esse conflito de forma muito clara. O povo de Deus estava crescendo e se fortalecendo em uma terra estrangeira, e isso incomodou Faraó, o homem mais poderoso do mundo. Sentindo seu poder ameaçado, ele coloca em prática um plano cruel para deter o avanço do povo de Deus. E no centro dessa trama de morte, encontramos a coragem de duas mulheres, Sifrá e Puá, cuja decisão mudou o curso da história.

A história delas não é apenas um relato histórico; é um modelo para a missão da Igreja do Senhor Jesus hoje. Em um mundo que está sob uma sentença de morte espiritual, Deus nos chama para sermos como as parteiras: agentes de vida.

Desenvolvimento

Vamos analisar esta passagem em três atos: a ordem da morte, a coragem da fé e a recompensa da vida.

1. A Ordem da Morte (O Projeto do Adversário)

Faraó, como uma figura do adversário, usa sua autoridade para decretar a morte. Ele ordena às parteiras que matem todos os meninos hebreus que nascessem. Este não era um ato impulsivo; era uma estratégia calculada com dois objetivos de longo prazo:

Destruir a Identidade do Povo: Sem homens, as mulheres hebreias teriam que se casar com egípcios. Em uma geração, o povo da promessa se misturaria, perderia sua identidade, seus costumes e, o mais importante, sua aliança com Deus. A estratégia era clara: misturar o povo de Deus com o mundo até que não houvesse mais diferença entre eles.

Impedir o Nascimento do Libertador: Faraó não sabia, mas nas entrelinhas de seu decreto maligno, ele estava tentando impedir o plano redentor de Deus. Daquele povo nasceria Moisés, o libertador, e, séculos mais tarde, o próprio Messias, Jesus Cristo. O inimigo sempre tentará frustrar o nascimento da esperança.

Hoje, o projeto do adversário continua o mesmo. Ele quer que a Igreja perca sua identidade, se misturando com os valores e práticas do mundo. E, acima de tudo, ele luta ferozmente para impedir que Jesus “nasça” no coração das pessoas através da pregação do Evangelho.

2. A Coragem da Fé (A Resposta da Igreja Fiel)

Diante de uma ordem direta do rei, a desobediência significava a morte. Mas Sifrá e Puá tomaram uma decisão que definiu quem elas realmente serviam. O texto nos dá o segredo de sua coragem no versículo 17: “As parteiras, porém, temeram a Deus”.

O temor delas a Deus foi maior do que o medo de Faraó. Elas entenderam que a autoridade de Deus estava acima da autoridade de qualquer governante humano. E por causa desse temor, elas não apenas se recusaram a matar; elas agiram ativamente para salvar: “antes, conservaram os meninos com vida”.

Aplicação para a Igreja: Nós somos as parteiras do Reino de Deus. O mundo, como Faraó, nos dá ordens todos os dias: “Não fale de Jesus, isso ofende.” “Viva para si mesmo, não se sacrifique pelos outros.” “Conforme-se aos padrões do mundo.” Mas a Igreja fiel, que teme a Deus, não obedece a essa voz.

Nossa missão é “conservar a vida”. E como fazemos isso? Através da evangelização! Cada vez que oramos por um perdido, cada vez que compartilhamos nosso testemunho, cada vez que convidamos alguém para a igreja, estamos desafiando o decreto de morte do inimigo e participando com Deus no milagre do novo nascimento. Somos chamados a ser especialistas em gerar vida espiritual.

“Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.” (Atos 5:29)

3. A Recompensa da Vida (Os Benefícios do Trabalho)

Deus viu a fidelidade daquelas mulheres e as recompensou poderosamente. A obediência delas gerou um ciclo de bênçãos.

Bênção Pessoal e Coletiva (v. 20): “Portanto, Deus fez bem às parteiras. E o povo se aumentou e se fortaleceu muito.”

Primeiro, Deus abençoou as parteiras individualmente. O trabalho na obra do Senhor nunca é em vão; Ele nos recompensa com livramentos, paz, alegria e experiências pessoais.

Segundo, como consequência direta do trabalho delas, o povo cresceu e se fortaleceu. 

Quando a igreja evangeliza, Deus nos abençoa, e o corpo de Cristo cresce em número e em força. Vidas são salvas, e a igreja é edificada.

Um Legado e um Futuro (v. 21): “E aconteceu que, como as parteiras temeram a Deus, ele estabeleceu-lhes casas.”

Para uma mulher daquela época, ter uma “casa” (uma família, descendentes) era a maior bênção. Significava ter um futuro, um legado. Deus garantiu a posteridade daquelas que protegeram a posteridade de Israel.

Esta é a maior de todas as promessas para nós. Ao trabalharmos para gerar filhos espirituais para o Reino de Deus, Ele nos garante a nossa “casa” – um lugar eterno na família de Deus, as moradas celestiais que Jesus preparou para a Sua Igreja fiel.

“…sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” (1 Coríntios 15:58)

Conclusão de Êxodo 1:15-17

A escolha ainda está diante de nós hoje, assim como esteve para Sifrá e Puá. De um lado, está a ordem de Faraó, a voz do mundo, que nos pressiona à conformidade, ao silêncio e à morte espiritual. Do outro, está o chamado de Deus, que nos convida a temê-Lo, a obedecê-Lo e a participar da gloriosa missão de gerar vida.

A quem você vai obedecer?

Deus está procurando homens e mulheres que, como aquelas parteiras, tenham mais temor d’Ele do que medo dos homens. Ele está procurando uma Igreja que se recuse a obedecer ao decreto de morte do inimigo e que trabalhe com paixão para “conservar os meninos com vida”, garantindo que a vida de Cristo nasça em muitos corações.

Sejamos essa igreja, e veremos as mesmas bênçãos: Deus nos fará bem, o Seu povo crescerá, e teremos uma casa garantida na eternidade.


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